A Mesa Diretora e o Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa do Rio se reunirão nesta terça-feira (20/10), às 11h, no Palácio Tiradentes, para deliberar sobre que providências serão adotadas em relação à decisão, tomada na última terça-feira (13/10), pelo desembargador Nascimento Póvoas, do Tribunal de Justiça do estado, de suspender os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de corrupção envolvendo três conselheiros do Tribunal de Contas do estado (TCE-RJ).
Semana passada, os deputados suspenderam as sessões deliberativas em repúdio à interferência do Poder Judiciário no Legislativo. O presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), divulgou nota dizendo: "Em sinal de protesto à situação ora apresentada, líderes partidários sugeriram interromper os trabalhos do plenário até pelo menos terça-feira, quando a Mesa Diretora e o Colégio de Líderes se reunirão para deliberar sobre o assunto. Até lá, esperamos que o bom senso prevaleça e que o Tribunal de Justiça do Rio revogue esta lamentável decisão de um de seus membros”, diz um trecho da nota assinada por Picciani.
Fonte: sítio da Alerj
15 comentários:
ESSE PICCIANI É UM FANFARRÃO. TÁ CHEIO DE PARENTES NO TCE E AGORA TENTA BOTAR ESSA BANCA NO TJ.
A CPI TERIA SIDO DE GRANDE VALIA PARA A SOCIEDADE SE SUA PRESIDENTE COM SEU TOTAL E CONHECIDO DESEQUILIBRIO, NÃO TIVESSE COMETIDO TANTOS ABUSOS FAZENDO DA CPI UMA CASA DE ESPETÁCULOS QUE ACABARAM FERINDO A CONSTITUIÇÃO E FAZENDO COM QUE O TJ TOMASSE UMA POSIÇÃO DIANTE DOS FATOS PRODUZIDOS PELA MENDE LOUCA DE UMA PARLAMENTAR EM FIM DE CARREIRA QUE TENTA A TODO CUSTO APARECER NA MIDIA EM VESPERAS DE ELEIÇÃO.
SE O PRESIDENTE DA CPI FOSSE O FREIXO, COM CERTEZA TERIAMOS UM RESULTADO SATISFATÓRIO.
ADÍLIO
"Em sinal de protesto à situação ora apresentada, líderes partidários sugeriram interromper os trabalhos do plenário até pelo menos terça-feira, quando a Mesa Diretora e o Colégio de Líderes se reunirão para deliberar sobre o assunto."
Os Nobres Deputados interromperam os trabalhos na quinta e vão aguardar até terça feira.
Que eu saiba a ALERJ nunca trabalhou sexta e segunda.
Pobre povo carioca.
Estamos nas mãos desses artistas.
Que pena
Ontem, Picciani conversou por telefone com o presidente do TJ, desembargador Luiz Zveiter, para tentar contornar a crise. Segundo Zveiter, o diálogo foi cordial. O desembargador disse, porém, que ainda não analisou “o mérito” do caso. “A decisão está nas mãos do desembargador Póvoas, que ainda não emitiu seu parecer”, explicou o presidente do TJ.
ESSE PICCIANI SE ACHA O DONO DO MUNDO.
Picciani, o derrubador
Mesmo quem não está aí para abraçar árvore, mas também não gosta dessas coisas que acontecem na política brasileira, tem um bom motivo para torcer pelas leis ambientais contra a Agropecuária Vale do Suiá, de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso. Para quem não se lembra mais dela, é a fazenda Agrovas, do deputado Jorge Picciani, presidente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. No ano passado, ela foi apanhada pela Polícia Federal num flagrante de trabalho escravo. Fez muito barulho na ocasião. Mas há cinco meses baixou sobre ela o manto do segredo de Justiça, desde que o Tribunal Regional Federal transferiu o caso para o estado.
Por quê? Ah, bom. Porque a denúncia “envolve, em tese, a violação ao direito de um menor trabalhador”, alegou o TRF da 2ª Região. Ou seja, um dos 39 empregados de Picciani tinha 17 anos. Estava, formalmente, coberto pelo Estatuto da Criança e Adolescente que, de quebra, cobriu também Picciani com o silêncio da imprensa. Tinha tudo para cair no esquecimento, como um dia o carioca provavelmente esquecerá que, nas eleições de 2004, 20% dos candidatos que lhe pediam o voto foram às urnas escoltados pela sombra de seus antecedentes criminais.
Mas o trabalho escravo, mesmo sendo a pior parte do inquérito de Picciani, não era a única. Quem for procurá-lo, sob o número 1-049/2003, na delegacia de Polícia Federal de Barra do Garças, verá que a turma da Agrovas não usava trabalho escravo por boniteza, mas para derrubar sem licença 48 hectares de mata. E isso é outro tipo de crime que, se o país resolver levá-lo a sério, pode custar a Picciani outros processos em outros foros. E livrar a imprensa do sigilo.
Os autos do inquérito registram, além da apreensão de três espingardas - duas com a marca raspada - e 14 motosserras, uma empreitada de desmatamento, encomendada, junto com a mão-de-obra informal, a três empreiteiros – os “gatos” João Pereira Lima, o Juca, Edvaldo Cardoso da Costa e Edvaldo Alves dos Santos. Seus empregados “trabalhavam de sol a sol, com total desrespeito aos mais básicos direitos”, aturavam “atraso no pagamento dos salários”, dormiam “em barracas de lona, chão batido, absolutamente inadequadas, sem proteção contra intempéries ou animais bravios, energia elétrica ou instalações sanitárias”.
Dos 56 empregados da fazenda, só dois tinham carteira de trabalho assinada. Havia “a servidão por dívida, pois foram encontrados cadernos de anotação dos produtos fornecidos pelo empregador”. Alguns ganhavam salários em forma de cigarros, o “que não é permitido por lei por se tratar de produto nocivo à saúde”. Apesar disso, feitas todas as contas, o laudo afirma que os fiscais não viram sinais de “violência física” nem “confinamento dos trabalhadores”.
Mas disso tudo quem cuida agora é o tal segredo de Justiça. Vamos, portanto, ao desmatamento, que continua ao relento. Há tantas versões da mesma história quantos foram as testemunhas, mas quase todas repetem mais ou menos o que declarou Raimundo Ferreira Lima, 36 anos, residente em Nova Xavantina. Textualmente:
Que combinou com Juca o preço de R$ 300,00 por alqueire, num total de 42 alqueires; que até agora já derrubou aproximadamente 32 alqueires de mata e Lonildes já recebeu R$ 2.200,00, mas o declarante nada recebeu; que inicia a sua atividade em torno das 07;00 horas da manhã, parando alguns minutos para almoçar, logo em seguida retomando o trabalho, voltando para o alojamento por volta das 17;30 horas.”
Adiante: “Que a motosserra que utiliza na derrubada pertence ao declarante; que adquiriu o referido bem de um gato para quem trabalhou em Alta Floresta, MT; que o declarante possui licença para a utilização e porte da sua motosserra, mas está vencida, e pretende povidenciar a regularização em breve; que o declarante não necessitou comprar qualquer instrumento de trabalho, pois a motosserra já era de sua propiedade; que não recebeu nenhum tipo de equipamento de proteção”.
Ricardo Rodrigues Lima, 39 anos, morador de São José do Xingu, conta que “foi contratado por Edivaldo, empreiteiro de mão de obra da região, para a derrubada de uma mata de aproximadamente 48 alqueires; que, além do declarante, trabalham mais dois derrubadores e um meloso (responsável pelo abastecimento das motosserras, pelo transporte da comida e da água); que o trato com Juca foi de R$ 150,00 para cada alqueire derrubado; que o meloso era pago pelo declarante e demais derrubadores, sendo o valor de R$ 20,00 por dia”.
Quando a polícia chegou, Ricardo já havia derrubado 42 alqueires de mata, embolsado R$ 1.100,00. Tinha um saldo a receber, mas não sabia calcular “o montante”. Devia à fazenda os extraordinários: sabonete, pasta de dente e botina, por exemplo. Usava uma motosserra emprestada pela Agrovas. Do registro no Ibama não fazia a menor idéia. Pode-se parar por aqui, ou seguir em frente até o último depoimento. Fora um detalhe ou outro, o problema continua do mesmo tamanho.
E o tamanho é o seguinte: o Rio de Janeiro tem, na presidência de sua Assembléia Legislativa, onde aliás as pessoas enriquecem de um mandato para o outro, um deputado que se apresenta como “produtor rural” em São Félix do Araguaia e morador da Barra da Tijuca, feito sob medida para o papel de terror do sertão, tal como foi definido pela maior autoridade no assunto – o sanitarista Marcus Barros, presidente do Ibama. Segundo Barros, a ilegalidade na Amazônia é uma só, mas tem muitos braços. Trabalho escravo e crime ambiental, por exemplo. Se o trabalho escravo não deu, o crime ambiental talvez sirva para apresentar ao distinto público o deputado Jorge Picciani.
Esse texto postado pelo anônimo é de Marcos Sá Correa, que o escreveu no site No Mínimo, ainda em 2004.
abs.
CAPILO GRANDE INTELECTUAL
SEI QUE É SEU PAPEL FAZER A DEFESA DO PICCIANI MAIS ESSE TEXTO FOI POSTADO EM DEZEMBRO DE 2008 NO BLOG DOS PRAÇAS DA PMERJ, CORPORAÇÃO ESSA QUE ME ENVERGONHO EM PERTECER QUANDO VEJO UM SUJEITO COMO O PICCIANI SER MEDALHADO PELO NOSSO COMANDO.
FAZER O QUE NÉ MAIS AS CONTAS ESTÃO AÍ E TENHO QUE TRABALHAR.
VIDA QUE SEGUE.
AFINAL NÃO NASCI EM BERÇO DE OURO.
PEREIRA
Caro Pereira, o fato do texto ter sido postado no blog dos praças da pmerj em 2008 (na verdade é um comentário de um anônimo, e não uma postagem) não tem nada a ver com sua publicação original, em 12/09/2004, por Marcos Sá Correa no site No Mínimo.
E pera-la, papel de defesa de Piccianni? Tô fora!
Problema é quando alguém lê algo já pensando no que vai querer entender, como foi o seu caso. O que fiz foi simplesmente divulgar a fonte original, porque o anônimo não a citou, e como é um texto com autor, nada mais justo que seja citado, e mais importante, para que tem mais peso, e não aparecer como um comentário anônimo, já com descrédito.
E o fato de ser de 2004 esse texto, muito menos que defesa, demonstra como estamos escolhendo mal nossos representantes. Mesmo depois desse fato divulgado, Piccianni já foi eleito mais duas vezes. Na última ainda levou o filho pra Brasília.
O fato de divulgarmos as ações da CPI do TCE no blog não nos coloca ao lado ou contra ninguém, simplesmente achamos necessário que as pessoas respondam por suas atitudes. Sou a favor da continuidade da CPI e apoiaria qualquer investigação contra Piccianni para revelar o que de fato acontece em suas fazendas no Mato Grasso (de trabalho escravo a compras por preços suspeitos) e como enriqueceu de forma tão rápida recebendo salário de deputado, por exemplo.
E intelectual que nada, assim como samir (sem duplo sentido), sou atleta.
abs.
ah, o link do texto orginal:
http://www.consciencia.net/2004/mes/09/sacorrea-piciani.html
E as terras da família Picciani por aqui? O problema que TCE e ALERJ é tudo a mesma coisa. Os mesmos maus servidores públicos que passaram pela ALERJ foram para o TCE, e muitos continuam por lá. Vide nosso Prefeito, Secretário, chefes... É uma trama só.
Aproveitando a deixa, gostaria de saber da sua opinão Capilo, a respeito dessa CPI de TCE.
Tenho visto mts textos da Alerj aqui, o que é louvavel, mas tenho sentido falta de textos de opinião sobre o assunto. Voce que uma pessoa esclarecida poderia nos prestigiar (e principalmente esclarecer) o que vem acontecendo de fato nessa CPI.
cordialmente
CONCORDO C A TEORIA D SER UMA TRAMA SÓ
AKI, QUEM D NÓS NEGARIA UM SALARIO DESSES?
EU NAO!
IDEOLOGIA NAO PAGA AS CONTAS D NINGUEM
PUDESSE EU, TAVA LA, AGARRADINHO COM SAO JOSE GRACIOSA E SAO JORGE PICCIANI!
BOA NOITE, AMIGOS
Bem humorada e verdadeira o último comentário.
Assino em baixo, rs
Jorge Luiz.
Postar um comentário