domingo, 28 de agosto de 2011

Rio que me seduz


Sérgio Cabral decreta luto por morte jornalista d"O GLOBO

Mas esquece das vítimas com o descarrilhamento do bonde em Santa Teresa.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Editais da Secretaria de Cultura do Estado do Rio

Superintendência de artes

Chamada Pública 001/2011:
TEATRO, MÚSICA E AUDIOVISUAL - Festivais – Inscrições Abertas

Chamada Pública 003/2011: MÚSICA - Grupo de Música de Câmara Apoio a Projeto - Inscrições Abertas

Chamada Pública 009/2011: MÚSICA - Promoção de Novos Artistas - Inscrições Abertas

Chamada Pública 010/2011: ARTES VISUAIS - Exposição, Arte Urbana e Publicação - Inscrições Abertas


Superintendência de Audiovisual

Chamada Pública 001/2011: Festivais ou Mostras - Inscrições Abertas


Superintendência de Cultura e Sociedade

Chamada Pública 015/2011: Seleção Pública para Apoio à Produção de Eventos.

  • Inscrições para projetos iniciados entre Janeiro e Março de 2012. aqui

Chamada Pública 016/2011: Seleção Pública de Difusão e Intercâmbios Culturais.

  • Inscrições para viagens em Janeiro previstas para o período de 02/09/2011 a 30/09/2011.

Chamada Pública 0XX/2011: Seleção Pública de Microprojetos Culturais.

  • Início das inscrições previsto para 02/10/2011.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Projeto Ficha Limpa em Valença?

Na sessão da Câmara de Vereadores de ontem (22/08), o vereador Luis Antônio Assunção, o Zan, apresentou um Projeto de Lei (PL) de sua autoria que amplia o projeto Ficha Limpa - aprovado nas Câmara dos Deputados e no Senado e sancionado pelo então presidente Lula - também para cargos comissionados, tais como secretários municipais, ordenadores de despesas, diretores de empresas municipais, sociedade de economia mista, fundações e autarquias.

O projeto apresentado segue para as Comissões da Câmara e não há um prazo certo para ir a votação - a assessoria do vereador Zan acredita que um mês é um prazo factível. Caso aprovado ele segue para o gabinete do prefeito, que sanciona ou não a lei.

Na tentativa de mobilizar a população para apoiar a iniciativa, o mandado do vereador enviou para 40 entidades uma cópia do PL, e já conseguiram um parecer favorável da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da região.

Outras cidades, como Rio de Janeiro, Curitiba, Sorocaba, Belo Horizonte, São Carlos, Campinas, Betim, Vinhedo e Novo Hamburgo, já aprovaram ou possuem um projeto de ficha limpa municipal em tramitação.

Para ter acesso à íntegra do projeto, basta enviar um email para a assessoria do vereador no email: leobazzarella@hotmail.com. Para ter acesso a uma cópia impressa, basta solicitar diretamente no gabinete do vereador Zan. Os telefones para contato são (24) 2453-3777 ou 2453-4825.

sábado, 20 de agosto de 2011

Valença, o fundo do poço? Não, se cavar a gente afunda mais um pouquinho!


Metalúrgica Valença prossegue fabricando notas fiscais


A frase “Restaure-se a moralidade ou nos locupletemos todos!”, de Stanislaw Ponte Preta, o Barão do Itararé, nunca foi tão atual para descrever o caso da fábrica de emissão de notas fiscais, a Metalúrgica Valença, do empresário Ronald de Carvalho, que mesmo após as denúncias veiculadas nos principais órgãos de imprensa do Brasil, continua vendendo para o Governo do Estado. Só neste mês de agosto foram publicadas mais R$ 13.248.158,13 em vendas de gambiarras de latas com “tecnicologia” importada da China.
Vergonha!

DE 03.08.2011
Proc. nº E-08/2999/2009 - APROVO a despesa para aquisição de unidades modulares de saúde com portabilidade, mediante a realização do Pregão Presencial n° 025/2009, com preços inscritos na Ata de Registro de Preço n° 103/2009, que teve sua vigência prorrogada por mais 12 (doze) meses a contar de 05/08/2010, de acordo com o Primeiro Termo Aditivo, referente ao valor total necessário para aquisição de 179,47 m2 para ampliação da unidade de pacientes graves - UPG, anexo ao Hospital Estadual Azevedo Lima, conforme solicitado pela assessoria de Gestão Compartilhada, as fls. 1820, em favor de METALURGICA VALENÇA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA, no valor de R$ 428.035,95 (quatrocentos e vinte e oito mil trinta e cinco reais e noventa e cinco centavos), em conformidade com o art. 1º - Lei Federal nº 10.520/2002 e Decretos Estaduais nos 31.863/2002 e 31.864/2002

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
EXTRATO DE INSTRUMENTO CONTRATUAL
INSTRUMENTO: Contrato nº 58/2011. PARTES: UERJ e a Empresa Metalúrgica Valença Indústria e Comércio Ltda. OBJETO: Aquisição de unidade modular para edificação em imóvel da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense - FEBF/UERJ. PRAZO: Será de 180 (cento e oitenta) dias contados da data de sua assinatura, ou seja, de 04/08/2011. VALOR: R$ 9.850.000,00. NÚMERO DO EMPENHO: 2011NE04255. RESPONSÁVEL: Frederico da Silva Petraglia, matr. 2352-2. NOMEAÇÃO: Portaria n° 61/DAF/2011. DATA DA ASSINATURA: 08/08/2011. FUNDAMENTO DO ATO: Processo nº 5067/UERJ/2011.

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
EXTRATO DE INSTRUMENTO CONTRATUAL
INSTRUMENTO: Contrato nº 57/2011. PARTES: UERJ e a Empresa METALÚRGICA VALENÇA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. OBJETO:
Fornecimento e montagem de unidade modular para ambulatório pré-natal e alojamento do serviço de hotelaria hospitalar/enfermagem.
PRAZO: 180 (cento e oitenta) dias contados a partir de 22/07/2011, desde que posterior à data de publicação do extrato deste instrumento no D.O., valendo a data de publicação do extrato como termo inicial de vigência, caso posterior à data convencionada nesta cláusula. VALOR: 742.629,69 (setecentos e quarenta e dois mil seiscentos e vinte e nove reais e sessenta e nove centavos). NÚMERO DO EMPENHO:
2011NE04265. RESPONSÁVEL: Ailton Alves de Brito, matr. 4248-1. NOMEAÇÃO: Portaria n° 58/DAF/2011. DATA DA ASSINATURA:
22/07/2011. FUNDAMENTO DO ATO: Proc. nº 5731/UERJ/2011.
*Republicado por incorreção no original publicado no D.O. de 09/08/2011.
Id: 1175621. A faturar por empenho

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
EXTRATOS DE INSTRUMENTOS CONTRATUAIS
INSTRUMENTO: Contrato nº 56/2011. PARTES: UERJ e a Empresa Metalúrgica Valença Indústria e Comércio Ltda. OBJETO: Implantação do prédio de salas de aula no campus Francisco Negrão de Lima. PRAZO: 75 (setenta e cinco) dias contados a partir de 25/07/2011, desde que posterior à data de publicação do extrato deste instrumento no DOERJ, valendo a data de publicação do extrato como termo inicial de vigência, caso posterior à data convencionada nesta cláusula.
VALOR: R$ 1.047.492,49. NÚMERO DO EMPENHO: 2011NE04260 e 2011NE04261. RESPONSÁVEL: Sandra Munimis Bouqvar - matr. 5523-6. NOMEAÇÃO: Portaria n° 59/DAF/2011. DATA DA ASSINATURA: 22/07/2011. FUNDAMENTO DO ATO: Processo nº. 5066/UERJ/2011.
INSTRUMENTO: Contrato nº 57/2011. PARTES: UERJ e a Empresa Metalúrgica Valença Indústria e Comércio Ltda. OBJETO: Fornecimento e montagem de unidade modular para ambulatório pré-natal e alojamento do serviço de hotelaria hospitalar/enfermagem. PRAZO: 120 (cento e vinte) dias contados a partir de 22/07/2011, desde que posterior à data de publicação do extrato deste instrumento no DOERJ, valendo a data de publicação do extrato como termo inicial de vigência, caso posterior à data convencionada nesta cláusula. VALOR: R$ 1.180.000,00. NÚMERO DO EMPENHO: 2011NE04265. RESPONSÁVEL: Ailton Alves de Brito, matr. 4248-1. NOMEAÇÃO: Portaria n° 58/DAF/2011. DATA DA ASSINATURA: 22/07/2011. FUNDAMENTO DO ATO: Processo nº. 5731/UERJ/2011.
Id: 1174803

Retirado do blog do Jeff Castro

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Um ano depois...


Autoridades ignoram audiência pública

As autoridades valencianas sequer respeitam decisões em audiências públicas. Em 03 de setembro do ano passado, durante audiência pública realizada no Clube dos Democráticos, o diretor de Interior da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Heleno Silva, dizia que “o povo de Valença estava bebendo água de cocô!” para justificar a presença da empresa no município. Convocada pelo então prefeito interino Fernandinho Graça (PP), e conduzida pelos procuradores da prefeitura, Márcio Roncalli de Almeida Petrillo, Vitor Gama Natiel e Leonardo Amarillo, a audiência foi tumultuada pela infeliz declaração do diretor da Cedae, que quase não conseguiu prosseguir na tentativa de explicar os R$ 50 milhões em investimentos prometidos pela empresa; os iniciais 25% no aumento da produção; as limpezas em poços e as trocas de bombas.

Naquela noite nada foi capaz de impedir a antipatia dos valencianos, que atropelando a intenção consultiva da audiência deliberou aos gritos e protestos pela rescisão imediata do contrato de concessão que, segundo voz unânime, tinha sido empurrado goela abaixo do povo pelo prefeito Vicente Guedes (PSC), segundo informações colhidas pelo jornalista Jeff Castro durante a audiência, porque havia prometido matar a questão no peito, informando que o contrato com a Cedae tinha sido fechado dentro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RJ).
Enfrentando ações na justiça que alegam a ilegalidade do contrato de concessão, seja por descumprimento de lei municipal que determina o valor máximo de R$ 0,80 por metro cúbico de água; ou pelo descumprimento da lei que determina a licitação em caso de concessão para empresas com capital misto - 49% das ações da empresa pertencem ao setor privado – e, ainda, por não terem sido realizadas as audiências públicas previstas no plano diretor para discutir a assinatura do contrato, a Cedae foi fortalecida com o retorno do prefeito Vicente Guedes ao cargo após o seu afastamento pela Justiça Eleitoral.
A imagem da Cedae entre comerciantes, empresários e industriais também não era considerada boa naquela oportunidade. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Valença (Aciva), Wellington Elias, revelava que na enquete realizada com 107 associados da entidade, 5% disseram querer rever o contrato; 12% não souberam ou não quiseram opinar; 16% foram favoráveis ao entendimento; 20% quiseram discutir a tarifa e 57% aprovaram a adoção de medidas judiciais contra a empresa. Enquanto a tarifa mínima no setor residencial era de R$ 21, no setor comercial chegava a R$ 106.
Dentre as reclamações dos populares na audiência pública realizada no ano passado, algumas chamavam atenção pela forma como foram apresentadas. Enquanto pessoas da platéia esbravejavam contra as tarifas apresentando contas de água da Cedae com aumentos superiores a 100%, o presidente da Associação de Moradores do Osório, José Maria Menezes, revelava que estava na audiência sem tomar banho porque no loteamento Garibaldi as cobranças eram entregues nas casas sem água. Já o engenheiro agrônomo Silvio Guimarães questionava o hidrômetro revelando que em todas as contas recebidas o consumo era idêntico, sem oscilar nem um pouquinho para mais ou para menos.
Entre os membros do Legislativo valenciano a imagem da empresa também era embaçada. O então presidente da Câmara, vereador Salvador de Souza (PSB), o Dodô, antes de criticar duramente o prefeito por não ter enviado o contrato para ser votado no Legislativo, disparava: “Senhor Heleno, que infelicidade! O senhor deve desculpas à população valenciana que nunca bebeu água de cocô!”.
Já o vereador Luiz Antonio Filho (PSC), o Zan, alfinetava Vicente Guedes, acusando-o de ter assinado um convênio descumprindo o que havia prometido durante a campanha política que o levou ao cargo de prefeito. “Eu não trai Vicente Guedes, foi Vicente Guedes quem não cumpriu o que prometeu no palanque”, dizia Zan, justificando-se por ter apoiado o prefeito nas eleições municipais em 2008. Zan também questionava a legalidade do contrato citando incoerência na tarifa social da empresa. “A tarifa social é cobrada somente nos imóveis financiados pelo governo federal. O resultado é que apenas alguns moradores de bairros considerados carentes terão este benefício”, criticava, lembrando que a Constituição Federal determina que em casos assim deve ser observada a capacidade de pagamento da população abastecida. O vereador encerrava sua fala lamentando que o patrimônio municipal tinha sido entregue sem qualquer avaliação técnica a uma empresa com ações na bolsa de valores.
Um anos depois e nada mudou!
Retirado do blod do jornalista "barradopirainse" Jeff Castro

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Triste um povo que não cuida daquilo que tem de melhor.

Faz três dia que a torre tá pegando fogo.

Vicente Guedes, tome vergonha na cara e pegue um pouco destes 200 milhões que vossa senhoria diz ter para "investimentos" e mande uns carros pipas pra lá e crie uma brigada contra incêndio..

População, quem puder se aliste como voluntário para apagar aquela joça.

Ongs e ativistas, organizem este movimento. Para que serve o Condema mesmo?


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Tá tudo dominado - Tribunal de Justiça do RJ - com a data máxima vênia - um covil de gente imunda.

O Tribunal de Justiça do RJ e Desembargadores foram desmascarados, todos mentiram, a conforme sempre disse a família da juíza assassinada, ela sempre pediu proteção, mas os "poderosos" desembargadores, data maxima venia, cagaram solenemente para a vida da juíza.

Será que dá processo isso, dizer que os desembargadores "cagaram solenemente" ?

Foram achados dezenas de ofícios hoje no gabinete da juíza onde ela suplica proteção ao Tribunal de Justiça, e aí ?

Com certeza, a preocupação do Tribunal de Justiça sempre foi com a obra bilionária em suas dependências feitas pela Delta Construtora, aquela que o dono, Fernando Cavendish, é amigo íntimo de Sérgio Cabral.

Com certeza, os desembargadores da cúpula do TJ também tem culpa na morte da juíza Patrícia Lourival Acioli, eles poderiam responder por omissão.

Esse é o Brasil, um país da VERGONHA e do DESCASO, até quando ?

Reprodução do site R7


O advogado contratado pela família da juíza Patrícia Acioli, assassinada na última quinta-feira (8) com 21 tiros no momento em que chegava em sua casa, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, revelou que documentos encontrados no gabinete da magistrada comprovam as ameaças de morte recebidas por ela nos últimos anos. Passa de cem o número de ligações para o Disque-Denúncia com informações sobre o assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli.

De acordo com o criminalista Técio Lins e Silva, a juíza enviou diversos ofícios ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) relatando os riscos que corria.
- As autoridades sabiam (das ameaças), a polícia sabia e a divisão de segurança do Tribunal de Justiça sabia. Tudo foi comunicado pela Patrícia ao longo dos anos.

Os papéis foram entregues à DH (Divisão de Homicídios), que investiga o crime. A Corregedoria da Polícia Militar informou que a juíza esteve no órgão uma semana antes de ser morta, mas não comentou sobre nenhuma ameaça de morte contra ela.
O advogado cita ainda um depoimento dado pela juíza à corregedoria da PM e um documento com relatos sobre uma ameaça descoberta em uma interceptação telefônica da Polícia Federal.

Segundo ele, "há ofícios dramáticos em que Patrícia pede providências" para a garantia de sua segurança. O TJ-RJ (Tribunal de justiça) alega que a magistrada abriu mão de sua escolta em 2007 e não voltou a pedir proteção.


Investigadores analisaram na segunda-feira (15) as imagens das câmeras do Fórum de São Gonçalo, onde Patrícia trabalhava. Dois homens em uma moto teriam feito uma tocaia e esperado o carro da juíza sair da garagem.
 
Ao ver o veículo na saída, eles teriam seguido para a casa da magistrada. No mesmo fórum, a comissão de três juízes criada para assumir provisoriamente os casos sob responsabilidade de Patrícia começou a estudar os processos. Uma audiência marcada para esta semana foi adiada para a semana que vem.

As câmeras do circuito interno de segurança do condomínio em Piratininga, região oceânica de Niterói, onde a juíza Patrícia Acioli foi assassinada no início da madrugada desta sexta-feira (12), não gravaram o momento do crime. A informação foi confirmada por policiais da DH, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

O juiz Fabio Uchôa, que considerou nula a segurança aos juízes um dia após a morte da juíza, foi escolhido para coordenar a comissão. Ele admitiu contar com uma equipe de segurança.

- Minha rotina vai continuar a mesma. Tenho meus mecanismos de segurança, que não ficaram mais rigorosos após o assassinato de Patrícia.

Ele se dedicará exclusivamente à 4ª Vara Criminal, local em que uma comissão do Conselho Nacional de Justiça acompanhará as investigações sobre o assassinato de Patrícia.

Em nota, a Anistia Internacional condenou a execução da magistrada e cobrou ações do governo brasileiro contra as milícias e grupos de extermínio. 
 
* Postagem retirado do blog do Ricardo Gama

sábado, 6 de agosto de 2011

Exclusivo - Sérgio Cabral e seus secretários se reunem para tratar da greve da Rede Estadual

Vamos vencer essa!

 Carta do  Prof.Waine Vieira Junior
 
Colegas,
 
 Venho neste momento dar o meu pitaco na discussão a cerca do andamento da greve, etc, etc.

Acabo de voltar da assembléia do SEPE, realizada na Fundição Progresso, e, em lá estando, ouvindo as considerações de outros colegas da rede - e uma série de pequenos pilantras oportunistas que sabemos que se valem de momentos como esse para promover seu partido, sua candidatura, sua patota, o diabo que seja! - , pensei muito sobre o nosso movimento, sobre o que temos feito em nossa escola.

Não sei se compartilho da opinião ou das espectativas dos colegas, mas, imagino que ser professor é das profissões mais difíceis que existem. Professor público, pior ainda. Talvez seja uma das ocupações humanas de maior teor político existente em uma sociedade moderna dita democrática, soberana e republicana. Lidamos diretamente com aquilo que se propõe chamar de "projeto de nação". Construímos efetivamente nosso país em sua cidadania e participação civil a cada dia de nosso trabalho. Somos a encarnação do estado de direito, transformando individualidades em coletividade. O estado se faz presente no indivíduo, através de nossa atuação. E se o fizermos de maneira democrática, assim construiremos uma sociedade democrática. Se o fizermos de maneira participativa, assim construiremos uma sociedade participativa. Se o fizermos de uma maneira cidadã, assim construiremos uma sociedade
cidadã. Ipso Facto.

Mas é isso que nós temos feito? Pense bem.
 
Novamente, não sei se compartilho essa experiência com os colegas, mas venho observando há algum tempo, o esfacelamento moral a que vem se sujeitando o profissional de educação. Parece haver uma impressão geral de que professor é otário, no melhor dos casos, e tarado, pedófilo, safado, no pior. Poderia
estar ganhando mais dinheiro em outro setor? Talvez. Poderia estar ganhando mais dinheiro ensinando uma meia dúzia de filhinhos de papai a passar de ano no Ph? Certamente. Mas toda vez que essas questões se colocam, tentando me fazer sentir um fracassado, a frieira no pé da bactéria presente no cocôdo cavalo do bandido, me lembro:

a) Do imenso orgulho que tenho quando vejo ex-alunos hoje ingressando em universidades públicas, assegurando o menos uma possibilidade concreta de melhorar suas vidas, crescendo como pessoa e como cidadão;

b) Do magrelo espinhento que ingressou na universidade com o sonho de que é possível melhorar esse mundo através da educação;

c) Do compromisso que assumi comigo mesmo, ao ter meu filho em meu colo pela primeira vez, de lhe entregar um mundo melhor do que o que me acolheu, e entregar ao mundo um garoto melhor do que eu fui.

Isso me faz dormir tranquilo. Tenho um - desculpem-me o termo - PUTA orgulho de ser professor. Eu ESCOLHI sê-lo. Poucos podem dizer o mesmo.

Mas nos encontramos em um momento crítico de nossa história profissional. Observem como debates acerca da educação vêm tomando conta do noticiário, das mídias, do cotidiano dos pobres mortais como eu e você.
O depoimento da professora Amanda Gurgel é muito oportuno. Mas é novidade para você? Será que você já não ouviu algo desse tipo. Melhor, será que você já não DISSE algo assim? No entanto, acho que cometemos o pecado de pregar para convertidos. Ou seja, do ponto de vista prático, cruzamos os braços e esperamos uma melhoria significativa milagrosamente cair dos céus. Ainda do ponto de vista prático, pergunto: tem funcionado?

Deflagrou-se a greve. A reboque do movimento dos bombeiros, pode-se discutir, equivocada, pode-se argumentar, mas, fato: a greve esta aí. E, fato também: com uma surpreendente força como jamais vi em meus parcos 7 anos de magistério estadual. É um fato animador.
 
Fatos também:

1) A SEEDUC proclama aos quatro ventos que cerca de 1% apenas dos profissionais aderiram à greve.

2) Por outro lado, a SEEDUC toda poderosa negociando com apenas 1% dos profissionais? Nossa! Imagine se nós conseguíssemos, sei lá, DOBRAR, esse percentual! Imagine o que não faríamos com 2%! Nossa! 2%!!!!

3) Acompanho DIARIAMENTE o noticiário da greve, e DIARIAMENTE encontro novidades, tanto de veículos de mídia do conglomerado global, quanto da Record, do grupo EJESA, etc. Esse estardalhaço todo por cauda de 1%? Nossa!

4) Direto do site R7, de notícias (http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/apos-55-dias-em-greve-secretario-anuncia-de-reajuste-a-professores-grevistas-20110801.html)

A Seeduc ressalta, ainda, que tem, à disposição, 2.100 contratos temporários autorizados para professores a partir de 1º de agosto. Esses docentes poderão ser contratados no caso de haver necessidade de reposição de aulas.

5) 2100 contratos para cobrir 516 grevistas xexelentos?

6) 3,5 % de aumento proposto pelo governo equivale a aproximadamente R$ 26,00. Com esse dinheiro você pode:

a- Comprar 2 Kg de Alcatra, Maminha ou Contrafilé, no Prezunic em promoção
 
b- Comprar o livro Histórias de Professores que Ninguém Contou, de Gabriel Chalita - o Fabio Junior da pedagogia
 
c- Comprar uma camisa falsificada da seleção brasileira para assistir à copa do mundo que será realizada aqui!

Está bom pra você? Pra mim não.

A sua inação está nos custando 22,5% de reajuste EMERGENCIAL!

A sua inação está nos custando mais 3 parcelas do Nova Escola

A sua inação está respaldando a meritocracia capenga e mal-adaptada de um mundo empresarial/corporativo que NÃO É O NOSSO!

A sua inação está respaldando uma avaliação externa, criada por uma empresa PRIVADA de FORA DO NOSSO ESTADO, e que está, certamente, fazendo alguém sorrir de orelha a orelha, e, surpresa! Não é você!

A sua inação corrobora a opinião geral de que professor é um bando de fracassado, recalcado fadado a um infarto ou um avc, pra deixar de ser otário.

A sua inação está custando o ORGULHO de ser educador, numa sociedade que, a cada dia que passa, premia mais e mais a esperteza a ambição, o consumo e o individualismo, em detrimento de valores como honestidade, solidariedade e participação.

Essa é a hora em que o medo vira raiva! É a hora de entrar com tudo. De dizer CHEGA! Sou um educador e EXIJO ser tratado com respeito!

Se você é mais um desses "abnegados" que não aderem à greve para não "prejudicar meus alunos de 3º ano, que tal pensar:

"O que será desses meninos quando eles se forem? Irão para uma universidade? Ou serão mais um McEscravo? Um Bob'sBobão - NA MELHOR DAS HIPÓTESES?"

Que tal ser REALMENTE abnegado, e, lecionar para seus alunos em praça pública? Ou lecionar para seus alunos, mas EXIGIR o código 61?

Você está garantindo que seus alunos farão um bom vestibular (se é que vestibular é bom) e ainda assim, estará dentro do movimento!

Você tem dúvidas quanto a validade da greve? Eu também! Você teme o corte de ponto? Eu também! Mas como diz a citação, "antes a tristeza da derrota, que a vergonha de nunca ter tentado"!

Nossa luta é justa. É por dignidade. É pelo nosso orgulho! É por respeito. É para que, daqui a muitos anos, eu possa olhar para trás e, na certeza do dever cumprido, saber que nada disso foi em vão. Esta greve não nos garante absolutamente NADA, a não ser nosso direito de nos indignar.

Parece pouco, mas acredite: há coisas muito mais importantes que dinheiro.

 Prof.Waine Vieira Junior

"O PIOR CEGO É AQUELE QUE FINGE QUE NÃO ENXERGA.(FINGE PARA SE APROVEITAR DOS OUTROS)"


Abaixo reprodução de email enviado pelo vereador Naldo
Isto sim é uma FARSA !!!!

 
(Foto retirada do Google/busca/imagens)
                                                     
Recentemente,  o vereador Zan distribuiu um panfleto no centro da cidade.
Diante de tantas inverdades, realmente não posso me calar.
Ponto a ponto, vou direto ao assunto. Sem demagogia.
O que foi publicado no “O Globo”, “Extra”, a revista “Veja” e posteriormente no “Jornal Local”  diz respeito a uma das várias fábricas que aqui se instalaram , a Metalúrgica Valença.
Vejam bem, uma das várias fábricas que vieram para Valença, está sendo acusada.
Ninguém publicou que em “Valença não existem empregos, mas apenas fábricas de Notas Fiscais.”
Estas palavras foram escritas pelo vereador equivocado.  Ninguém publicou isto.  Leiam as matérias, foram amplamente divulgadas.
Outra inverdade diz respeito  a “Lei André Corrêa” . Se a lei é ilegal, como é que ela está em vigor ?  Porque a lei não foi revogada ?
“Imediatamente, o Prefeito Vicente Guedes faz a doação de dois imensos terrenos....” . Que frase infeliz, quanta raiva, quanto  veneno nobre vereador Zan.  Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que o silêncio.” Não leve para o lado pessoal.
As permissões de uso e concessões de galpões e terrenos foram várias. O Chefe do Executivo,  o prefeito Vicente Guedes, enviou as mensagens para serem votadas na Câmara Municipal. O vereador   sabe disso , pois leu todas e votou.  Os galpões que abrigavam ratos e baratas e os terrenos baldios servem hoje a várias empresas como por exemplo a  Salinas, Eurovale, Chinezinho, Zeus, Richard’s, Precisa, 3 B Rio, Rio Shoes, e a Dova S.A., que está sendo construída na Zona Industrial de Barão de Juparanã.
Atrair indústrias para o interior não é tarefa fácil.  O empresário precisa visualizar o sucesso do empreendimento, mesmo longe dos grandes centros, onde tudo é mais fácil.
Atualmente, isto só é possível através de dois atrativos:  incentivo fiscal e concessão de áreas.
Todos os deputados estaduais  lutam para conseguir a redução do ICMS. Todos buscam o benefício para as suas cidades. Em Valença conseguimos, através do valenciano, deputado André Corrêa.
Quanto à concessão de áreas, compete ao prefeito e aos vereadores. Deixo aqui o meu agradecimento ao prefeito Vicente Guedes e aos vereadores que buscam o progresso da cidade.
Informo ainda que irei protocolar um ofício junto à presidência da Câmara, na próxima Sessão Ordinária, solicitando que seja formada uma comissão a fim de visitar, avaliar, levantar e divulgar a situação de todas as empresas instaladas em Valença.
Dessa forma vamos verificar se há ou não empresas gerando empregos em Valença.
Vamos ver de que lado está a verdade.

VEREADOR NALDO

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Artigo publicado no Jornal Local, 4/08/11

Money (dinheiro)

Conversando com um taxista, ele virou-se para mim e foi taxativo: - Valença chegou ao fundo do poço, não tem lugar pior na região; doenças, desemprego, buraco, escuridão e boca de fumo são as regras por aqui. E eu, como sempre otimista, logo intervi: - Que nada! Se cavar com força, a gente afunda mais um pouquinho.

Outro dia uma revista jornalística de alcance nacional falou de Valença. Falou mal, infelizmente. Que vergonha para uma cidade e um povo como este. A galera anda com Saudades...  A VEJA cavou nossa fossa e levantou aquilo que já virou piada na internet: Valença é a terra das “fábricas que não fabricam”. Quem fabrica é a fábrica de Barra do Piraí, do mesmo dono, e que recebeu 172 milhões de reais do dinheiro público. Fora os dois terrenos doados pelo nosso prefeito e pelos vereadores.

Diz a providencial filosofia popular que de boas intenções o inferno está cheio. Quem vive a realpolítik sabe que devemos desconfiar dos discursos que não vêm casados com ações e atitudes coerentes. O governador Sérgio Cabral nunca trabalhou, sempre enganou, mas, como tem muita gente que acha ele fofinho, pois ele cuida de velhinho, bonitinho e moderninho (assim como acharam o Collor, o Aécio, e outros), a coisa ficou ruim para nós.

Numa briga de foice entre Cabral e Garotinho no panteão da desgraça, eu até acho que o segundo tem mais legitimidade que o primeiro. Messiânico e falastrão, o marido da Rosinha passa a mão na cabeça de um imenso e sofrido Rio de Janeiro que pede perdão a Deus por ser tão miserável. Já Cabral é a cara de uma elite deslumbrada, espetaculosa e perdulária que o carioca tanto gosta. Estamos pagando por nossa omissão enquanto povo, não estamos sabendo lidar com as liberdades deixadas por quem morreu nas ditaduras. Enquanto isso, a imprensa tenta nos convencer que o Coronel Hugo Chavez é o nosso bicho papão...  Bicho papão é a Dilma, sentada com Monsanto, Sarney, Gerdau, CBF, Eike Batista negociando nosso país “pros gringos visitar” na Copa.

Ser um povo e uma pátria livre não é fácil, é preciso forjar uma consciência de que somos classes subordinadas e subjugadas pela lógica do vil metal. Falta um ano para as eleições municipais. Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo.

Nota de Falecimento: A Educação do Estado do RJ

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Governo do Estado diz que são só 240 em greve. Que mundo é esse que o governo mente pras pessoas e você continua sentado(a) com a bunda na cadeira?!?

Após reunião na Alerj, projeto de reajuste a professores terá emendas

Professores da rede estadual decidiram manter greve nesta quarta-feira (3).
Eles fizeram uma passeata e se concentraram em frente à Alerj.

Carolina Lauriano Do G1 RJ
Professores e bombeiros protestam na Alerj (Foto: Carolina Lauriano/G1)Professores e bombeiros protestaram na Alerj acompanhados por policiais (Foto: Carolina Lauriano/G1)

Após passeata e um ato no Centro do Rio, a comissão do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) foi recebida por deputados e pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Paulo Melo, na tarde desta quarta-feira (3). A reunião resultou em um avanço para a categoria. Segundo o Sepe, o presidente da casa autorizou o acrécimo de emendas no projeto de lei que a Secretaria de Educação enviou à Alerj na segunda-feira (1º), no qual propôs um aumento de 3,5% para os professores.

Ainda de acordo com o Sepe, dessa forma, na quinta-feira (4) as duas mensagens enviadas pela secretaria entrarão em votação, como já agendado, mas em seguida sairão de pauta para receber emendas. Os profissionais das escolas estaduais do Rio de Janeiro, parados há 58 dias, decidiram manter a greve da categoria após assembleia realizada nesta quarta-feira (3) na Fundição Progresso, no Centro do Rio.

"Amanhã vamos visitar os gabinetes de cada deputado, para apresentar as nossas propostas", disse o coordenador-geral do Sepe, Danilo Serafim.

Mais cedo, os profissionais da rede estadual de educação fizeram uma passeata e se concentraram em frente à Alerj, onde já se encontrava um grupo de bombeiros que também protestava por reajuste salarial. Nesta quarta-feira, faz dois meses da invasão ao quartel central em protesto por melhores salários.
 
Alguns professores estavam vestidos simbolizando a morte e encenaram um campo de morte. Uma grande faixa foi estendida na escadaria da Alerj, onde estava escrito SOS Educação. Um grupo de professores segue acampado na Rua da Ajuda, no Centro da Cidade.

Protesto professores (Foto: Carolina Lauriano/G1)Professores encenam um campo de morte em protesto no Centro do Rio 
(Foto: Carolina Lauriano/G1)
faixa protesto (Foto: Carolina Lauriano/G1) 
Faixa SOS Educação instalada na escadaria da Alerj 
(Foto: Carolina Lauriano/G1)
Na segunda-feira (1º) o secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, havia informado o reajuste de 3,5% a partir de setembro - valor distante dos 26% que a classe reivindicava. Ele informou também que a partir de segunda-feira quem permanecer em greve será descontado no salário.

Bombeiros

De acordo com Vera Nepamuceno, diretora do Sepe, o protesto foi combinado entre professores e bombeiros. Os militares cantaram hinos e gritos como "o bombeiro voltou". "Eles foram criminalizados pelo movimento deles, isso é um absurdo", disse ela.

Dois meses apos a invasão do quartel, bombeiros afirmam que o governo ainda não os recebeu.

Bombeiros em protesto (Foto: Carolina Lauriano/G1) 
Bombeiros em protesto junto com professores 
(Foto: Carolina Lauriano/G1)

Segundo a diretora do Sepe, 50% dos professores do estado estão em greve. "Estamos em greve ainda, o governador ofereceu uma proposta vergonhosa de 3,5%. Não vamos aceitar 3,5%. Queremos parar a greve, mas não vamos recuar".

Ela criticou a afirmação do governo de que apenas 1% dos profissionais de educação estão em greve. "Ele disse que vai chamar quatro mil para substituir os grevistas. Como que é 1%?".

Nova Escola
Também faz parte do projeto de lei apresentado na tarde de segunda-feira pelo secretário à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a antecipação em um ano da gratificação do Nova Escola para os professores da rede; o anúncio de um novo concurso para docentes, com 1.500 vagas em 2011 e 500 vagas em 2012; e também o descongelamento da carreira (aumento da variação entre os níveis de salários dos profissionais) para os servidores técnico-administrativos.

Wilson Risolia explicou que somando a antecipação do Nova Escola com o novo reajuste (que será feito em cima do salário já com a gratificação incorporada) o aumento real será de 13,02%. Os inativos estão incluídos nas novas medidas.

O reajuste anunciado significa um aumento de R$ 99,70 no salário base do profissional com 16 horas semanais, que passará de R$ 765,66 para R$ 865,36.

Além disso, o secretário disse que, dentro de 15 dias, 4.441 novos professores chegarão à rede estadual para suprir as atuais carências nas escolas.

professores acampados (Foto: Carolina Lauriano / G1) 
Grevistas classificaram o aumento como "deboche" 
(Foto: Carolina Lauriano / G1)

'É um deboche', dizem professores
O grupo classificou como "deboche" o reajuste apresentado pelo governo.

"Acho muito legal ele (secretário) ter se mexido e dado um passo, mas isso é um deboche", definiu Roberto Simões, professor de educação física do Colégio estadual João Alfredo, em Vila Isabel, na Zona Norte da cidade. Com 27 anos na escola, o salário atual dele é de R$ 1.204,78. Alunos também protestam no local.

A greve continua

Professores da rede estadual e bombeiros protestam na Alerj

Nesta quarta-feira, professores decidiram manter greve.
Nesta quarta, faz 2 meses da invasão dos bombeiros a quartel central.

Carolina Lauriano Do G1 RJ
Professores e bombeiros protestam na Alerj (Foto: Carolina Lauriano/G1)Professores e bombeiros protestam na Alerj (Foto: Carolina Lauriano/G1)

Os profissionais da rede estadual de educação que dicidiram manter a greve nesta quarta-feira (3) fizeram uma passeata e se concentram em frente à Assembleia Legislativa do Rio, na tarde desta quarta-feira (3), onde já se encontra um grupo de bombeiros que também protesta por reajuste salarial. Nesta quarta-feira, faz dois meses da invasão ao quartel central em protesto por melhores salários.

Os professores estão vestidos de preto e com faixas e bandeiras. Alguns estão vestidos simbolizando a morte e encenaram um campo de morte. Uma grande faixa foi estendida na escadaria da Alerj, onde estava escrito SOS Educação.

Protesto professores (Foto: Carolina Lauriano/G1)Professores encenam um campo de morte em protesto no Centro do Rio (Foto: Carolina Lauriano/G1)

Eles saíram da Fundição Progresso, após a assembleia nesta quarta que decidiu pela continuação da greve, que já dura dois meses. A Avenida Primeiro de Março, está interditada. Dois carros da Polícia Militar estão no local.

Os profissionais das escolas estaduais do Rio de Janeiro, parados há 58 dias, decidiram manter a greve da categoria após assembleia realizada nesta quarta-feira (3) na Fundição Progresso, no Centro do Rio. Eles rejeitaram a proposta do governo estadual de reajuste de 3,5% para os professores.

faixa protesto (Foto: Carolina Lauriano/G1) 
Faixa SOS Educação instalada na escadaria da Alerj
(Foto: Carolina Lauriano/G1)
 
Na segunda-feira (1º) o secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, havia informado o reajuste de 3,5% a partir de setembro - valor distante dos 26% que a classe reivindicava. Ele informou também que a partir de segunda-feira quem permanecer em greve será descontado no salário.

Bombeiros

De acordo com Vera Nepamuceno, diretora do Sepe, o protesto foi combinado entre professores e bombeiros. Os militares cantaram hinos e gritos como "o bombeiro voltou". "Eles foram criminalizados pelo movimento deles, isso é um absurdo", disse ela.

Dois meses apos a invasão do quartel, bombeiros afirmam que o governo ainda não os recebeu.

Bombeiros em protesto (Foto: Carolina Lauriano/G1) 
Bombeiros em protesto junto com professores
(Foto: Carolina Lauriano/G1)

Segundo a diretora do Sepe, 50% dos professores do estado estão em greve. "Estamos em greve ainda, o governador ofereceu uma proposta vergonhosa de 3,5%. Não vamos aceitar 3,5%. Queremos parar a greve, mas não vamos recuar".

Ela criticou a afirmação do governo de que apenas 1% dos profissionais de educação estão em greve. "Ele disse que vai chamar quatro mil para substituir os grevistas. Como que é 1%?".
O Sepe afirmou que chama todo o funcionalismo público para o protesto. Bombeiros, policias militares, profissionais da Educação e também da Saúde estão no local.
 
Nova Escola
Também faz parte do projeto de lei apresentado na tarde de segunda-feira pelo secretário à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a antecipação em um ano da gratificação do Nova Escola para os professores da rede; o anúncio de um novo concurso para docentes, com 1.500 vagas em 2011 e 500 vagas em 2012; e também o descongelamento da carreia (aumento da variação entre os níveis de salários dos profissionais) para os servidores técnico-administrativos.

Wilson Risolia explicou que somando a antecipação do Nova Escola com o novo reajuste (que será feito em cima do salário já com a gratificação incorporada) o aumento real será de 13,02%. Os inativos estão incluídos nas novas medidas.

O reajuste anunciado significa um aumento de R$ 99,70 no salário base do profissional com 16 horas semanais, que passará de R$ 765,66 para R$ 865,36.
Além disso, o secretário disse que, dentro de 15 dias, 4.441 novos professores chegarão à rede estadual para suprir as atuais carências nas escolas.

professores acampados (Foto: Carolina Lauriano / G1) 
Grevistas classificaram o aumento como "deboche"
(Foto: Carolina Lauriano / G1)
 
'É um deboche', dizem professores
Mais de 20 barracas seguiam montadas na Rua da Ajuda na segunda-feira (1º). O grupo classificou como "deboche" o reajuste apresentado pelo governo.

"Acho muito legal ele (secretário) ter se mexido e dado um passo, mas isso é um deboche", definiu Roberto Simões, professor de educação física do Colégio estadual João Alfredo, em Vila Isabel, na Zona Norte da cidade. Com 27 anos na escola, o salário atual dele é de R$ 1.204,78. Alunos também protestam no local.
Segundo a categoria, a greve vai continuar apesar do anúncio do corte do ponto. "A gente não pode andar para trás, vamos continuar a greve", disse a professora de matemática Fabiana Gonzaga, acrescentando que a escola João Alfredo está sem água.

Ao saber do reajuste de 3,5%, a diretora do Sepe-RJ, Maria Oliveira da Penha, professora aposentada, fez duras críticas ao secretário. "Ele não cumpriu uma promessa feita. Com esse reajuste, vai continuar o acampamento até 2014, pode ter certeza".

Greve há quase 2 meses
A categoria paralisou as atividades em sala de aula no dia 7 de junho. O ápice da greve foi no dia 12 de julho, quando um grupo invadiu o prédio da Secretaria de Educação, no Centro da cidade. O tumulto foi contido pelo Batalhão de Choque, que chegou a jogar gás de pimenta para dispersar a multidão.
Do lado de fora do prédio, um grupo decidiu, em protesto, ficar acampado até ser recebido pelo secretário de Educação.

Contra o Ideb na Escola: "Para além da comunidade-cliente"

Qualidade na educação é mais do que o Ideb, uma medida precária que combina fluxo escolar e desempenho


ex-ministro da educação do Chile, J. Lavín, recém demitido, desenvolveu um sistema que ficou conhecido como “semáforos de Lavín”. Ele usa o mapa do Chile combinado com geo-referenciamento para localizar a escola e acessar o seu resultado em provas nacionais. A cor da escola revela sua nota. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) no Brasil, mais recatado, tem um site que permite identificar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de cada escola pública. Qual a novidade de Gustavo Ioschpe?

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Ele quer mais. Ele quergarantir que a comunidade local saiba do Ideb e tenha vergonha ou orgulho de sua escola. A ideia é que se a comunidade souber da nota da escola, então ela vai pressioná-la e, com isso, irá operar-se o milagre da melhoria da escola. Haveria, ainda, uma concorrência entre as escolas que, envergonhadas, procurariam mudar – como ocorre no maravilhoso mundo dos negócios, onde perdedores e vencedores disputam a atenção dos clientes. Nessa visão, a comunidade é um “conjunto de clientes”.

A base dessas ideias tem sempre a mesma fonte: anos 90, nos Estados Unidos. Lá, como se sabe, elas não melhoraram a educação (em 10 anos de Programa de Avaliação Internacional de Estudantes, Pisa, os Estados Unidos continuam na mesma e os testes nacionais não mostram nada diferente; há quem diga que piorou), mas criaram um mercado educacional de US$ 800 bilhões.

É um celeiro que contabiliza outras ideias como dar bônus para escolas, “ensinar” para os testes, privatizar via contratos de gestão (charter schools), lei de responsabilidade educacional com fechamento de escolas e demissão de professores. Não há país algum que tenha testado mais “maldades” contra as escolas e seus profissionais do que os Estados Unidos – sem sucesso.

A questão é o objetivo dessas ideias. Lá como cá, incluindo a filial chilena, os setores empresariais organizaram-se para tentar definir a agenda educacional nacional – aqui, sua forma de organizaçãomais evidente é o Movimento Todos pela Educação. Têm direito.
É sabido que o Brasil cresce a um ritmo que exige formação acelerada de mão de obra e, se isso não ocorrer, o valor do salário vai aumentar afetando o lucro. É fundamental, para segurar o salário, que haja uma base de oferta de mão de obra maior. Some-se a isso que as tradicionais reservas de exploração de mão de obra barata (as mulheres e o campo) estão esgotando-se.

Neste quadro, dependente cada vez mais de produtividade para assegurar o lucro, o que estamos assistindo, hoje, é a uma disputa das corporações pelo controle da agenda educacional – tanto ao nível dos Estados e municípios, como ao nível federal.

Está sendo reproduzida, no Brasil, a estratégia do “business roundtable” dos anos 90 nos Estados Unidos, quando um grupo de cerca de 300 CEOS de diferentes empresas convenceram – com grande apoio da mídia – vários estados a embarcar nestas ideias. O experimento mais famoso, hoje conhecido jocosamente como o “milagre do Texas”, no governo Bush, deu base para o fracassado “No Child Left Behind”, quando ele se tornou presidente. As tabuletas de Gustavo Ioschpe são herdeiras deste ideário. Há muito mais ações em andamento.

O Ideb é uma boa medida? Acadêmicos de todos os matizes dizem que não. O Ideb é uma medida precária, construída quando o Inep se entusiasmou com o No Child Left Behind americano. Baseia-se em uma medida de fluxo combinada com uma medida de desempenho. Qualidade da educação básica é mais que isso. O Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp), em São Paulo, é uma formulação mais exigente e mais problemática ainda, pois acredita que se as escolas tiverem bônus por “carregar” a parte de baixo da curva de rendimento dos alunos usualmente com maiores problemas, então também dedicar-se-ão a ensinar para eles. Há mais causas em jogo.

Quanto mais pressão se faz, mais se cria potencial para “corrupção” da medida. A realidade das escolas não é fácil e como mostra Atlanta (EUA), no desespero, apela-se à fraude para sobreviver. Com o Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) em São Paulo não é diferente. Na outra ponta, quanto mais se pressiona, mais se corre o risco do magistério “jogar a toalha”. Em São Paulo o volume de bônus distribuído em 2010 é menor do que em 2009 e as notas do Saresp despencaram em 2010.
Mas, se tivermos um “bom Ideb”, devemos colocá-lo em uma tabuleta nas escolas? Penso que não, apesar de não ter nada contra um bom Ideb. Os resultados devem ser prioritariamente para consumo pedagógico da escola. Precisam ser circunstanciados e validados internamente (técnica e politicamente), antes de produzirem consequências locais. 

A escola é da comunidade e tudo que não queremos é ver a comunidade contra a escola.
Além disso, a escola é da comunidade e tudo que não queremos é ver a comunidade contra a escola. Melhor seria apostarmos em processos que a aproximassem da escola e criássemos mecanismos intraescolares concretos que dessem voz à comunidade, de forma organizada e democrática, para discutir a escola e seus resultados junto com seus profissionais – incluindo as demandas que elas têm a fazer ao poder público, chamando a comunidade para a defesa de um bem público. É preciso superar a ideia de “comunidade-cliente” importada da área dos negócios. O desafio é envolver os pais na discussão organizada da qualidade da escola, de forma produtiva e constante.

Devemos utilizar a força da comunidade para fazer com que os governos locais construam uma politica educacional baseada nas necessidades das escolas – trabalhar com as escolas e não contra elas.
A Suécia, por exemplo, combina as notas de avaliação externas (tipo Prova Brasil) com a avaliação pessoal dos professores sobre seus alunos. Isso aumenta a autoridade dos professores, dá força para a escola e provê uma melhor estimativa do que acontecerá no futuro com os alunos.

A proposta de Ioschpe, de adicionar pressão externa em um País que ainda tem “escolas de lata”, não é uma boa política. Temos que confiar em nossas escolas e em nossos professores; confiar na criação de instrumentos de cobrança e de melhoria da qualidade acordados entre escolas, comunidades e governos. Pressão, não vai ajudar. É como se colocássemos na porta de cada Delegacia de Polícia uma tabuleta com os índices de criminalidade do bairro esperan-do que, com isso, ela reduzisse. Muito cômodo; pouco eficaz.

Quando as escolas e seus profissionais estiverem envergonhados e as comunidades iradas com suas escolas, o que se espera que aconteça? Que mais professores talentosos venham dar aulas nestas escolas? Quando as escolas estiverem com a imagem comprometida na comunidade, o que se espera que aconteça? Que a comunidade olhe para sua escola com respeito? Que se aproxime para ajudar na educação dos filhos?

Em resumo: se os laços entre a escola e a comunidade se romperem, não se espere melhoria na educação. Escolas não são fábricas de sapato e comunidades não são “conjuntos de clientes”. A política educacional de Nova York caiu por confiar na “responsabilização por pressão”, não sem antes ter suas medidas de aprendizagem “corrompidas”. No Brasil, a ideia de Ioschpe poderá destruir a pouca credibilidade do Ideb.