quinta-feira, 22 de outubro de 2009

JUDICIÁRIO MANTÉM CPI DO TCE-RJ EM FUNCIONAMENTO E CPI APROVA QUEBRA DE SIGILOS

O desembargador Nascimento Póvoas, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do estado, revogou nesta terça-feira (20/10) decisão que ele mesmo havia tomado há uma semana, suspendendo os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio que investiga denúncias de corrupção envolvendo três conselheiros do Tribunal de Contas do estado (TCE-RJ). Com isso, a CPI do TCE-RJ pode prosseguir com sua investigação.


CPI APROVA CONVOCAÇÃO COERCITIVA DE TESTEMUNHA E QUEBRA SIGILOS

A CPI aprovou, por unanimidade, a convocação coercitiva de Célia Maria de Paula Monteiro Valva. A decisão foi tomada durante reunião da comissão, nesta quinta-feira (22/10), quando Célia Maria faltou pela segunda vez. A CPI, então, ouviu o ex-funcionário da Prefeitura de Valença que também trabalhou no tribunal, Willian da Silveira Telles, e aprovou a quebra dos sigilos fiscal e bancário do depoente para tentar saber mais informações sobre o envolvimento dele com a família Valva, que tem três membros contratados pelo gabinete do conselheiro José Gomes Graciosa. “Ele disse aqui que só recebeu dinheiro deles quando vendeu um carro ao filho de Célia Maria, o André, para poder pagar suas dívidas. No entanto, sabemos que ele estava mentindo. Já em relação a Célia Maria, não gostaria de trazê-la desta forma, mas precisamos fazer o que é necessário, não o que gostamos. Hoje ela não veio e da última vez chegou a estar na Casa, mas quando viu o ‘bicho pegando’ para o depoente anterior, ela fugiu”, disse a presidente da CPI, deputada Cidinha Campos (PDT).

Telles afirmou que jamais trabalhou para a família Valva ou recebeu dinheiro de qualquer um deles, exceto ao vender um carro Fiesta, ano 2001. Segundo ele, o veículo foi vendido por R$ 20 mil, embora estivesse valendo R$ 25 mil, pois estava com uma dívida muito alta para pagar. “Acho que vendi o carro no ano de 2004, uma época que estava precisando de dinheiro. Eu me separei em 2003 e tudo estava muito confuso. Não consigo me lembrar se recebi à vista ou parcelado e se quem me pagou foi o André ou seu pai, Antônio. Mas tenho quase certeza que recebi em dinheiro mesmo”, contou Telles. Segundo a parlamentar, Telles estava mentindo. “Ele disse que recebeu o valor e logo quitou as dívidas. Mas temos informações de que recebeu três cheques e que este valor estaria com ele no ano de 2006. Se estava com tantas dívidas e tão enrolado assim, porque estaria com este valor durante três anos?”, questionou a presidente da CPI. “Por ser uma testemunha e não poder faltar com a verdade, eu poderia mandar prendê-lo. Mas não me faria bem prender um simples mentiroso sabendo que outros maiores, como o conselheiro José Gomes Graciosa, estão soltos. Este sim, devia estar preso”, ressaltou a pedetista.

Na ocasião, Telles contou ainda que sua ex-mulher, Marina de Souza Duque, ficou cedida para o tribunal durante cinco anos, sem nunca ter trabalhado. Marina já havia comparecido à comissão, afirmando que Telles teria conseguido levá-la para o TCE, onde contou nunca ter trabalhado. Marina disse que só ia à presidência, onde era lotada, para assinar o cartão de ponto uma vez ao mês. “Eu pedi ao Graciosa, que na época era presidente, para ajudá-la. Ele então a requisitou e ela nunca foi trabalhar porque estava esperando ser chamada”, desse Telles.

Durante a reunião, a comissão aprovou ainda a convocação de outras quatro pessoas: Salvador de Souza, vereador de Valença, e Josias da Conceição, Emerson Maia e Edgar dos Santos Oliveira Júnior, todos funcionários do TCE.

Fonte: sítio da Alerj - AQUI e AQUI

8 comentários:

Anônimo disse...

uai, salvador tamém?

Anônimo disse...

"...Mas não me faria bem prender um simples mentiroso sabendo que outros maiores, como o conselheiro JOSÉ GOMES GRACIOSA, estão soltos. Este sim, devia estar preso”, ressaltou a pedetista.[2]

Gostaria de saber se essa CPI vai dar em alguma coisa concreta para esse Graciosa. Tem algum advogado aqui? Sugiro a voces que entrevistassem algum advogado sobre o caso e explanasse essa questão. sou leigo e não sei o que acontece depois q uma CPI se encerra. não acredito que a camara tenha poder para mandar prender alguem.
Cada vez q leio noticias da CPI fico indignado, e fico imaginando que isso não vai dar em nada. oq voces acham?

Anônimo disse...

claro q nao vai dar em nada
ah, da sim, pra gente q fica c gastrite d tanta raiva ao ler essas noticias e ver o quanto somos impotentes

Anônimo disse...

Babacas esses caras ai de cima: um fica indignado e outro com gastrite. Enquanto isso a CPI avança e mostra que o Vereador Dodô Maravilha, de Valença, é FUNCIONÁRIO DO TCE-RJ. ME DIGA LÁ: SE NÃO FOSSE A CPI SABERÍAMOS DISSO? PARA DE RECLAMAR. Vivemos um outro tempo. Temos é que municiar a CPI, como estamos fazendo, nós do Movimento Ética na Política, e ajudar a prender os ladrões daqui que anos e anos mamaram nas tetas do Graciosa às custas do povo.

Anônimo disse...

O JORNAL LOCAL DE QUINTA FEIRA DIA 22/10/2009 ESTA COM A INFORMAÇÃO ATRAZADA EM RELAÇÃO A CPI DO TCE!

Anônimo disse...

Alô pessoal!
Desculpem minha ignorancia...mas o q é o movimento ética na política?
nunca ouvi falar mas fiquei curioso!

Abraços

Anônimo disse...

ATRASADA, meu bem!!! Com s!!!

Anônimo disse...

O Jornal Local é um veículo destinado à informação, mas nem sempre cumpre sua função social.
Noticias atrasadas e enaltecendo as ações da Alerj.
Acho que o Abruzzinni está perdendo a noção do perigo...na edição de hoje, fez um desabafo por causa de uma critica que recebeu via e mail por causa de um posicionamento do mesmo.

Ora, ele não deveria se ater a informar? Opinião é de cunho pessoal.
Aproveito a deixa para parabenizar ao VQ pela constante imparcialidade, cumprindo a função jornalística aliada à missao social de levar informação ao grande público, levando os a produzir seus pontos de vista.

PARABÉNS PELA CORAGEM!!!


Armando Borges.