quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

VQ // 48 // Editorial

O lançamento da edição 48 do VQ será no próximo sábado, dia 19 de janeiro, no Bar e Restaurante Cantinho do Churrasco, que fica na Rua Vitor Hugo, 20 - Bairro de Fátima - Valença-RJ
(Na descida da FAA, em frente ao bar Porão).

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Já passa da hora de se pensar a comunicação no Brasil
Destaques desta edição: artigo de pesquisador argentino sobre a Ley de Medios de seu país e sobre políticas de combate ao crack

No Brasil pouco se discute sobre uma lei que regulamente os veículos de comunicação, especialmente em relação à concentração de propriedades dos meios. Os movimentos brasileiros de democratização da comunicação são constantemente abafados pelos grandes veículos com a falta de informação – ou mesmo a desinformação.

Isso já indica que esta não é uma luta simples e menos ainda que será fácil em nosso país mudar a estrutura dos conglomerados de comunicação. Nesta edição do VQ trouxemos o exemplo do que vem acontecendo na Argentina, que desde 2009 vem tentando aplicar a Ley de Medios, e a disputa entre o governo de Cristina Kirchner e o conglomerado exercido pelo Clarín. Embora a discussão por lá esteja bem mais avançada do que por aqui, fica evidente o poder dos grandes meios, especialmente quando há oligopólio da informação.

Aqui no Brasil também são restritas as informações sobre o andamento da Lei de Mídia argentina. O que comumente os meios de comunicação daqui fazem é nomear a Lei como “censura” do estado aos meios de comunicação, sem se aprofundar e explicar o que de fato significa a lei. Claro, esta é uma forma de defesa das empresas brasileiras para enfraquecer qualquer tipo de mobilização contra o controle da comunicação por um número pqueno de organizações – no Brasil, seis grupos familiares comandam o oligopólio midiático: Abravanel (SBT), Civita (Editora Abril), Frias (Folha de S. Paulo), Marinho (Organizações Globo), Saad (Rede Bandeirantes) e Sirotsky (Rede Brasil Sul – RBS – em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul).

Além dessa reflexão sobre a comunicação brasileira, o VQ também destaca um debate que vem sendo feito de maneira superficial pela imprensa. A questão do crack, cada vez mais visível pelos usuários que têm aparecido em grande medida nos noticiários. O pesquisador Rodrigo Nascimento aponta a importância de se esclarecer o tema tanto para o usuário como para familiares, já que há um  desconhecimento generalizado. Mas também afirma que o tratamento por si só não resolve o problema, é preciso pensar na estruturação desses serviços e na formação de profissionais para esse tipo de atendimento.

Além disso, Sanger Nogueira traz ao VQ uma discussão que se iniciou na comunidade do Facebook “Cinéfilos de Valença” sobre a adaptação de quadrinhos e obras literárias para o cinema. Sanger questiona a necessidade de se ler a obra antes do filme, e arrisca dizer que talvez seja mais interessante avaliar o filme como filme, e não comparando com a obra original. Os aficionados pelos livros e quadrinhos podem discordar – e são muito bem vindos ao debate.

Na seção Navegando, um novo blog que disponibiliza gratuitamente acesso a conteúdos apenas para assinantes, o Bê Neviani, a poesia de Adriano Gonçalves e o quadrinho de Panta. Trouxemos ainda um pouco da repercussão da entrevista com o prefeito Álvaro Cabral. Aqui ao lado selecionamos 3 dos mais de 30 comentários no blog sobre a entrevista. Ainda não se manifestou? Então acesse o blog e deixe sua opinião.

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