Foram muitos os comentários durante o processo eleitoral aqui no Blog. Grande parte deles não colabora em nada com as discussões, mas apenas buscavam denegrir imagens, criar conflitos ainda inexistentes. Antes e durante o período eleitoral, achávamos que não deveríamos moderar os comentários, que as pessoas teriam bom senso, e os comentários ofensivos, repetidos acabariam por si só.
As eleições terminaram, e alguns comentários, sempre se valendo do anonimato, continuaram. Continuaram e dificultavam as discussões de leitores realmente interessados em discutir. Como os “anônimos” foram muito insistentes, criamos um meio de moderação dos comentários – contra a nossa vontade, gostaríamos imensamente de que isso não fosse necessário.
Nele, usamos de nosso direito de ver respeitados os nossos leitores. Nossa esperança é que a moderação seja apenas “fictícia” e que todos os comentários sejam publicados. A proposta não é qualquer tipo de censura a quem quer que seja, ou de evitar que “falem mal do VQ”. Não temos a menor preocupação em ser criticados. Mas prezamos pela boa discussão, sem insultos, baixarias, ofensas ou agressões. Também vamos “moderar” comentários que estejam repetidos em diferentes postagens.
Alguns blogs restringem também os comentários a textos relacionados com a postagem. Aqui, embora esse seja também de interesse, os leitores podem ainda usar o espaço dos comentários para manifestações e divulgação de atividades em nossa cidade (que podem, inclusive, a fazer parte das postagens).
Que todos comentem cada vez mais, discutam cada vez mais, mas respeitando o próximo.
3 comentários:
isso aí!
Fora Bush!
Oi MVQ, leitores e leitoras, gostaria de manifestar uma opinião, minha, do movimento de direitos humanos e do movimento negro.
A palavra 'denegrir' significa exaltação da raça negra, do orgulho negro, do significado do negro e também do racismo que é relacionar o negro (o ser) ao que é ruim, sujo, perigoso. E, nesse caso do texto, cabe dizer que é referente a uma ofensa.
De.ne.grir: vtd+vpr 1. Tornar (-se) negro ou escuro. vtd 2. Macular, manchar, difamar. Conjuga-se como agredir. (Melhoramentos dicionário língua portuguesa)
Apesar de a grande maioria de nós carregarmos apenas no DNA a 'raça' negra, uma parte dessa maioria (que não é pequena - e em Valença visivelmente parece ser a maior parte da população) carrega na pele, no nariz, na boca, nos quadris, nos cabelos, enfim, no fenótipo, as características dos cromossomos recessivos ou dominantes desse DNA da 'raça' negra.
Demorei um tempo para compreender o quanto essa palavra é perigosa (e tem alto índice de periculosidade). Aprendi com a convivência com o movimento social e não nas aulas de ciências sociais, ou quiçá antropologia. O que houve foi uma tomada de consciência em relação ao racismo que carregamos na ponta da língua e que a todo momento precisamos fazer esforços para não cometermos essa humilhação, assumindo assim o papel de superiores. Confesso que nunca tive o costume de usá-la. Mas, certo dia, numa plenária de estudantes da minha univesidade, ouvi o desabafo de um coletivo de negros e negras em escolher o seu nome. Escolheram justamente esse - DENEGRIR. E aí caiu a ficha! Que devemos usar essa palavra com o outro sentido. O de tornar-se negro! Como em uma das músicas de 'O Rappa': "Branco, se você soubesse o valor que o preto tem. Tu tomavas banho de piche, branco e, ficava preto também" (Mundo Negro).
Caso eu tenha sido provocadora ao ponto de "erros"/ preconceitos (etc.) como esse a partir de agora façam sentido e sejam corrigidos em nossos escritos, nossos debates e nossas conversas, posso dizer que me sinto militante de prontidão. Assim como todo negro e negra que sentem o racismo devem agir de prontidão.
Saudações a quem tem coragem!
Saudações "proletárias e camponesas"!
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