quinta-feira, 13 de setembro de 2012

VQ // 44 // Editorial

O lançamento da edição impressa será neste sábado, dia 15 de setembro, no Costelão da Getúlio Vargas, a partir das 18 horas. Com direito ao Sarau Solidões Coletivas. Estão todos convidados. _____________
Momento para se pensar uma nova Valença

O período eleitoral estimula a população a discutir os problemas da cidade. É um momento oportuno para se pensar em novas formar de se fazer política em Valença


O período eleitoral, talvez menos do que deveria, nos faz pensar e refletir sobre a nossa cidade, sobre que futuro esperamos, e principalmente sobre os problemas que afligem nosso município. Instiga essas discussões menos do que deveria porque os debates eleitorais geralmente se colocam de forma limitada e não discutem as razões dos problemas. O que vimos na maioria das vezes são discursos vazios, e a busca por interesses particulares, em detrimento do desejo coletivo.

Em Valença temos seis opções para a prefeitura e mais de 180 candidatos para as 12 vagas na Câmara de Vereadores. A regra de quantidade não significa qualidade se encaixa perfeitamente no cenário valenciano.

Nas entrevistas que fizemos com as pessoas sobre o que esperam do próximo prefeito, ficou claro a insatisfação com a atual gestão. Apesar das possíveis desculpas de que o atual prefeito possa ter por conta do afastamento da prefeitura durante determinado período, isso não justifica diversos problemas que encontramos na cidade hoje. A sensação que temos é de que a cidade está parada no tempo, esperando uma nova gestão para voltar a caminhar.

Além dos depoimentos sobre as prioridades para Valença, esta edição traz um texto do professor Gilson Luiz Gabriel, que discorre sobre a ideia de inovação que os candidatos se autointitulam, mas que na realidade traz novamente um ranço de políticos que já estão no comando de Valença há décadas. Todos se colocam como os responsáveis pela mudança, pela novidade. Como diz Gilson no texto, esses candidatos defendem a “novidade carregada de teias de aranha”.

Outra contribuição para esta edição é o texto do professor Rafael Monteiro, que faz uma apelo à sociedade que lute, junto com os professores, para uma educação pública de qualidade. Rafael explica que o índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) não representa uma avaliação significativa da educação, porque os professores – e aí não só no estado do Rio de Janeiro – estão sendo “modelados” para que o desempenho seja melhor. Ou seja, há uma política de fabricação de números positivos que atrapalha a qualidade da educação.

Fechando nossa última página, temos a poesia de Geovane Alves dos Reis, um jovem de 14 anos de Teresópolis que nos enviou uma poesia que reflete bem o momento eleitoral de nossa cidade (e de tantas outras pelo Brasil), os Quadrinhos dos anos 10 de André Dahmer e a indicação do site Impedimento na seção Navegando.


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