segunda-feira, 30 de junho de 2008

A cidade como base da organização social e política*

Ladislau Dowbor**

A realidade brasileira nos oferece excelente base para analisarmos a evolução do papel do espaço urbano. Em 1950, o país era esmagadoramente rural. Em pouco mais de uma geração, de forma intensa e caótica, tornámo-nos um país de quase 80% de população urbana. Provocada mais pela expulsão do campo do que pela atração das cidades, este êxodo urbano obedeceu à tripla dinâmica da tecnificação, da expansão da monocultura e do uso da terra como reserva de valor. Nunca é demais lembrar que temos 371 milhões de hectares classificados pelo IBGE como terra ótima, boa e regular, enquanto utilizamos cerca de 60 milhões de hectares na lavoura, pouco mais de 15%. Este dramático desperdício do solo agrícola, quando temos dezenas de milhões de esfomeados, tem nome e endereço. Os 61 mega-estabelecimentos agrícolas, de mais de 100.000 hectares, cultivam 0,14% da área disponível, enquanto as pequenas propriedades cultivam 65%. Os grandes estabelecimentos estabelecimentos espalham cabeças de gado nestas áreas, no que tem sido pudicamente chamado de pecuária extensiva, e explicam que não se trata de terra improdutiva, mas de pasto. Imagine-se o que seria da Europa com este tipo de intensidade de uso do solo.

(...)

O mesmo processo que gera esta situação explosiva abre oportunidades. A população urbanizada é organizável, e os espaços locais podem abrir uma grande oportunidade para a sociedade retomar as redeas do seu próprio desenvolvimento. O mundo urbano moderno está literalmente fervilhando com as novas iniciativas de organização social e com as novas tecnologias urbanas. Desde as iniciativas pioneiras de Lajes, passando a experiências consolidadas como as formas descentralizadas de gestão de saúde, a elaboração participativa dos orçamentos municipais, particularmente amadurecidas em Porto Alegre, os terminais de Londrina que permitem a qualquer cidadão controlar as despesas da cidade, a recuperação do centro de Recife em parceria com os diversos atores sociais da cidade, as experiências de educação na cidade de são Paulo, o sistema de garantia de renda mínima em Campinas, os sistemas descentralizados de gestão em Santos, assistimos a um processo onde as cidades aboliram a visão de administrações limitadas à cosmética urbana, e buscam parcerias e novas reengenharias sociais para recuperar o seu espaço econômico, a cidadania local.

Não que as iniciativas locais sejam suficientes. No entanto, sem sólidas estruturas locais participativas e democratizadas, não há financiamentos externos ou de instituições centrais que produzam resultados. De certa forma, a cidade está recuperando gradualmente um espaço de decisão direta sobre a "polis", recuperando a dimensão mais expressiva da política e da democracia. é significativo neste sentido que tenhamos pela primeira vez uma Cúpula das Cidades, conferência mundial de Istambul destinada a avaliar as novas dimensões das políticas urbanas.

As cidades, por sua vez, têm de ser recolocadas no espaço rural a que pertencem. Desta maneira, seria mais correto falar em espaço local do que espaço urbano. Empolgado com a sua recente urbanização, o ser humano esquece a que ponto está vinculado ao campo que cerca as cidades, e um elemento essencial do desenvolvimento urbano será a reconstrução da relação cidade campo, já não a partir do campo, na visão clássica da reforma agrária, mas a partir da própria cidade.

A tendência para um reforço generalizado da gestão política nas próprias cidades representa uma importante evolução da democracia representativa, onde se é cidadão uma vez a cada quatro anos, para uma democracia participativa, onde grande parte das opções concretas relacionadas com as condições de vida e a organização do nosso cotidiano passam a ser geridas pelos próprios cidadãos.

Numa série de países com formas mais avançadas de organização politica, como os paises escandinavos, dois terços ou mais dos recursos públicos são geridos pela própria sociedade, de forma participativa, ao nível dos municípios. Isto implica, uma vaz mais, mudanças institucionais: além do prefeito e de uma câmara de vereadores, as cidades passam a se dotar de formas diretas de articulação dos atores sociais do município, com a criação de um forum de desenvolvimento, participação de empresários, de sindicatos, de colégios ou universidades e assim por diante.

Ultrapassando a tradicional dicotomia entre o Estado e a empresa, o público e o privado, surge assim com força o espaço público comunitário, e as nossas opções se enriquecem. Na excelente formulação do relatório das Nações Unidas, "Na prática, tanto o Estado como o mercado são frequentemente dominados pelas mesmas estruturas de poder. Isso sugere uma terceira opção mais pragmática: que o povo deveria controlar tanto o Estado como o mercado, que precisam trabalhar articulados, com as populações recuperando suficiente poder para exercer uma influência mais efetiva sobre ambos."

Em outros termos, a cidade aparece hoje como foco de uma profunda reformulação política no sentido mais amplo. Não que o nível local de organização política substitua transformações nas formas de gestão política que têm de ser levadas a efeito nos níveis do Estado-nação e mundial: mas comunidades fortemente estruturadas podem constituir um lastro de sociedade organizada capaz de viabilizar as transformações necessárias nos níveis mais amplos. Não há democracia que funcione com a sociedade atomizada.

*Trecho do livro "A reprodução do Social", de Ladislau Dowbor – para a íntegra do capítulo “Da globalização ao poder local: a nova hierarquia dos espaços”, acesse:
http://dowbor.org/5espaco.asp
Para ver o livro completo, em PDF, acesse:
http://dowbor.org/artigos/01repsoc1.pdf

** Ladislau Dowbor é formado em economia política pela Universidade de Lausanne, Suiça; Doutor em Ciências Econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia, Polônia (1976). Atualmente é professor titular no departamento de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, nas áreas de economia e administração. Continua com o trabalho de consultoria para diversas agencias das Nações Unidas, governos e municípios, bem como do Senac. Atua como Conselheiro na Fundação Abrinq, Instituto Polis, Transparência Brasil e outras instituições.

Para saber mais, acesse o site http://dowbor.org/

sábado, 28 de junho de 2008

Rádio VQ

Galera,

Estamos em fase de testes da nossa Rádio VQ (Podcast) aqui no nosso blog.

Na janela ao lado basta escolher o que quiser ouvir e clicar no play (>).

Caso queira enviar alguma música própria ou até mesmo um programa gravado na sua casa, basta mandar pelo e-mail valencaemquestao@yahoo.com.br

Vamos agitar essa rádio aí. Será o primeiro passo para nossa rádio comunitária em Valença.

Abração,

Bebeto

sexta-feira, 20 de junho de 2008

A. Lins Babá e os quarenta ladrões

Texto retirado da última edição do VQ (VQ 31)























Polícia Federal e Ministério Público fecham o cerca contra a cúpula do PMDB do Rio. Cabral não vê nada, não ouve nada, não sabe de nada

“Ter na Assembléia Legislativa um deputado com a inteligência, a vibração, a energia, o caráter de Álvaro Lins para mim é fundamental como governador do estado do Rio de Janeiro. Fundamental, Álvaro. Fundamental”.

Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro, durante a campanha de 2006, em evento no Tijuca Tênis Clube, no Rio

****
Texto de Marianna Araujo, jornalista

Na sua edição de 31 de maio, o jornal carioca O Dia noticiou que uma de suas equipes de reportagem foi presa e torturada pela milícia que domina a Favela do Batan, no bairro de Realengo. A agressão sofrida pelos jornalistas, assim como todo tipo de tortura que é praticado diariamente neste país, deixa claro como estamos longe de viver em uma democracia e que há muita luta pela frente para que possamos alcançar um patamar que vá além do sufrágio universal.

A cobertura da mídia sobre o caso, como é comum acontecer na cobertura de crimes bárbaros e hediondos, tendeu a espetacularização (esse assunto foi abordado por mim em artigo publicado neste jornal sobre a cobertura do assassinato de João Hélio na edição número 24, de julho de 2007). A exploração absurda e enfadonha dos 6 anos da morte de Tim Lopes só vem a comprovar isso. Não houve telejornal ou periódico impresso que não tenha ligado um acontecimento ao outro. Não que os dois casos não tenham pontos em comum, mas certas analogias são descabidas, uma vez que foram dois crimes cometidos em épocas distintas, por criminosos de origens diferentes e por razões que pouco têm em comum. Vale sublinhar que a equipe do jornal O Dia foi torturada, durante mais de 7 horas, por um grupo de policiais. No entanto, a mídia não perdeu a chance de aproveitar o apelo emocional que a morte de Tim Lopes tem junto ao imaginário social. Com isso, reforça-se o cenário de medo que, entre diversas funções, exerce uma que é fundamental para a atual conjuntura político-social da cidade: legitimar a política de extermínio adotada pelo Estado como política de segurança pública.

Por outro lado, a mídia se mostra incapaz de tecer uma crítica mais profunda - ou nem isso – de fazer uma cobertura mais abrangente e próxima do real, sobre o surgimento e atuação das milícias. No Rio de Janeiro, é de pleno conhecimento da população as comunidades que são comandadas por milícias e, muitas vezes, quem são seus chefes. A Secretaria de Segurança do Estado e os meios de comunicação, ao que parece, são exceções. Desconhecem nomes e fatos.

As milícias e o Estado
Dois dias antes de o jornal O Dia divulgar o que aconteceu com sua equipe, a Polícia Federal cumpria 7 mandatos de prisão na cidade. No dia 29 do maio, foram presos entre outras pessoas, o ex-chefe da polícia civil (durante o governo Garotinho) Álvaro Lins e seu sogro. No mesmo dia o ex-governador Anthony Garotinho foi denunciado pelo Ministério Público, pelos mesmos motivos que levaram o deputado à prisão: lavagem de dinheiro e formação de quadrilha armada. Álvaro Lins ainda vai responder por contrabando e corrupção. Garotinho é presidente do PMDB no estado, mesmo partido do atual governador, Sérgio Cabral, do presidente da Assembléia Legislativa, Jorge Picciani e de Lins, deputado estadual.

A lista de deputados e vereadores do Rio envolvidos com as diversas denúncias do Ministério Público, sobre o esquema que envolve Lins e Garotinho, contém nomes de boa parte da bancada do PMDB e do DEM (partido do atual prefeito da capital, César Maia). Bancada esta, que em um ato de completa falta de bom senso e de vergonha perante a sociedade, votou a favor da revogação da prisão do deputado, solto no mesmo dia. De novo, a imprensa foi incapaz de cobrir os fatos com o mínimo de criticidade. Pelo contrário, quando estourou o escândalo, o jornal O Globo dedicou 6 páginas ao tema e destacou 25 repórteres para a cobertura. Em nenhum dos 11 títulos nas seis páginas aparece a sigla PMDB. E apenas um dos 14 subtítulos continha a legenda. No dia seguinte foram 9 títulos e 12 subtítulos, sem que a sigla PMDB aparecesse em nenhum deles. Apenas notas ocasionais como a do colunista Merval Pereira, no dia 3 de junho, que cita Leonardo Picciani (PMDB) como um dos envolvidos com o esquema de Álvaro Lins. No mesmo dia da coluna do Merval, o também colunista Ancelmo Gois noticiou que há políticos ligados à milícia da comunidade do Batan. Nada de surpreendente. Estranho é constatar que o Ancelmo sabe quem são, a Secretaria de Segurança não.*

Sobre a relação entre milícias, políticos e mais especificamente, entre aquelas e as recentes denúncias do Ministério Público, nenhum comentário na mídia e nenhuma atitude ou declaração por parte da Secretaria de Segurança Pública. O secretário se restringe a afirmar, em bom gauchês, que a quantidade de milícias no Rio caiu de 120 para menos de 100. Falta informar à população quais são as comunidades do Rio que eram dominadas por milícia e deixaram de ser, pois ninguém conhece. São sim de conhecimento geral, aquelas em que a milícia local repassou o comando a outra, por um valor considerável.

Fica claro que acabar com a violência na cidade não é, nem nunca foi interessante para o Estado. O plano de matança nas favelas, travestido de política de segurança pública, e de reorganização urbana (leia-se PAC) estão ligados à necessidade de conter a pressão que emana destes lugares e aprofundar o controle sobre os “pobres baderneiros”.

Se por um lado o Estado se omite e se transforma em uma máquina de extermínio, por outro, a mídia se anula e trata de informar parcialmente, uma vez que há interesses financeiros e de ordem política que vão além das vidas daqueles que estão sujeitos à violência. O acontecido com a equipe de O Dia merece ampla cobertura midiática e total dedicação da polícia carioca. Mas tratamento bem diferente é destinado aos moradores de comunidades e demais cidadãos que, diariamente, estão submetidos a situações similares - protagonizadas pelos milicianos ligados a políticos - ou à violência praticada pela própria polícia.

Não há como não recordar a professora Adriana Facina, que em artigo sobre a política de segurança pública, afirma que, atualmente, “matar é preciso”, já que "as promessas do maravilhoso mundo das mercadorias, que agregam valor aos que as possuem, são uma realidade cada vez mais distante para bilhões de pessoas”. É lamentável constatar, mas vivemos um tempo em que o pior dos crimes é ser pobre e em que o valor da vida é medido em papel moeda.

*Os dados sobre a cobertura do jornal O Globo foram obtidos com o jornal Fazendo Media – www.fazendomedia.com
Quarenta deputados estaduais votaram a favor do decreto legislativo que determinou a imediata revogação da prisão do deputado Álvaro Lins (PMDB), acusado, na operação Segurança Pública S/A, de chefiar um esquema de corrupção em delegacias. Outros 15 parlamentares votaram não, contra a medida. Saiba como cada deputado votou:

Pela libertação de Álvaro

ALESSANDRO CALAZANS (PMN)

ANABAL (PHS)

APARECIDA GAMA (PMDB)

ÁTILA NUNES (DEM)

AUDIR SANTANA (PSC)

BEATRIZ SANTOS (PRB)

CHIQUINHO DA MANGUEIRA (PMDB)

CORONEL JAIRO (PSC)

DÉLIO LEAL (PMDB)

DIONÍSIO LINS (PP)

DOMINGOS BRAZÃO (PMDB)

DR. WILSON CABRAL (PSB)

ÉDINO FONSECA (Prona)

EDSON ALBERTASSI (PMDB)

FÁBIO SILVA (PMDB)

GERALDO MOREIRA (PMN)

GERSON BERGHER (PSDB)

GLAUCO LOPES (PSDB)

GRAÇA MATOS (PMDB)

IRANILDO CAMPOS (PTB)

JOÃO PEDRO (DEM)

JOÃO PEIXOTO (PSDC)

JORGE BABU (PT)

JORGE PICCIANI (PMDB)

LUIZ PAULO (PSDB)

MARCELO SIMÃO (PHS)

MARCO FIGUEIREDO (PSC)

MARCUS VINICIUS (PTB)

MÁRIO MARQUES (PSDB)

NATALINO (DEM)

PAULO MELO (PMDB)

PEDRO PAULO (PSDB)

RAFAEL ALOISIO FREITAS (DEM)

ROGÉRIO CABRAL (PSB)

RONALDO MEDEIROS (PSB)

SHEILA GAMA (PDT)

SULA DO CARMO (PMDB)

TUCALO (PSC)

WALDETH BRASIEL (PL)

WILSON CABRAL (PSB)

Pela permanência de Álvaro na prisão

ALESSANDRO MOLON (PT)

CIDINHA CAMPOS (PDT)

COMTE BITTENCOURT (PPS)

DR. ALCIDES ROLIM (PT)

FERNANDO GUSMÃO (PCdoB)

FLÁVIO BOLSONARO (PP)

GILBERTO PALMARES (PT)

INÊS PANDELÓ (PT)

MARCELO FREIXO (PSOL)

NILTON SALOMÃO (PMDB)

OLNEY BOTELHO (PDT)

PAULO RAMOS (PDT)

RODRIGO NEVES (PT)

SABINO (PSC)

WAGNER MONTES (PDT)

Faltaram à votação

ÁLVARO LINS (PMDB) - o acusado

ALAIR CORRÊA (PMDB)

ALTINEU CORTES (PT)

ANDRÉ CORRÊA (PPS)

ANDRÉ DO PV (PV)

ARMANDO JOSÉ (PSB)

GRAÇA PEREIRA (DEM)

JODENIR SOARES (PTdoB)

JOSÉ NADER (PTB)

JOSÉ TÁVORA (DEM)

MARCOS ABRAHÃO (PSL)

NELSON GONÇALVES (PMDB)

PEDRO AUGUSTO (PMDB)

ROBERTO DINAMITE (PMDB)

ZITO (PSDB)

sábado, 14 de junho de 2008

MEC supervisiona Medicina de Valença

Por baixo rendimento no Enade, o curso de medicina do Centro de Ensino Superior de Valença será supervisionado pelo MEC


O curso de medicina do Centro de Ensino Superior de Valença ficou com conceito 2 na última avaliação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD). Por esse motivo, segundo anúncio do Ministro da Educação, Fernando Haddad, veiculado na imprensa no dia 29 de abril, todas as instituições cujos cursos de medicina apresentaram resultados insatisfatórios nos processos avaliativos terão de oferecer diagnóstico sobre o desempenho, com medidas para sanar as deficiências identificadas.

O diagnóstico deve abordar a organização didático-pedagógica; a integração do curso com os sistemas local e regional de saúde; o perfil do quadro discente; a oferta de vagas nos processos seletivos de 2008, com especificação daquelas ocupadas nos referidos processos e o número de concluintes em 2007; o perfil do quadro docente, incluindo titulação e regime de trabalho, composição e atuação do núcleo docente estruturante, colegiado e coordenação de curso; a infra-estrutura, com identificação das condições de oferta das disciplinas de práticas médicas, em especial o estágio curricular, condições da biblioteca e produção científica.

O que pode acontecer
A FAA já recebeu o relatório do MEC e está preparando um documento para propor as medidas a serem tomadas pela Faculdade de Medicina de Valença, com a proposição de melhorar o curso nos quesitos em que a avaliação detectou como frágeis.

Caso a Secretaria de Educação Superior(SESu/MEC) considere as medidas apresentadas suficientes para corrigir as deficiências, poderá celebrar termo de saneamento com a instituição de ensino. Porém, se esta discordar do diagnóstico sobre os problemas identificados pela avaliação, o MEC poderá realizar visita ao curso e instaurar processo administrativo para aplicação de penalidades.

As sanções incluem desativação de cursos e habilitações, suspensão temporária de prerrogativas de autonomia e da abertura de processo seletivo de cursos de graduação ou cassação do reconhecimento de curso.

Na lista das Instituições de Ensino Superior que terão o curso de medicina avaliadas pelo MEC estão, além do Centro de Ensino Superior de Valença, o Centro Universitário de Volta Redonda, a Universidade Severino Sombra, de Vassouras e mais 14 entidades. No total foram avaliados 103 cursos em instituições públicas e privadas.

sábado, 7 de junho de 2008

Feira Internacional da Cachaça

A Barril 39, cachaça feita em Valença (perto do Ronco D´Água) participará, juntamente com as Cachaças Chacrinha e Vilarejo e com o apoio da Prefeitura Municipal de Valença, da 2ª FEICA - Feira Internacional da Cachaça - que ocorrerá durante os dias 12, 13 e 14 de junho, das 16 às 22 horas na cidade do Samba, no Rio de Janeiro.
Você pode encontrar mais detalhes no site: http://www.feica.com.br/

Venha prestigiar o evento e tomar uma cachaça conosco!

Um abraço,

Sergio Azevedo Jr.
Cachaça Barril 39
(24) 8138-6392

em tempo...

E QUE VENGAM LOS ECUATORIANOS!!!


QUE NOSSOTROS BAMOS PRO JAPÓN!!!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Estelionato Eleitoral

Este é o texto na íntegra, que foi cortado e só utilizado uma frase, fora do contexto. A frase usada e o panfleto político ainda não tenho, mas em breve coloco aqui também.

O processo eleitoral em Valença mal começou e já se pode afirmar que uma parcela do eleitorado valenciano não está recebendo as devidas informações sobre o que realmente significam algumas candidaturas: ou seja, o eleitor pode estar comprando gato por lebre. Aquela velha máxima de Marx ainda é muito atual: a história sempre se repete ou como farsa ou como tragédia.

Em 2000, na eleição de Luiz Antônio, o ex-governador Antony Garotinho veio a Valença, discursou e prometeu a construção de mil casas populares, emprego e indústria para a cidade etc. O candidato à prefeitura prometeu dobrar os salários dos professores, prometeu orçamento participativo, prometeu melhorar o atendimento público etc. Nada disso aconteceu.

Agora a história se repete, com outro personagem. Vicente Guedes, prefeito de Rio das Flores, vem apoiado pelo governador Sérgio Cabral e pelo conselheiro do Tribunal de Contas José Graciosa. Apresenta-se como salvador da pátria - do mesmo modo que Luiz Antônio em 2000 e Fernando Graça em 2004. Mais uma vez Valença pode ser vítima de um estelionato eleitoral.

AS MENTIRAS DE CABRAL E A REALIDADE DE RIO DAS FLORES

O governador Sérgio Cabral em 2006, no auge da campanha no segundo turno contra a juíza Denise Frossard, enviou para casa de mais de CEM MIL professores e funcionários da educação estadual uma carta comprometendo-se com as reivindicações dos educadores (incorporar as gratificações do Programa Nova Escola, eleição para diretores de escolas, inclusão dos docentes I e II de 40 horas no Plano de Cargos e Salários, fim das terceirizações etc.). Prometeu e não cumpriu! O mesmo Sérgio Cabral em discurso em Rio das Flores, disse em alto e bom som que Valença precisa de uma figura como a de Vicente Guedes.

Segundo seus apoiadores, é que o prefeito revolucionou aquele município. Será que o eleitor valenciano sabe que somente 25% da água desta cidade é tratada? Será que a população de Valença sabe que quem fica doente naquela cidade tem que ser tratado em Valença? Será que o cidadão valenciano sabe que lá existe UM FUNCIONÁRIO PÚBLICO PARA UMA MÉDIA DE QUATORZE HABITANTES?

O LEGADO DOS EX-PREFEITOS

Nesta eleição estão na disputa pelo menos quatro ex-prefeitos/prefeitos. Álvaro Cabral, que foi apoiado à época por Luiz Antonio, teve dois momentos que não devem ser esquecidos: primeiro colocou o funcionalismo para receber em praça pública (mesmo discurso de Fernando Collor) e terminou seu mandato deixando a cidade com lixo acumulado por três meses e o funcionalismo e os fornecedores também por três meses sem receber....

O outro candidato é o atual prefeito Fábio Vieira, que poderia reunir melhores condições. Mas também não consegue, em função de equívocos irreparáveis, como por exemplo a privatização da água. No lugar de corrigir a situação herdada do governo anterior, o atual prefeito manteve o processo dando a concessão para outro empresário. Ou seja, nada mudou. Cercado, em muitos momentos de seu governo, pelos mesmos de sempre, Fábio não representou a ruptura que alguns esperavam.

É por isso que o eleitor deve ficar atento às promessas mirabolantes e aos esquemas das elites políticas da cidade. A solução pra Valença não passará por nenhuma proposta mirabolante ou salvadora. Todo o programa terá que ser elaborado com os setores da sociedade civil organizada. Valença não precisa de salvadores e sim de um projeto que tenha como prioridade o povo pobre de nossa cidade!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Esclarecimentos ao "jornal" Gazeta do Sul e outros panfletos.

Valença/RJ, 3 de Junho de 2008,

Nota de Esclarecimento sobre opiniões minhas reproduzidas, sem autorização, pelo panfleto “Gazeta do Sul”, que circulou na cidade no Sábado, 1º de Junho.

Tais opiniões, que versam sobre o cenário eleitoral de Valença, foram postadas originalmente no sítio de relacionamento “Orkut”, no dia 14 de Abril de 2008. Para quem não sabe, o “Orkut” é uma pagina da Internet acessada por mais de 30.000.000 de brasileiros(as) e, talvez, seja o espaço mais democrático de opiniões do planeta, assertivas ou não.

Assim, não tenho a ingenuidade de crer que aquilo que eu digo lá não vá chegar ao ouvido de quem interessa; e mais, cônscio disto, não furto assumir as responsabilidades sobre aquilo que falo e escrevo. Todavia, quando minhas palavras são editadas, sufocadas e/ou suprimidas, não me resta alternativa, a não ser socorrer-me aos veículos de informação sérios e responsáveis.

Sei que é insignificante para a sociedade esta pretensiosa nota de esclarecimento, mas, como cidadão de um estado de direitos, senti-me desrespeitado com a reprodução das minhas palavras, sem a minha consciência.

No citado impresso, é reproduzida somente a avaliação contrária a uma das pré-candidaturas ao executivo municipal, mas, quem lê o texto na íntegra, percebe que a minha crítica também se estende ao método de mais outros três pré-candidatos. E estas e outras informações foram suprimidas e/ou inseridas num contexto maniqueísta pela tal “Gazeta do Sul”.

Sem querer tomar mais o espaço destinado a assuntos infinitamente mais importantes do que os meus, envio em anexo a íntegra do comentário publicado e despeço-me renovando os votos de estima e admiração pelo trabalho. Boa sorte!

Íntegra do Texto publicado:

http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=131822&tid=2594132870684030768&start=1

Samir Resende G. Souza, cidadão valenciano