Estadualização do
Hospital Geral
O Governador do Estado assinou decreto com intenções de
desapropriar a Santa Casa de Misericórdia de Valença, a pedido do Dep. André
Corrêa.
Transferir o Hospital Geral para o governo do estado
parece ser a melhor solução. Mas só parece. A Saúde no Estado do Rio de Janeiro
vive uma crise sem precedentes, assim como a Educação, a coleta de lixo, a água
e o esgoto. Hospitais estaduais, como o IASERJ e o Carlos Chagas, são fechados
arbitrariamente ou vivem à míngua. Percebe-se que o problema está na gestão
estadual de Sérgio Cabral e Sérgio Cortês, o Secretário carequinha que veio em
Valença, prometendo mundos e fundos, dizendo que ia dar um jeito no Hospital
Geral. Deu no que deu (fechamento). Quem deve ta feliz são a Delta e a Toesa,
empresas com contratos suspeitíssimos com o governo fluminense.
O Sistema Único de Saúde (SUS), uma excelente iniciativa
dos valores constituintes de 1988, teve a competência de descentralizar o
sistema, dando autonomia aos entes federados e controle à população. Por isso,
mais do que nunca, um município como Valença, com sucessivos aumentos de
arrecadação, inserido de maneira honesta, transparente e com controle social no
SUS, tem mais do que capacidade de gerir o seu hospital municipal (assim como
deveria gerir o destino do lixo, do esgoto, da água, da licitação do transporte
publico e etc.). Ainda mais contando com instituições auxiliares do setor, como
o Hospital Escola/FAA e a UNIMED.
A decisão de estadualizar o Hospital Geral, às vésperas de
um outro governo municipal assumir e sem consultar o prefeito eleito é, na
minha ligeira impressão, mais uma manobra político-partidária em detrimento à
gesta democrática. Se bem que até agora a estadualização do Hospital Geral
ainda não saiu do papel, sendo na verdade mais uma inauguração de promessa do
deputado. A cidade já está lotada de faixas agradecendo mais essa “benevolência”.
Nada impede que numa visão sistêmica de saúde, o Hospital
Geral incorpore, no mesmo espaço, uma gestão compartilhada entre Município
(atenção básica, primária) e Estado (centro de referência, atenção
especializada). Essa de fato seria uma boa solução, calçado nos princípios
constitucionais do país, mas a vaidade dos senhores envolvidos na questão infelizmente
ainda impede essa quimera.
...
Consumo, logo
existo.
Grandes filas e supermercados lotados no final de ano, e o
direito ao caixa preferencial para gestantes e idosos solenemente ignorado
pelos grandes comerciantes e pela população em geral. É o preço do consumismo: todos
na ânsia de servir ao Deus Mercado no final de ano.
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Instituto Federal
de Ensino Superior e Tecnológico
Valença é uma cidade excelente para se viver e tenho certeza
que a sociedade merece estudar e aprender numa instituição pública de referência
em nossa cidade. O Governo Federal, através dos Programas de Reestruturação das
Universidades Federais (REUNI) e implementação dos Institutos Federais de
Educação Tecnológica (IFET´s), dobrou o número de escolas técnicas no país. Acho
que o candidato do PT ao governo do estado, Senador Lindebergh Faria pode encampar
esse sonho, dentro da visão estratégica de desenvolvimento nacional, através do
Sistema Nacional de Ensino, conforme resoluções da I Conferência Nacional de
Educação e do Plano Nacional de Educação (PDE).
Valença ainda vai salvar o Rio de Janeiro, com nossa
cordialidade e acolhimento aos filhos(as) da burguesia fluminense e, um pouco graças às
cotas, aos filhos(as) das classes desfavorecidas.
Junto com Dr. Álvaro prefeito é hora de reconstruir a
estratégia fundamental de passagem do Estado herdado (o que temos) para o
Estado necessário (o que queremos/precisamos). Para tal, é necessário no plano
tático e operacional derrotar os partidos que têm uma visão mercadológica da
Educação, como o PMDB/RJ e seus aliados.
Poderíamos federalizar o Centro de Ensino Superior da FAA,
ou até compartilhar entre os entes federados, num regime de cooperação, como
define os preceitos constitucionais e da LDB. A Lei dá brecha até para uma Universidade
Pública Municipal, que formasse para o trabalho e estivesse inserida, por
exemplo, dentro da Lei do Estatuto do Magistério Municipal.
O fato é que a promiscuidade público privada entre PMV e
FAA é tão descarada que se eu fosse prefeito, botava a nu essa relação incestuosa.
Mas eu ainda não sou prefeito.
...
E o cheiro de final de ano nas ruas de Valença não poderia
ser outro: chorume de lixo nas portas do cidadão que paga seus impostos. Feliz
Natal, hohoho!
4 comentários:
A verdade é que ainda tem muita coisa para melhorar na área da saúde e em algumas outras também, mas o governo do Sérgio Cabral melhorou muita coisa.
Engraçado... Pensei que PT-RJ fosse aliado do PMDB-RJ. Mas pelo dito ´na entrevista acho que não é...
E mais, Universidade Municipal?!? Se o município não consegue atender de forma satisfatória o ensino básico, que é de sua (in) competência, ainda vai criar uma universidade? Faz me rir! Resolvam os problemas da base. Depois Pensem em "salvar o Rio de Janeiro", Marquês Sassà Mutema!
FICO PASMO COM AS FAIXAS ESPALHADAS PELA CIDADE COM OS DIZERES O HOSPITAL GERAL AGORA É DO ESTADO, COM AGRADECIMENTOS, É CLARO, AO GOVERNADOR E AO DEPUTADO QUE SE DIZ DE VALENÇA.
PORRA O SOUZA AGUIAR TAMBÉM É DO ESTADO, O ROCHA FARIA,O GETULIO VARGAS, O ALBERT SCHWEITZER E TANTOS OUTROS QUE VEMOS NA TV (NÃO NA GLOBO É CLARO)O ESTADO DE ABANDONO QUE SE ENCONTRAM, E AGORA VEM O DEPUTADOZINHO SE VANGLORIAR DE TER ENTREGUE AO ESTADO O NOSSO HOSPITAL GERAL.
ESPERO QUE O DR ALVARO NÃO FAÇA NENHUM TIPO DE ACORDO COM ESSA CORJA DO DEPUTADO QUE EM QUATRO MANDATOS NÃO FEZ NADA POR VALENÇA A NÃO SER EMPREGAR PARENTES DE VEREADORES E USAR SEU MANDATO PARA INTERESSE PRÓPRIO.
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