Sepe inicia campanha unificada em defesa da educação pública de qualidade
Retirado do Boletim do Sepe
Ao tomar posse como novo secretário estadual de educação, Wilson Risolia afirmou: “Até por formação, tenho esse vício de pensar a educação como negócio”. Foi apenas mais uma demonstração do que tem sido a tônica das políticas públicas educacionais no estado do Rio de Janeiro: a mercantilização da educação através da adoção do produtivismo e da meritocracia.
Assim como no governo estadual, em vários municípios a moda é falar em metas de desempenho,
em índices de qualidade e em prêmios e bonificações.
Tudo isso ancorado na falsa idéia de que é possível dar o necessário salto de qualidade na educação a partir da lógica privada do mercado: concorrência entre escolas e professores, padronização das avaliações e dos currículos, ampliação do controle burocrático nas mãos das secretarias e parcerias com ONGs para realização de projetos.
No município do Rio - maior rede pública de ensino da América Latina - a quantidade de projetos é tamanha que nem mesmo as CREs sabem orientar as escolas sobre o que fazer com os recursos e obrigações que chegam.
Projetos que utilizam métodos defasados e conteúdos inadequados objetivando, na prática, mascarar os índices de aprovação para, assim, atingir o grande objetivo educacional: melhorar
os índices.
Certamente o IDEB, criado pelo governo federal e divulgado insistentemente pela grande mídia, pelos governos e por entidades da sociedade civil, contribuiu para essa naturalização da competição, dos rankings e metas quantitativas. As políticas dos mais diversos governos entraram nessa onda sem deixar de culpar e penalizar os profissionais da educação.
A EDUCAÇÃO NÃO SE RESUME A NÚMEROS QUE SÓ SERVEM PARA CLASSIFICAR E ROTULAR
Por isso, é tão urgente recuperar um projeto de educação pública forjado nas lutas sociais dos anos 80 para atualizá-lo sem deixar de reafirmar o que tinha de mais essencial: seu caráter universalizante, socialmente comprometido, laico, público e democrático. Que garanta a autonomia pedagógica e política daqueles que constroem o processo de ensino aprendizagem ao
mesmo tempo em que valoriza o trabalho dos profissionais da educação. É para esse desafio
que o Sepe chama você. De 5 e 6 de novembro faremos um grande seminário para pensar e discutir estas questões no intuito de juntar forças para esta luta necessária para os dias de hoje. Você não pode faltar!
Retirado do Boletim do Sepe
Ao tomar posse como novo secretário estadual de educação, Wilson Risolia afirmou: “Até por formação, tenho esse vício de pensar a educação como negócio”. Foi apenas mais uma demonstração do que tem sido a tônica das políticas públicas educacionais no estado do Rio de Janeiro: a mercantilização da educação através da adoção do produtivismo e da meritocracia.
Assim como no governo estadual, em vários municípios a moda é falar em metas de desempenho,
em índices de qualidade e em prêmios e bonificações.
Tudo isso ancorado na falsa idéia de que é possível dar o necessário salto de qualidade na educação a partir da lógica privada do mercado: concorrência entre escolas e professores, padronização das avaliações e dos currículos, ampliação do controle burocrático nas mãos das secretarias e parcerias com ONGs para realização de projetos.
No município do Rio - maior rede pública de ensino da América Latina - a quantidade de projetos é tamanha que nem mesmo as CREs sabem orientar as escolas sobre o que fazer com os recursos e obrigações que chegam.
Projetos que utilizam métodos defasados e conteúdos inadequados objetivando, na prática, mascarar os índices de aprovação para, assim, atingir o grande objetivo educacional: melhorar
os índices.
Certamente o IDEB, criado pelo governo federal e divulgado insistentemente pela grande mídia, pelos governos e por entidades da sociedade civil, contribuiu para essa naturalização da competição, dos rankings e metas quantitativas. As políticas dos mais diversos governos entraram nessa onda sem deixar de culpar e penalizar os profissionais da educação.
A EDUCAÇÃO NÃO SE RESUME A NÚMEROS QUE SÓ SERVEM PARA CLASSIFICAR E ROTULAR
Por isso, é tão urgente recuperar um projeto de educação pública forjado nas lutas sociais dos anos 80 para atualizá-lo sem deixar de reafirmar o que tinha de mais essencial: seu caráter universalizante, socialmente comprometido, laico, público e democrático. Que garanta a autonomia pedagógica e política daqueles que constroem o processo de ensino aprendizagem ao
mesmo tempo em que valoriza o trabalho dos profissionais da educação. É para esse desafio
que o Sepe chama você. De 5 e 6 de novembro faremos um grande seminário para pensar e discutir estas questões no intuito de juntar forças para esta luta necessária para os dias de hoje. Você não pode faltar!
3 comentários:
EDUCAÇÃO NÃO É NEGÓCIO???????? EM QUE PAÍSES VCS VIVEM??????????? ACHAVA QUE ESCOLA PARTICULAR FOSSE, ME ENGANEI....
o anonimo, mas o cara é secretaria da educação pública!!!!
Educação não é "MERCANCIA"! É isso mesmo! Em todos os níveis. O problema é que o governo federal terceriza o serviço com o pro-uni e as faculdades particulares semi falidas agradecem aos céus por isto. E mais... são isentas de alguns impostos. Se é negócio, deve se auto financiar ou buscar na iniciativa privada seu financiamento. Tirem as mão imundas do dinheiro público! BASTA!
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