quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O Rio que dá medo de Sergio Cabral e cia.

Comandante interino da Policia Militar estadual já foi condenado à prisão por espancamento a moradores, inclusive mulheres.



RIO - Com o licenciamento do comandante-geral da Polícia Militar do Rio, coronel Mário Sérgio Brito Duarte, por 30 dias - ele se recupera de uma cirurgia para a retirada de um nódulo na próstata -, o chefe operacional do Estado-Maior, tenente-coronel Álvaro Garcia, assume interinamente o comando da corporação, tentando exorcizar fantasmas de um passado turbulento. Em 1997, então major do 18º BPM (Jacarepaguá), ele chegou a ficar preso por seis meses antes do julgamento que o condenaria a um ano e dez meses, mas com o direito a gozar a pena em liberdade, por comandar uma sessão de espancamentos na Cidade de Deus. 

 
O episódio, filmado por um cinegrafista amador, ganhou as primeiras páginas dos principais jornais do país. O local da ação ficou conhecido como o "muro da vergonha" - 11 moradores foram agredidos junto a um muro. Garcia comandava o grupo de cinco policiais que deram joelhadas, tapas no rosto, "telefones" nos ouvidos e bateram com um cinto e um pedaço de pau em nove homens e duas mulheres. 

Logo após o caso, o então governador Marcello Alencar defendeu a expulsão sumária dos PMs. Mas recuou em seguida, explicando que o fato seria apurado e os envolvidos, julgados como determina a lei. 

De 1997 a 2003, Garcia trabalhou em serviços internos da PM, até receber o convite do então secretário de Segurança, Anthony Garotinho, para comandar seu primeiro quartel: o 22º BPM (então Benfica, hoje Maré).

Em entrevista ao GLOBO, em 2003, Garcia lembrou que, durante o tempo em que ficou preso, se recusava a desfrutar do benefício do banho de sol porque não queria ficar ao lado de policiais militares que praticaram extorsões ou assassinatos e que, como ele, estavam no Batalhão de Choque da PM. "Eu estava preso como aqueles homens, mas não era igual a eles", disse o oficial. 

Sobre o episódio na Cidade de Deus, o tenente-coronel explicou que fora vítima de uma armadilha do tráfico, mas reconheceu que errou. "Fui duro com o tráfico na Cidade de Deus e eles queriam me tirar de lá. No dia do incidente, eu e meu grupo estávamos estressados. Sei que nos excedemos", disse na ocasião.
Procurado na terça-feira pelo GLOBO, Garcia disse estar ocupado e não retornou a ligação. Quatorze anos depois do "muro da vergonha", o oficial chega ao posto máximo da Polícia Militar, e a Cidade de Deus comemora um ano e sete meses de implementação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

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2 comentários:

Anônimo disse...

Misógeno também!

Anônimo disse...

Provavelmente sim. Homens que não conseguem dar prazer a mulher, se colocar em pé de igualdade, com complexo de pica e resolve cheirar outras coisas.