quinta-feira, 31 de março de 2011

Terminou há pouco a marcha em defesa da educação do RJ com mais de 2.000 participantes. Escolas estaduais param novamente no dia 12/4


Terminou há pouco a marcha em defesa da educação realizada pelo Sepe. Milhares de professores, alunos e manifestantes de diversas categorias realizaram uma passeata da Candelária à Cinelândia, parando em pontos estratégicos, onde diretores do Sepe, representantes de estudantes, líderes partidários e de entidades, além de parlamentares defenderam a educação pública, reajuste salarial para a categoria, o fim da privatização e que 10% do PIB nacional sejam utilizados no setor.

A marcha transcorreu sem nenhum incidente, bastante colorida, com centenas de faixas  e balões na defesa do ensino público. Nesse momento, na Cinelândia, ocorre a assembleia unificada da rede estadual e da rede municipal do Rio, que hoje paralisaram as atividades por 24 horas. Os profissionais de educação vão decidir os rumos do movimento.

Na passeata, foi lembrada a prisão dos 13 manifestantes contra a vinda de Obama ao Brasil - hoje, às 19h, haverá um ato público a favor dos manifestantes na Faculdade Nacional de Direito. A manifestação pediu o passe livre nacional, mais verbas para as escolas públicas e um piso nacional digno para os professores.

A rede estadual reinvindica reajuste emergencial de 26% e a incorporação imediata e integral da gratificação do Programa Nova Escola (cujo término, estipulado pelo governador Sérgio Cabral, só se dará em 2015). A categoria também reivindica a inclusão dos funcionários de apoio no plano de carreira e paridade para os aposentados da educação. O índice de 26% reivindicado é resultante de parte das perdas salariais entre 2009 e 2010.

O Sepe, reiteradamente, tem tentado buscar a via da negociação com as autoridades estaduais, mas, desde o início do ano, não tem tido resposta do governador aos pedidos de audiência. A última audiência com o secretário de Educação Wilson Risolia foi realizada no início de janeiro, quando ele convocou o sindicato para fazer uma apresentação do seu Plano de Metas e não discutiu as reivindicações da categoria.

A rede municipal do Rio reivindica reajuste de 21% e o fim da iniciativas do prefeito Eduardo Paes e da secretária municipal de Educação Cláudia Costin de abrir as portas das escolas para entidades e organizações do setor privado, como Fundações e ONGs. Em 2010, o prefeito Paes chegou a ser condenado pela Justiça Federal por manter uma política de não aplicar os 25% da arrecadação municipal no setor, o que faz com que a categoria tenha que trabalhar em escolas com superlotação de alunos e falta de equipamentos e pessoal. Hoje, a rede municipal tem carência de mais de 10 mil professores e 12 mil funcionários, como merendeiras, agentes administrativos, pessoal de portaria e inspetores de alunos.

6 comentários:

Anônimo disse...

E eles ainda tem a cara de pau de falar que estiveram presentes apenas 200 manifestantes...

Anônimo disse...

Alguém sabe informar como foi o movimento de greve em Valença?

Anônimo disse...

Foi zero!!!! Ninguém vê o SEPE nas escolas há tempos,aliás, não sabemos nem quem é o SEPE.......

Dilminha disse...

E desde quando precisamos de sepe, sopa, sapo ou suipa para fazer greve por melhores condições de trabalho? Ovelhinhas mansas!

Anônimo disse...

Sabe o que acontece se você fizer greve sozinho? Nada! Absolutamente nada! Quem contribui financeiramente com um sindicato, espera dele, ao menos informação e tentativas de explicar o seu papel na luta de classes.... Quem acha que pode sair, do nada, uma mobilização imensa e espontanea, tá longe de entender tudo isso! Leia, pelo menos! Manso e ingênuo é quem só fala, acha, reclama, mas não consegue nada, porque sequer entende o importante papel de um sindicato, quando este atua de verdade!

Anônimo disse...

Tô com a Dilminha e não abro...é que no Brasil tem que ter CHEFE pra tudo...até para buscar os seus direitos ou lutar pelas suas expectativas de direitos...mas isto é cultural, coisa da infância, sabe aquela brincadeira antiga...VOU AONDE O CHEFE MANDAR...