domingo, 23 de dezembro de 2007

Virada Multicultural de Valença

Dias 28, 29, 30 e 31 de dezembro/2007 - Shows gratuitos

Dia 28 (sexta-feira): Rock, Clube das Laranjeiras, às 22:00 horas

Dia 29 (sábado): Samba de Mesa, Praça da Bandeira (Grade), a partir das 15:00 horas e Música Popular Brasileira, na Rua Padre Luna com Rua dos Mineiros, às 21:00 horas

Dia 30 (domingo): Forró e Calango, no Mercado Municipal, às 10:00 horas

Dia 31( segunda-feira): Hip-Hop, Clube Laranjeiras, a partir das 17:00 horas e show da Virada Multicultural com a Banda da Virada, no centro, a partir das 22:30 horas, com sensacional queima de fogos.

Realização: Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Casas populares e reforma do teatro

Do sítio da Prefeitura Municipal de Valença: www.valenca.rj.gov.br/noticias.htm

Convênio entre Prefeitura e Caixa Econômica Federal para a construção de 35 casas populares no Loteamento Vadinho Fonseca e convênio entre Governo Federal e Prefeitura para a reforma do Teatro Municipal Rosinha de Valença, ambas em fase de licitação.

A primeira obra deverá ter início no mês de janeiro de 2008, com término previsto para cerca de sete meses. “A Caixa disponibilizará R$585 mil e a contrapartida da Prefeitura será de R$498 mil”, disse Walter Tavares, lembrando que as casas, já com beneficiários, terão quarto, sala, cozinha e banheiro, além de espaço para ampliação.

E, a segunda melhoria para o município, contará com participação da União, no valor de R$300 mil e contrapartida da Prefeitura de R$60 mil. O teatro também terá a obra iniciada em janeiro de 2008, com prazo de conclusão de cinco meses. Este importante espaço cultural ganhará reforma geral na iluminação, acústica, telhado e etc.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Ação popular contra a concessão da água em Valença

Sexta–feira, dia sete de dezembro, representantes da sociedade civil organizada entraram com uma ação popular que pretende anular o processo de licitação para concessão da gestão do sistema de água e esgoto em Valença.

As autoras da ação, Clara Pentagna, Marilda Vivas (ambas do Movimento Por Amor à Valença) e Maria Lucia de Mendonça (Presidente do Conselho da Cidade, o ConCidade), resolveram recorrer ao judiciário após terem falhado todas as tentativas de aumento da participação popular na definição da política de saneamento em nossa cidade.

Elas apontam uma série de irregularidades no processo administrativo que corre na prefeitura para a concessão, sendo até mesmo a definição desse modelo, sem a realização prévia de audiências públicas previstas no Plano Diretor Participativo de Valença, uma ameaça ao futuro da água para a população de Valença.

A questão da água tem gerado muita polêmica ao longo de todo este ano e parece que a solução ainda está distante. Após o vencimento do contrato de permissão com a Companhia da Água em janeiro, foi assinado um contrato de emergência com a sociedade Águas de Valença, que deveria valer por 90 dias. Porém, este já foi renovado uma vez por mais 90 dias e outra vez por 180 dias, num total de 360 dias, tempo longo pra perdurar uma situação de emergência. Situação esta que foi criada pela própria prefeitura, que devia ter se planejado mesmo antes de vencer o contrato com a Companhia da Água, no início do ano.

Para contornar essa situação, foi criada uma comissão especial de licitação que deveria conduzir o processo para a escolha da empresa apta a assumir a gestão do sistema de águas e esgotos no município, através do sistema de concessão.

Segundo as autoras da ação, que acompanham de perto o processo de concessão, a condução que o governo Fábio Vieira dá ao tema é desastrosa. Em primeiro lugar, elas apontam o Plano Diretor Participativo de Valença, que foi elaborado com amplo apoio popular, como o marco definidor da política para gestão hídrica no Município. Esta lei foi violada pela 2324/07, aprovada no inicio do ano e que autoriza ao prefeito realizar a concessão. Segundo elas, quem escolhe o modelo de gestão é o povo, através de audiências públicas, como definido na lei do Plano Diretor.

No entanto, a atual fase do processo licitatório viola a própria lei 2324. Esta condiciona a concessão à definição prévia pela Câmara de Vereadores da tarifa a ser aplicada à concessão, o que não foi feito. Esta definição da tarifa pela Câmara teria como base um estudo técnico e financeiro, sem o qual seria impossível se conhecer a situação em que se encontra a distribuição de água e o esgotamento sanitário no município. Nem mesmo este estudo foi realizado.

As autoras acusam ainda o prefeito e toda a comissão especial de licitação de agir de forma autoritária e antidemocrática ao longo de todo o processo de concessão. Elas apontam como exemplos dessa conduta a realização de audiências públicas com a finalidade de “apresentar” o modelo de gestão e a produção de um “plano diretor de saneamento” sem a devida base técnica e econômico-financeira para viabilizar um conhecimento sólido da realidade que se apresentará pra gestão hídrica, seja por uma concessionária, seja diretamente. Para elas, esses atos tinham objetivo de dar aparência de legalidade ao processo, que se desenrola sem observar a opinião da população e os requisitos determinados pela lei.

O processo de licitação está em curso. Os interessados em contratar com a prefeitura a gestão da água já adquiriram cópias do edital e a abertura dos envelopes com as propostas está marcada para o dia três de janeiro de 2008. O vencedor terá o prazo de 30 anos para explorar o setor de distribuição de água e esgoto em todo o município.

A água, fundamental para a vida, preocupa toda a humanidade pela sua escassez certa em um futuro próximo. Em Valença, esse recurso tem seu controle definido sem a participação popular direta ou indiretamente, e com o desrespeito à lei.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Os brancos são mais iguais

O lema fundamental da dominação capitalista e imperialista continua sendo “Civilização ou barbárie”. Civilização para os dominantes e barbárie para todos os outros. Civilização para os brancos, ocidentais, protestantes ou católicos, europeus ocidentais ou estadunidenses. Mas é a cor da pele a bandeira da sua superioridade.

Não por acaso, Hollywood, a maior fábrica de racismo do mundo, promove a criminalização das outras “raças”, sejam índios dos EUA, os africanos, árabes, japoneses, chineses, coreanos, mexicanos ou qualquer outra variante dos não-brancos. O único filme produzido nos EUA contra a potência que promoveu a maior “limpeza étnica” da história da humanidade, a Alemanha, foi realizado por um não-estadunidense, Charles Chaplin, com “O grande ditador”. O clima contra ele ficou tão insuportável que precisou sair às pressas dos EUA, antes mesmo do lançamento do filme.

Hollywood narrou a história do massacre das populações indígenas nos EUA como uma saga da “civilização” resgatando palmo a palmo o território dominado por “peles vermelhas” “traiçoeiros”. Indômitos cowboys, chamados de “mocinhos”, enfrentando os “bandidos” das populações originárias.Recorrentemente, renascem as teorias e as afirmações racistas sobre a suposta inferioridade intelectual dos negros. Bem antes das declarações do prêmio Nobel sobre o tema, surgiu a “teoria dos sinos”, que repetia a mesma ladainha de sempre. Os negros teriam características que os tornam excelentes para as atividades atléticas. Chega-se ao requinte de elaborar mapas da origem dos africanos, pois certas regiões estariam mais adaptadas para a produção de atletas para corridas de longas distâncias, pela resistência, enquanto, outras, produzem os de curta distância, pela rapidez. Este reconhecimento do desempenho atlético é uma espécie de “compensação” à inferioridade intelectual que se lhes quer impor. Um autor que vive recomendando as melhores leituras para todo o mundo, não hesitou em perguntar onde estaria o Shakespeare africano. Um modo de dizer que só está disposto a rever sua tese sobre a inferioridade intelectual e cultural dos africanos quando estes forem capazes de apresentar conquistas intelectuais similares às européias.

A colonização e a escravidão, que parecem fenômenos passageiros, que não deixaram marcas na trajetória nem dos que se enriqueceram, nem dos que se empobreceram com elas, nunca aparecem nos seus preciosos “cálculos” . Colonização e escravidão foram formas de recrutar uma raça inferior para trabalhar para a raça superior, em nome do “progresso” e do “desenvolvimento”. Colonização e escravidão transformam-se em categorias atemporais, que beneficiaram a “humanidade”, a “civilização”, apropriada pelos brancos ocidentais cristãos.Esses raciocínios pseudo-científicos procuram desqualificar as outras etnias e combater algumas conquistas políticas, como é o caso especialmente das cotas. Afinal, de que adianta promover os negros, já que sua inferioridade é genética!

Quando esta concepção ganhou a Califórnia, o resultado foi arrasador para os negros, pois os brancos e os de origem asiática se repartiram entre si as vagas das universidades e os negros foram praticamente excluídos. É uma manobra intelectual para justificar a imposição da hegemonia das idéias dominantes na sociedade mercantilizada dos EUA: os pobres – entre eles os negros - não são produzidos pela estrutura econômica e social capitalista, eles são os “perdedores” de um jogo onde tiveram as mesmas oportunidades que os outros, mas foram vencidos no concurso meritocrático da excelência, da produtividade, do custo-benefício.

Todos são iguais, mas os brancos são os mais iguais, os mais “civilizados”, os mais inteligentes – e mais ricos, mais poderosos, mais beligerantes, os mais agressivos, os mais discriminadores, os mais exploradores.

Emir Sader - Blog do Emir - www.agenciacartamaior.com.br

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Crise no Instituto de Educação

Carta enviada ao SEPE/RJ pelo professor de história Alexandre Fonseca:





Caros companheiros (as):

Venho, por meio deste, informá-los sobre a crise administrativa por que passa o Instituto de Educação Deputado Luiz Pinto, um dos maiores e mais tradicionais educandários da rede pública estadual de Valença, onde atuo como docente, crise esta que se aproxima de um desfecho indesejado e preocupante para todos que acreditam numa educação pública politica e socialmente libertadora.

O IEDLP, em seus mais de quarenta anos de existência, tem uma longa folha de serviços prestados à educação valenciana e fluminense, porém nos últimos anos passa por sérias dificuldades. Parte delas está relacionada a uma crise de paradigmas educacionais: nossa escola notabilizou-se no passado recente por oferecer um ensino de qualidade reconhecido por todos na comunidade, porém combinado a modelos de gestão autoritária e rigidamente disciplinadora e a um certo elitismo social, o que, de certa forma, era concernente ao contexto político da época. Entretanto, as mudanças por que passaram a sociedade nos últimos anos, puseram em cheque este paradigma: de um lado, o aprofundamento das práticas democráticas na sociedade repercutiram no interior da escola, de outro lado o acesso das crianças oriundas das classes populares e da periferia trouxe novas realidades com os quais tivemos dificuldade de lidar. O IEDLP, em parte nostálgico dos velhos tempos, em parte desejoso de se adaptar aos novos, ficou perdido entre o passado e o futuro.

A esta questão, de ordem genérica, deve-se somar outras de natureza diversa: gestões problemáticas, deficiências estruturais e, sobretudo, interferências políticas indevidas no cotidiano escolar. Em 2007, a crise aproximou-se do caos, quando a escola sofreu o processo de municipalização das suas séries iniciais (educação infantil e primeira série do ensino fundamental) e esteve ameaçada de perder o seu histórico prédio anexo.

Graças a uma inédita mobilização de toda a comunidade escolar, da qual participaram este sindicato, professores, alunos e pais, conseguimos obter um acordo com a SEE-RJ e com o governo municipal de Valença, que nos garantiu a manutenção do prédio e a lotação das professoras que, até então, atuavam nas turmas municipalizadas. A partir de então, segundo orientação que nos foi dada pela SEE-RJ, na pessoa da Professora Ana Lopes, um grupo de professores passou a elaborar um projeto de reestruturação pedagógica do IEDLP com a intenção de transformá-lo numa escola pública de referência no Estado do Rio de Janeiro.

Enquanto a crise administrativa se agravava e gerava descontentamento de todos na comunidade escolar, mas também dava margens a manipulações políticas da parte de pessoas interessadas apenas em se apoderar da direção a todo custo, víamos, no projeto que elaborávamos, uma saída verdadeiramente renovadora para o IEDLP, saída esta que, no nosso entender, passava necessariamente por um processo de democratização da escolha e do exercício da gestão em nossa escola. Em outras palavras, o sucesso do projeto do NOVO IEDLP está diretamente e necessariamente vinculado a uma praxis de gestão democrática da escola.

Por este motivo, foi grande a nossa decepção, quando, exatamente no dia em que fizemos a entrega do projeto a SEE-RJ, fomos surpreendidos com a notícia de que a atual direção da escola fora destituída e uma outra equipe já havia sido indicada para o posto. É certo que direção ora destituída fora antes empossada por indicação política em seu primeiro mandato, embora tenha recebido o respaldo da comunidade escolar, quando dois anos depois o governo do estado promoveu uma eleição para diretores através da constituição de uma lista tríplice mediante consulta à comunidade. Também é certo, que em parte, já era do entendimento de grande parte da comunidade escolar do IEDLP que, após cinco anos, é chegada a hora de mudanças.
Porém, nossa expectativa era de que todo o processo de mudança fosse conduzido de baixo para cima, pela própria comunidade escolar. Porque desejávamos que, no decorrer deste processo, pudéssemos não apenas escolher os novos diretores, mas também e sobretudo discutir os problemas da escola e suas possíveis soluções. Enfim pudéssemos refletir sobre QUAL ESCOLA QUEREMOS.

Infelizmente, esta nossa expectativa se vê mais uma vez frustrada pela forma impositiva e antidemocrática como se está procedendo a troca de direções. Pouco interessa quais são os nomes indicados para a direção da escola. Não convém, por razões éticas, julgar de antemão sua capacidade administrativa, embora, por se sujeitarem a este tipo de conchavos políticos, seja de se esperar que não estejam devidamente comprometidos com uma educação democrática e socialmente libertadora. Mas isto não vem ao caso.

Desejo apenas alertar que, neste caso, os fins dificilmente justificarão os meios, isto é, a simples destituição da atual direção e a nomeação de outra, por acordos feitos nos bastidores da (má) política, sem que a comunidade escolar seja consultada, não contribuirá em nada para solucionar a crise do Instituto e, ao contrário, poderá agravá-la, posto que a insatisfação, o desânimo e até a revolta de professores, alunos, pais e responsáveis tendem a aumentar.

Não escrevo aqui, como porta-voz outorgado pela comunidade do IEDLP. Não tenho esta pretensão. Mas, após quase dez anos exercendo docência naquela escola, desenvolvi uma relação multilateral de respeito e afetividade com colegas, pais e principalmente alunos. Com isso, creio que, modestamente, aprendi a sentir as aspirações e desejos coletivos daquele microuniverso que é o IEDLP. E por isso, posso garantir, boa margem de probabilidade, que uma direção indicada de cima para baixo não é que queremos.
Acredito que a democracia ainda é o melhor remédio para as crises. Por isso, peço a atenção do SEPE, que em outros momentos, como o citado acima, já atuou em parceria com a comunidade escolar do IEDLP para pressionar a SEE-RJ para que nos seja dada, de imediato, desde já, a oportunidade de escolhermos democraticamente os nossos próximos gestores e, no bojo da escolha, a possibilidade de debatermos um projeto de escola de qualidade.

Grato por vossa atenção e certo de vossa compreensão,

Agradeço antecipadamente,

Prof. Alexandre Fonseca
matrícula 829237-7

domingo, 16 de dezembro de 2007

Inscrições abertas para curso de Capacitação de Acesso à Terra Urbanizada: Regularização Fundiária e Implementação de Planos Diretores

O Ministério das Cidades, em parceria com a Secretaria de Educação a Distância (SEaD) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), realizará o curso de capacitação de Acesso à terra urbanizada: regularização fundiária e implementação de planos diretores, na modalidade à distância. Com duração de três meses e carga horária de 120 horas, o curso, totalmente gratuito, atenderá a 1.000 (um mil) alunos em todo território nacional.

O conteúdo programático do curso - dividido em 12 (doze) aulas – aborda, dentre outros aspectos, a contextualização do processo de urbanização brasileira, os instrumentos do Estatuto da Cidade utilizados para garantir o acesso à terra e os conceitos e a legislação aplicável da regularização fundiária plena.

O início do curso está programado para o mês de março de 2008. As informações serão divulgadas pelas redes da Secretaria Nacional de Programas Urbanos, pelo sítio internet do Ministério das Cidades e no endereço abaixo. Faça já a sua inscrição:
http://www.sead.ufsc.br/institucional/cursoterra.html ou vá direto para o formulário:
http://inscricoes.sead.ufsc.br/cidades/

Mais informações:
planodiretor@cidades.gov.br

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

VQ 26








Esta é a capa do VQ 26, já em circulação pela cidade. Quem quiser em formato PDF, é só enviar um email solicitando para valencaemquestao@yahoo.com.br






A CPMF já elvis!!!

Governo é derrotado na votação da CPMF. Bem feito, quem mandou andar com Renan Calheiros e cia limitada.




Mas porreta mesmo seria se os nobres senadores agora derrubassem a DRU (estou assistindo TV Senado em plena madruga - esta vida de lobo solitário é soda!)

É ali que tá a sacanagem maior, a DRU é um dispositivo que permite o governo gastar 1/5 do dinheiro nacional naquilo que bem entender. E o Lula gasta, assim como o FHC, pagando Superavit Primário (nome que o FMI achou pra tungar nossa riqueza - uma dívida ilegal, construída em cima de acordos podres que vem do passado e continuam no atual cenário neocolonial, que chamamos inocentemente de "globalização").



Mas o Heraclitão do DEMO já encaminhou que é a favor. Resultado: hunf, num falei: 50 a 18 pela continuação da maldita.

Só o Arthur Virgílio (PSDB) - por oportunismo - e o José Nery (PSOL) - por coerência - encaminharam pelo fim da DRU (Desvinculação das Receitas da União).

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Syngenta fora do Brasil

KENO VIVE!
Na manhã de ontem (10/12), 500 trabalhadores rurais da Via Campesina e do MST ocuparam
fábrica da empresa transnacional Syngenta Seeds, no município de Paulínia, próximo a Campinas, interior de São Paulo, deixando paralisada as operações da unidade de produção de agrotóxicos. O protesto faz parte da campanha "Syngenta Fora do Brasil", lançada por conta do assassinato de Valmir Mota de Oliveira, o Keno, por uma milícia armada, a mando da Syngenta, em Santa Tereza do Oeste, no Paraná, em 21 de outubro.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

A vingança do baiano


Em 1994, fiz com Miss Lilly, a pedido da agência DPZ, o livro São Paulo de Bar em Bar. Visitamos uma centena - um deles, o bar Ca­bral, nos elegantes Jardins. O dono, quando Miss Lilly perguntou sobre a clientela, rela­cionou alguns figurões e arrematou: "Uma coisa eu digo: baiano aqui não entra." Disse com aquele nojo que certos magnatas das classes dominantes devotam ao povo.
Mas por que me lembrei disso? Ah, sim. Em outu­bro, numa esquina paulistana, um "correria" apontou revólver para o apresentador de tevê Luciano Huck e fugiu na moto levando-lhe o Rolex que, segundo as notas que li, vale uns cinco barracas na favela. Huck escreveu na Fo­lhona artigo que causou rebuliço, ao desabafar e cobrar ações das autoridades. Muitos o apoia­ram, e muitos fizeram troça, como dizer que Huck precisou ser assaltado para descobrir a desigualdade que grassa. Na seqüência, a Folhona publicou artigo justo do escritor do Capão Redondo, o colega de hospíoio Ferréz, que resumiu: o correria levou o Rolex que vale várias casas no peda­ço em que ele mora, e Huck ficou com o bem maior, a vida - ou seja, concluiu Ferréz, todos saíram ganhando.
Mas o que tem o bar Cabral a ver com a história? O dono dele era Luciano Huck. Ima­gino então que algum baiano soube da histó­ria que narrei e veio cobrar um Rolex por "da­nos morais".
Mylton SeverianoPublicado originalmente na Revista Caros Amigos (ano XI número 128 novembro 2007, p.11)

sábado, 8 de dezembro de 2007

MST ocupa fazenda em Valença

A Fazenda São Paulo no Município de Valença foi ocupada nessa madrugada (08/12) por cem famílias organizadas pelo MST.

A fazenda tem 1.500 hectares. Na avaliação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), a área foi considerada improdutiva e se encontra na fase final de desapropriação, iniciada em 2003. Este ano o Incra obteve autorização judicial para ‘avaliar’ a fazenda e teve que utilizar da força da Polícia Federal para realizar a avaliação.

A ocupação faz parte da estratégia do MST para acelerar o processo de desapropriação da área que já se encontra no último estágio, só faltando o Poder Judiciário imitir o Incra na posse da área, o que deve acontecer nos próximos dias.

Segundo Luciana Miranda, militante do MST, a ocupação é um ato em solidariedade a D. Luiz Cáppio que se encontra a mais de onze dias em greve de fome contra a transposição do Rio São Francisco e, ao mesmo tempo, um ato de protesto contra os assassinato do militante da Via Campesina Valmir Mota de Oliveira, o “Keno”, assassinado no Paraná, no mês de Outubro.

— Cada vez que eles tirarem uma vida de um companheiro ou companheira nossa, inúmeras fazendas serão ocupadas. Os trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra não se acovardarão ante a aliança entre o latifúndio e o governo federal.


Ainda segundo Luciana, a fazenda que ficou improdutiva durante muitos anos agora produzirá alimentos de qualidade.

Informações à imprensa:

Contatos:
Luciana Miranda - 2452 – 0456 / 9907 – 9606
Guilherme Gonzaga – 3322 – 4574 / 9904 – 2203

Como chegar ao acampamento:
Após o Distrito de Santa Isabel (Município de Valença) seguir em direção a Parapeúna, entrar à direita na Estrada da Fazenda São Paulo, mais ou menos 15 km após Santa Isabel.

"Contra a intolerância dos ricos, a intransigência dos pobres" - Florestan Fernandes

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Eleições para rede municipal de ensino

Serão realizadas no dia 07 de dezembro, sexta-feira, as eleições para os cargos de diretor e diretor-adjunto de escolas municipais, com mais de cem alunos e que apresentaram chapa para o pleito.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, as chapas vencedoras administrarão as unidades nos anos de 2008 e 2009. A eleição acontecerá das 9:00 às 17:00 horas e das 9:00 às 20:00 horas para as unidades que trabalham com o EJA (Educação de Jovens e Adultos).

São votantes professores, funcionários, alunos do segundo segmento do Ensino Fundamental ( de 5 a 8 série) e pais ou responsáveis. De acordo ainda, com informações da Secretaria, acontecerá eleição nas seguintes escolas:

Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, Escola Municipal Maria da Glória Giffoni, Escola Municipal Fernando de Oliveira Castro, Escola Municipal Henrique de Oliveira Conceição, Escola Municipal Eduardo Leite Pinto, Escola Municipal Tancredo de Almeida Neves, Escola Municipal de Osório, Escola Municipal Marieta Lopes Ielpo, Escola Municipal João Esteves, Escola Municipal Maria Medianeira, Escola Municipal Associação Balbina Fonseca, Escola Municipal Regina Coeli Amorim, Escola Municipal Maria Ielpo Capobianco, Escola Municipal Marcos Esteves, Colégio Municipal Pedro Paulo.

Fonte: Assessoria de Comunicação da PMV - www.valenca.rj.gov.br

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Isso existe no Brasil?

Fazendeiros e políticos de Juína (MT) impedem visita de ativistas do Greenpeace, da OPAN (Operação Amazônia Nativa) e de jornalistas europeus à Terra Indígena Enawene Nawe. O ocorrido foi no dia 20 de agosto deste ano, há menos de três meses. Absurdo pouco é bobagem.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Inscrições para Pólo Agrícola 2008

Estão abertas as inscrições para o colégio Pólo Agrícola. Seguem as datas, divididas por turmas:

6º e 7º anos (antigas 5ª e 6ªséries) - turmas em horário integral - até 09/12

6ª ano e 1º ano do ensino médio - até 09/12

Demais séries - de 10/12 a 21/12

Horário e local para as inscrições:
Secretaria do Pólo Agrícola de 7:30h às 17h, Chacrinha
(24) 2452-7975

domingo, 2 de dezembro de 2007

Show de suspeitas em Valença**

Câmara pede ao SBT vídeo em que cantor teria denunciado proposta de superfaturamento

Ricardo Villa Verde

Rio - Suposta declaração do cantor Leonardo no programa da Hebe Camargo, no SBT, em setembro, virou motivo de disputa política em Valença, Sul Fluminense. A Câmara de Vereadores da cidade ameaça entrar na Justiça para obter cópia do programa, no qual Leonardo teria denunciado ter recebido e recusado proposta de superfaturar show contratado pela prefeitura.

“Queremos saber se a informação é verdadeira”, disse o presidente da Câmara, Lorenço Capobianco (PPS). Segundo ele, as denúncias são de que o cantor teria dito no programa que estava negociando o show com a prefeitura por R$ 80 mil e teria recebido proposta de apresentar nota com valor maior, superfaturado.



O procurador do município, Adolpho Bezerra de Medeiros Júnior, nega a acusação, garantindo que a prefeitura nunca contratou o cantor. A assessoria de Leonardo não confirmou — mas também não negou — que ele tenha feito a declaração. Informou apenas que solicitou à produtora da Hebe cópia da fita para o cantor rever suas declarações no programa.

Em Valença o assunto virou munição para opositores do prefeito Antônio Fábio Vieira (PP). “É mais um fato de vergonha para a cidade”, critica o vereador Luis Mario Machado (sem partido).

O prefeito vem enfrentando outras denúncias de irregularidades em seu governo. Sexta-feira, oficiais de Justiça estiveram na prefeitura apreendendo documentos a pedido do Ministério Público (MP). O órgão entrou com medida cautelar pedindo busca e apreensão de processos de compras e contratações de serviços feitas pela administração municipal, para investigar suspeitas de pagamentos por notas frias.

O procurador do município, Adolpho Bezerra, nega também essas acusações. Ela disse que o prefeito abriu sindicância interna para também apurar o caso. “Se ficar comprovada participação de servidores municipais, eles serão punidos com rigor”, disse o procurador.

Empresário diz que fez notas frias

As investigações do MP começaram a partir de denúncias do empresário Alexandre Figueira, na qual ele admite ter recebido pagamentos da Prefeitura de Valença por serviços de sonorização, “através de esquema montado para burlar o processo licitatório”. Na denúncia, ele diz ter recebido por locação de ônibus, sem nunca ter prestado o serviço. O empresário também admitiu ter emitido notas frias de sua empresa para pagamentos efetuados pela Secretaria de Saúde.

O dossiê com as denúncias foi enviado também à Câmara. Quinta-feira, porém, por 4 a 3, os vereadores rejeitaram abertura de investigações sobre o caso. “Só nos resta acompanhar as investigações do MP”, lamentou o presidente da Casa, Lorenço Capobianco (PPS), que apoiava a idéia.

** Retirado do sítio do jornal O DIA em 02/12/2007: http://odia.terra.com.br/brasil/htm/show_de_suspeitas_em_valenca_138102.asp