A revolta contra o projeto de lei que garante pensão às viúvas de prefeitos com três mandatos continua a cresce em nossa cidade. O blog do Valença em Questão convida aos professores inconformados com a classe política valenciana, e brasileira, que reflitam junto com os seus alunos sobre a nossa política em sua forma bizarra com o nome de politicagem. Elaboramos uma oficina para os professores trabalharem o tema da política junto aos seus alunos.
A oficina consiste de 2 vídeos sobre política, 1 modelo de aula a ser dicutida em sala e a leitura de 2 textos.
O modelo de aula segue abaixo:
Tema da Aula: A política em nosso cotidiano
Antes de começarmos a aula de hoje, vamos imaginar a seguinte situação: nossa turma ganhou da direção da escola uma excursão. Somos trinta pessoas e cada aluno tem uma proposta diferente em relação ao destino da viagem. Temos então 30 possíveis caminhos. Qual dos 30 caminhos possíveis escolheremos?
Ao longo da história dos homens no tempo, a política foi o melhor caminho encontrado para resolver conflitos entre as pessoas. A política é a arte que permite vivermos conjuntamente sem recorrer à violência. Antes da política, a violência determinava aquilo que era certo ou errado. Os mais fortes comandavam e os mais fracos obedeciam. Quem não seguia a orientação do mais forte era morto.
Imagine como o personagem Jason do filme sexta feira treze resolveria, facilmente, o problema: - “Temos 30 pessoas que não pensam como eu, se eu matar 29 delas, a excursão será para onde eu quero”.
Sem recorrer à violência, temos que procurar outro caminho. A política é o caminho da não-violência. Um outro caminho possível é o diálogo entre os indivíduos. Começamos a conversar um com o outro até que um aluno pede a palavra: - “O caminho escolhido por mim deve ser seguido por todos porque Deus escolheu-me para guiar todos vocês. Quem ousaria duvidar da escolha de Deus?”
Misturar a política com religião pode se tornar um problema maior do que a solução. Não temos como saber se Deus, realmente, mandou um representante dele. Pior ainda, podem existir alunos que acreditam em Deuses diferentes ou que não acreditam em Deus algum.
O diálogo entre as pessoas continua até que outro aluno, silenciosamente, começa a oferecer dinheiro para os colegas que votarem na escolha dele para a excursão. Começa o burburinho na sala de aula: - “Estão sabendo turma, fulano está oferecendo dinheiro para votarmos na excursão dele!”. Segue-se outro aluno maravilhado: -“Caramba! Vamos ganhar dinheiro vendendo o nosso voto. Esse negócio de ficar pensando qual excursão melhor é muito chato. A boa mesmo é vender o nosso direito de escolha.”
Recorrer ao dinheiro para se fazer política, infelizmente, é muito comum em Valença e no Brasil. Mas, ao aceitarmos isso, não estamos matando o diálogo? Se assim for, apenas as excursões dos mais ricos (que possuem dinheiro para comprar votos) serão realizadas? Quando vendemos o nosso voto estamos vendendo o nosso direito. O nosso direito é igual ao saco de cimento, de um celular, de uma casa nova? A nossa opinião tem preço?
Já ao fim da aula combinava com a escolha da excursão. Dos 30 votos possíveis, eis os resultados:
1 pessoa queria usar a violência e pediu ao professor que passasse o filme do Jason na próxima aula;
5 pessoas acreditaram que o aluno enviado por Deus sabia das coisas;
6 pessoas venderam o seu voto
18 pessoas usaram o seu direito e escolheram livremente o melhor destino para a excursão.
A partir da aula exposta, dos vídeos assistidos e dos textos lidos, sugerimos que os professores peçam aos alunos para que elaborem textos ou desenhos com o objetivo de mandar recados/sugestões/críticas aos nossos vereadores.
Se possível, dividam os alunos em grupos e trabalhem com cartolina. Uma cartolina para cada grupo de alunos. Terminado os trabalhos, tire uma foto da turma e envie para o e-mail do Valença em questão que nós publicaremos.
O blog do Valença em Questão agradece a participação.
E-mail: valencaemquestao@yahoo.com.br
Orientações aos professores:
Primeira parte:Transmissão do vídeo: “O que é política?”
Segunda parte: Leitura e discussão da aula: “A política em nosso cotidiano”
Terceira parte: Leitura do texto: “O Absurdo do ano” e “Carta Aberta”
Quarta Parte: Realização do trabalho: “Nossa mensagem aos senhores vereadores”
Quinta parte: Transmissão do vídeo: “O Analfabeto Político”
Tema da Aula: A política em nosso cotidiano
Antes de começarmos a aula de hoje, vamos imaginar a seguinte situação: nossa turma ganhou da direção da escola uma excursão. Somos trinta pessoas e cada aluno tem uma proposta diferente em relação ao destino da viagem. Temos então 30 possíveis caminhos. Qual dos 30 caminhos possíveis escolheremos?
Ao longo da história dos homens no tempo, a política foi o melhor caminho encontrado para resolver conflitos entre as pessoas. A política é a arte que permite vivermos conjuntamente sem recorrer à violência. Antes da política, a violência determinava aquilo que era certo ou errado. Os mais fortes comandavam e os mais fracos obedeciam. Quem não seguia a orientação do mais forte era morto.
Imagine como o personagem Jason do filme sexta feira treze resolveria, facilmente, o problema: - “Temos 30 pessoas que não pensam como eu, se eu matar 29 delas, a excursão será para onde eu quero”.
Sem recorrer à violência, temos que procurar outro caminho. A política é o caminho da não-violência. Um outro caminho possível é o diálogo entre os indivíduos. Começamos a conversar um com o outro até que um aluno pede a palavra: - “O caminho escolhido por mim deve ser seguido por todos porque Deus escolheu-me para guiar todos vocês. Quem ousaria duvidar da escolha de Deus?”
Misturar a política com religião pode se tornar um problema maior do que a solução. Não temos como saber se Deus, realmente, mandou um representante dele. Pior ainda, podem existir alunos que acreditam em Deuses diferentes ou que não acreditam em Deus algum.
O diálogo entre as pessoas continua até que outro aluno, silenciosamente, começa a oferecer dinheiro para os colegas que votarem na escolha dele para a excursão. Começa o burburinho na sala de aula: - “Estão sabendo turma, fulano está oferecendo dinheiro para votarmos na excursão dele!”. Segue-se outro aluno maravilhado: -“Caramba! Vamos ganhar dinheiro vendendo o nosso voto. Esse negócio de ficar pensando qual excursão melhor é muito chato. A boa mesmo é vender o nosso direito de escolha.”
Recorrer ao dinheiro para se fazer política, infelizmente, é muito comum em Valença e no Brasil. Mas, ao aceitarmos isso, não estamos matando o diálogo? Se assim for, apenas as excursões dos mais ricos (que possuem dinheiro para comprar votos) serão realizadas? Quando vendemos o nosso voto estamos vendendo o nosso direito. O nosso direito é igual ao saco de cimento, de um celular, de uma casa nova? A nossa opinião tem preço?
Já ao fim da aula combinava com a escolha da excursão. Dos 30 votos possíveis, eis os resultados:
1 pessoa queria usar a violência e pediu ao professor que passasse o filme do Jason na próxima aula;
5 pessoas acreditaram que o aluno enviado por Deus sabia das coisas;
6 pessoas venderam o seu voto
18 pessoas usaram o seu direito e escolheram livremente o melhor destino para a excursão.
E a árvore da democracia rendeu novos frutos.
Texto: O absurdo do ano. Clique aqui
Texto: Carta aberta sobre o projeto de pensão à viúva. Clique aqui
Proposta de AtividadeTexto: O absurdo do ano. Clique aqui
Texto: Carta aberta sobre o projeto de pensão à viúva. Clique aqui
A partir da aula exposta, dos vídeos assistidos e dos textos lidos, sugerimos que os professores peçam aos alunos para que elaborem textos ou desenhos com o objetivo de mandar recados/sugestões/críticas aos nossos vereadores.
Se possível, dividam os alunos em grupos e trabalhem com cartolina. Uma cartolina para cada grupo de alunos. Terminado os trabalhos, tire uma foto da turma e envie para o e-mail do Valença em questão que nós publicaremos.
O blog do Valença em Questão agradece a participação.
E-mail: valencaemquestao@yahoo.com.br
Orientações aos professores:
Primeira parte:Transmissão do vídeo: “O que é política?”
Segunda parte: Leitura e discussão da aula: “A política em nosso cotidiano”
Terceira parte: Leitura do texto: “O Absurdo do ano” e “Carta Aberta”
Quarta Parte: Realização do trabalho: “Nossa mensagem aos senhores vereadores”
Quinta parte: Transmissão do vídeo: “O Analfabeto Político”
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