PS: Reprodução da carta distribuída na Rua dos Mineiros no dia 27 de junho de 2009
No dia 17 de junho de 2009 a Câmara Municipal de Valença aprovou por 8 votos contra 2 a mensagem do prefeito municipal doando a área de 100.000 m² do Pólo agrícola para a empresa EMA INDÚSTRIA DE ALEMINETOS LTDA, área esta a ser desmembrada do total de 242.000 m² cedida à Secretaria Estadual de Educação para a criação de escola experimental integrada ao Corredor Agropecuário, onde já foram formados quase 200 profissionais.
No Centro Interescolar de Agropecuária Tomás Tejerina de Prado (Polo Agrícola) está sendo desenvolvido projeto de pecuária leiteira. Os alunos estão sendo capacitados em gerenciamento de propriedade leiteira, em parceria com a Fundação Educacional Dom André Arcoverde - FAA, para a implantação de uma unidade demonstrativa. Projetos de recomposição da mata ciliar, reflorestamento, hortas, produção de mudas, suinocultura e avicultura são os demais projetos da Escola, que conta com completa estrutura física, inclusive com alojamento para acolher os estudantes vindos de regiões mais distantes.
A doação de 100.000 m² é praticamente a metade da área territorial da Escola, o que significa inviabilizar parte das atividades da Unidade Escolar, considerando que a área cedida é produtiva, especialmente porque produz conhecimento prático, aos alunos e a comunidade rural.
O Plano Diretor Participativo de Valença - Lei complementar Municipal número 062/2006, aprovada pela Câmara Municipal por unanimidade, estabelece que a área doada está localizada em Zona de Proteção Ambiental (ZPA) onde estão previstas proteção de topos de morros, nascentes e micro-bacias, e em Zona Rural (ZRU) destinada ao desenvolvimento de pecuária leiteira e de corte.
Não somos contra o empenho do Prefeito Municipal no reaquecimento da atividade econômica em nossa cidade e na geração de empregos diretos e indiretos, mas sendo Valença o segundo maior município em extensão territorial do Estado do Rio de Janeiro, não haveria outra área a ser disponibilizada?
Nós, alunos e cidadãos valencianos nos sentimos prejudicados e violados no nosso direito, quando sequer somos consultados nas decisões que nos atinge diretamente.
ALUNOS DO POLO AGRÍCOLA
3 comentários:
Nem tudo o que se diz novo e com cara nova quer dizer que seja melhor ...
A atitude do executivo municipal e do legislativo de desrespeitar a lei do Plano Diretor Participativo, EM VIGOR, mostra o nível que chegou a falta de cultura política local.
Isso, sem contar, a forma como vem sendo conduzida as diversas conferências municipais temáticas.
Que mobilização foi feita para a de Educação? Conheço professores que só ficaram sabendo da mesma depois de realizada.
Onde estão os debates, as pré-conferências e a participação ampla da população?
O que dizer das Conferências de Promoção da Igualdade Racial, Assistência Social e de Cultura?
Por falar em Cultura... onde ela entra no Plano Plurianual?
Será realizada nas coxas, sem debate e sem refletir as reais necessidades da cultura e dos agentes culturais locais?
Perguntas que ficam no ar...
É com tristeza que vejo isso acontecer. Mas o que esperar em uma cidade onde as pessoas não costumam debater e protestar contra atos do governo municipal?
Vamos às ruas e à justiça pelo cumprimento do plano diretor.
Parafraseando Kennedy, não pergunte o que Valença pode fazer por você, mas o que você pode fazer por Valença!
é muito desrespeito, esse prefeito é um covarde, um ignorante político, essa câmara municipal, uma vergonha
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