Primeiro capitulo do livro do Coronel "Barbono" da PMERJ, Paulo Ricardo Paul, que conta como a máquina perversa do PMDB/RJ transformou o comando da Polícia Militar num dos maiores antros de conivência com a criminalidade do Rio de Janeiro.
"Esse blog contará em forma de narrativa a resistência de Oficiais contra a dominação política da Polícia Militar. A periodicidade dos artigos será semanal e neles serão contados todos os fatos marcantes dessa luta em defesa dos interesses públicos e institucionais contra os interesses dos políticos. Uma luta que a partir de 2007 teve como propagonistas o autor e o governador Sérgio Cabral (PMDB),que passou a persegui-lo profissionalmente, inclusive, o transferindo para a inatividade ex-offício." Cel. Paulo Ricardo Paul
"A interferência política na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro se iniciou há muito tempo, logo após a reabertura política, na década de oitenta. Esse fenômeno só cresceu com o passar dos anos e dos governos civis, que cada vez mais desejavam controlar e direcionar as atividades das Instituições Policiais do Rio de Janeiro, segundo os seus interesses politiqueiros, embora as Polícias Militar e Civil, tivessem um parâmetro do qual não poderiam se afastar, em tese, a lei.
Na Polícia Militar, a crescente interferência teve o seu ápice no início do terceiro milênio, quando políticos buscaram transformar a interferência em uma completa dominação, a subserviência extrema, contando com o apoio de Oficiais da própria Polícia Militar, que estabeleciam uma relação de simbiose com esses políticos, entregando a Instituição e recebendo em troca promoções, gratificações e comandos.
Nos governos do PMDB dos anos 2000 esse processo foi claramente estabelecido e ganhou um novo componente destruidor, ou seja, o estabelecimento de relações entre políticos e Oficiais da PMERJ, que após serem nomeados para funções de comando pelos referidos políticos, contribuíam para transformar áreas de Unidades Operacionais em feudos políticos.
E, nessa simbiose, começaram a surgir graves denúncias no sentido de que esses comandantes facilitavam a proliferação de crimes na sua área de atuação, que resultava na arrecadação de “propinas” que sustentavam políticos e suas campanhas.
Verdadeiras ou mentirosas tais denúncias, o certo é que o “jogo dos bichos”, as máquinas caça-níqueis, o transporte alternativo clandestino, o tráfico de drogas ilícitas e as milícias prosperaram em muitas áreas de Unidades Operacionais.
As milícias que representam o modelo mais novo de criminalidade, demonstraram ser de grande importância na campanha eleitoral de 2006 e 2008, como o jornal O Globo demonstrou em histórica reportagem, onde ficou claro que a dominação de territórios por milicianos, transformava essas comunidades em autênticos currais eleitorais.
Diante desse quadro de terror – forças policiais dominadas por interesses políticos espúrios – eu e o Coronel de Polícia Hildebrando Quintas Esteves Ferreira levantamos a primeira bandeira contra essa dominação política, no ano de 2006, através de uma ação popular contra promoções políticas ao posto de Coronel de Polícia, feitas pela governadora Rosinha Garotinho (PMDB). Anos depois, perdemos a ação, porém, iniciamos uma resistência que deu origem a luta Cabral contra Paúl, um governador contra um Coronel de Polícia. (...)" - - - Continua...
"Esse blog contará em forma de narrativa a resistência de Oficiais contra a dominação política da Polícia Militar. A periodicidade dos artigos será semanal e neles serão contados todos os fatos marcantes dessa luta em defesa dos interesses públicos e institucionais contra os interesses dos políticos. Uma luta que a partir de 2007 teve como propagonistas o autor e o governador Sérgio Cabral (PMDB),que passou a persegui-lo profissionalmente, inclusive, o transferindo para a inatividade ex-offício." Cel. Paulo Ricardo Paul
"A interferência política na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro se iniciou há muito tempo, logo após a reabertura política, na década de oitenta. Esse fenômeno só cresceu com o passar dos anos e dos governos civis, que cada vez mais desejavam controlar e direcionar as atividades das Instituições Policiais do Rio de Janeiro, segundo os seus interesses politiqueiros, embora as Polícias Militar e Civil, tivessem um parâmetro do qual não poderiam se afastar, em tese, a lei.
Na Polícia Militar, a crescente interferência teve o seu ápice no início do terceiro milênio, quando políticos buscaram transformar a interferência em uma completa dominação, a subserviência extrema, contando com o apoio de Oficiais da própria Polícia Militar, que estabeleciam uma relação de simbiose com esses políticos, entregando a Instituição e recebendo em troca promoções, gratificações e comandos.
Nos governos do PMDB dos anos 2000 esse processo foi claramente estabelecido e ganhou um novo componente destruidor, ou seja, o estabelecimento de relações entre políticos e Oficiais da PMERJ, que após serem nomeados para funções de comando pelos referidos políticos, contribuíam para transformar áreas de Unidades Operacionais em feudos políticos.
E, nessa simbiose, começaram a surgir graves denúncias no sentido de que esses comandantes facilitavam a proliferação de crimes na sua área de atuação, que resultava na arrecadação de “propinas” que sustentavam políticos e suas campanhas.
Verdadeiras ou mentirosas tais denúncias, o certo é que o “jogo dos bichos”, as máquinas caça-níqueis, o transporte alternativo clandestino, o tráfico de drogas ilícitas e as milícias prosperaram em muitas áreas de Unidades Operacionais.
As milícias que representam o modelo mais novo de criminalidade, demonstraram ser de grande importância na campanha eleitoral de 2006 e 2008, como o jornal O Globo demonstrou em histórica reportagem, onde ficou claro que a dominação de territórios por milicianos, transformava essas comunidades em autênticos currais eleitorais.
Diante desse quadro de terror – forças policiais dominadas por interesses políticos espúrios – eu e o Coronel de Polícia Hildebrando Quintas Esteves Ferreira levantamos a primeira bandeira contra essa dominação política, no ano de 2006, através de uma ação popular contra promoções políticas ao posto de Coronel de Polícia, feitas pela governadora Rosinha Garotinho (PMDB). Anos depois, perdemos a ação, porém, iniciamos uma resistência que deu origem a luta Cabral contra Paúl, um governador contra um Coronel de Polícia. (...)" - - - Continua...
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