Parte 1
Vivemos em Valença mais uma crise. Desta vez, aliada ao colapso econômico provocado pelas políticas neoliberais dos últimos anos - que causaram o fechamento da maioria de nossas fábricas -, acompanhamos o definhar dos latifúndios e das famílias “tradicionais” valencianas, os grandes mantenedores do conservadorismo político, do aparelhamento das instituições públicas e privadas e, porque não dizer, do atraso econômico ao qual estamos habituados. E, para que este período seja logo superado, uma revolução precisa ser iniciada se realmente quisermos ver Valença em novos rumos.
Elites e reforma agrária
Falar “trabalho e renda” em Valença passa necessariamente pelo fim da importância que se deu até hoje às elites político-fundiárias e suas práticas antiquadas de produção e comercialização, além dos abusos nas relações com os trabalhadores e com o meio ambiente. Precisamos, ainda, impedir que estas elites continuem a se apropriar dos recursos da educação pública e que finquem suas raízes em nossa instituição de ensino superior. Basta!
Num município rural, empobrecido e com poucos recursos financeiros como Valença, há a necessidade de criarmos uma nova relação trabalho-terra. Enquanto os latifúndios ocupam centenas de hectares com meia dúzia de gado, os jovens são praticamente obrigados a buscar oportunidades em outras cidades.
Por isso, lutar pela reforma agrária em Valença significa solução não apenas para os setores do campo, mas para toda a sociedade. Reforma agrária é verdadeiramente um fator de geração de emprego e renda, de redução do êxodo rural e da superlotação das cidades.
Somos o segundo maior município em extensão territorial do Estado do Rio de Janeiro e compramos a maioria dos nossos alimentos em Juiz de Fora e Rio de Janeiro. Quebrar o latifúndio e motivar a ocupação do campo por cooperativas familiares, com práticas responsáveis de produção (sem agrotóxicos, sem sementes modificadas geneticamente, com o manejo correto do solo) e em sintonia com a preservação ambiental, propiciará uma verdadeira revolução econômica e social em Valença e região.
Uma revolução porque junto a toda essa motivação para a ocupação do espaço rural, haverá a necessidade de um novo modelo de educação voltada ao emprego: a criação de centros públicos de inovação tecnológica e de centros de ensino popular libertários (universidades e escolas técnicas populares). Afinal, quem disse que queremos escola que ensine AGRONEGÓCIO?
Bebeto
2 comentários:
Fiquei pensando se o chororô alvinegro não poderia ter alguma utilidade ecológica... afinal de contas é água que não acaba mais...
BI-CAMPEÃO!!!!! BI-CAMPEÃO!!!!!
Saudações Rubronegras
Thanks to the blog owner. What a blog! nice idea.
Postar um comentário