terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Nota fictícia não faz bem à educação

Retirado do site do Deputado estadual Marcelo Freixo (Psol/Rj)

Foi protocolada nesta quarta-feira (9/2), junto à promotoria da Educação do Ministério Público Estadual, uma representação em que o Deputado Marcelo Freixo solicita a abertura de Inquérito civil público. Essa representação pede ao MP que averigue uma série de denúncias que tem chegado à Comissão de Educação da Alerj. A principal acusação é a de que as estruturas regionais da Secretaria de Educação estão pressionando as direções das escolas para não deixarem, em hipótese alguma, os boletins dos alunos sem nota, mesmo naquelas matérias em que a turma ficou sem aulas o ano inteiro. O resultado dessa pressão é a criação de notas fictícias para muitos alunos.

A questão que está por detrás desse procedimento tão condenável é, na verdade, o efeito perverso de mais de vinte anos de salários baixíssimos.O magistério deixou de ser uma carreira profissional atraente e os cursos de licenciaturas das universidades formam menos gente a cada semestre. A situação é ainda mais grave nas disciplinas de perfil tradicionalmente mais masculino, como Matemática, Física e Química. Nessas matérias, o próprio governo tem reconhecido que a realização dos concursos para essas vagas não resolve mais o problema, por absoluta falta de interesse desses (poucos) professores em virem trabalhar por uma remuneração inicial que é, líquida, inferior a R$ 700,00. A decisão sobre a abertura do Inquérito Civil caberá à Promotora da Educação doutora Bianca Mota.

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