Servidores da área receberão 1ª parcela do Nova Escola em outubro. Gratificação será fixa
POR ALESSANDRA HORTO, RIO DE JANEIRO
Rio - O governo do Estado vai incorporar este ano R$ 435 aos salários de 93 mil servidores ativos e 64 mil inativos da Secretaria de Educação, referentes à gratificação do Nova Escola, criada no governo Garotinho e posteriormente cancelada.
Em contrapartida, vai alterar a lei que regulamenta os vencimentos do magistério, que determina o interstício (hierarquia) de 12% entre o vencimento básico de cada nível da carreira. No processo de incorporação, que será em parcelas, o governo acabará com a hierarquia.
Esta foi a fórmula encontrada para concretizar uma das principais promessas do governador Sérgio Cabral. Se mantivesse o interstício, o Estado não teria condições de pagar a gratificação, já que ela poderia chegar a R$ 1 mil para quem está no topo da carreira.
Outro ponto importante é o fato de os inativos também terem direito à bonificação. O impacto no Rio Previdência, por exemplo, será de 100%, pois os servidores perdiam o Nova Escola quando se aposentavam.
Segundo estudos da Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão, a folha de pagamento terá impacto de R$ 650 milhões ao término da incorporação do Nova Escola, incluindo o aumento de outros benefícios, como triênios, que são calculados de acordo com o vencimento básico do servidor.
O projeto de lei que vai determinar a incorporação e modificar os critérios de remuneração será enviado ainda este mês para a Alerj. A proposta é conceder a primeira parcela no contracheque de setembro, que é pago em outubro, mesmo período que os servidores da área de Segurança Pública deverão receber o reajuste salarial deste ano. O Estado defende que a incorporação do Nova Escola será o maior benefício pago à categoria nos últimos anos.
Incorporação em troca de reajuste
Com o anúncio da incorporação da gratificação Nova Escola ainda este ano, é possível que os servidores da Educação não recebam o reajuste que está previsto para setembro, já que o Executivo optou por pagar o máximo da gratificação concedida atualmente, que varia entre R$ 100 e R$ 435. Com a determinação, os professores e profissionais de apoio, sem exceção, receberão a incorporação.
Fonte: sítio do jornal O Dia
11 comentários:
Caraca!!! [2]
O Cabral vai acabar com a carreira de docente no estado do RJ! Que absurdo!! O fim do escalonamento significa o fim da progressão na carreira, ou seja, acaba com a gratificação de quem fez pos-graduação, mestrado, doutorado...
Na verdade, se isso se concretizar, ele não dará aumento, e sim vai tirar de uns pra dar pra outros!!! Que sacanagem, quero ver o que os professores antigos e mais graduados pensam sobre isso...
Lamentável!! É o fim do plano de carreira do magistério!
Pelo menos agora vamos ver se estes professores aparecem nas assembleias, pois a média de comparecimento nas últimas não chega a 10 professores...
Na eleição passada, para governador, eu disse a quem quisesse ouvir que o Cabral era pilantra e que era preferível votar nulo ou em branco do que ir na idéia do menos pior. O fim da progressão no plano de carreira do magistério é o golpe que faltava ao magistério fluminense. Se algum estudante ou professor novato tem ainda aquela utopia de melhorar o mundo através da educação, esqueça. Eu, pessoalmente e também como professor, recomendo aos vestibulandos: tentem outra carreira que não o magistério. Não vale a pena. Mandem essa m... para o espaço de vez. Esqueçam esse país medíocre de mentes pequenas e de história mentirosa. Mandem o mundo para a PQP, quem sabe assim as coisas melhorem.
Oi Samir. Penso como Você, sem tirar nem por. Maria das Graças - Conservatória
Amigo professor, com a "merreca" que ganhamos, quem vai investir em formação? Ainda mais depois dessa!
O Governador quer professores desmotivados, alunos votando neles.
Brincadeira Cabral!!!!!
Cuidado com com CABRAL
Quando a esmola é muita até "os SANTOS" desconfiam.
A vontade do Governo é dá com a mão direita e retirar com a esquerda e como muitos proficcionais da Educação não estão ligados ao sindicato acabam ficando desinformados e a mercê deste Governo reacionário. Os 12% de interdício entre os níveis é uma das maiores conquistas da classe. Não se iludam, votem contra esse Governo esse tipo de Governo!
Ele não dá ponto sem nó. Sou classe D, nível 9. Como fica isso? Nadei, nadei e vou morrer na areia?
PARABÉNS AO GOVERNADOR SERGIO CABRAL POR NÃO CEDER AS PRESSÕES DE UM SINDICATO TÃO IRRESPONSÁVEL COMO O SEPE
ALVANIR CORREA
Pois é, não é só o Sarney que tem tropa de choque...
Lamentável!!!
Creio que os benefícios já adquiridos com a progressão não possam ser extintos.
Como ele fará? Extinguirá só para a parte da incorporação do Nova Escola?
Isso me cheira à inconstitucionalidade. E se for o caso, ele ainda poderá dizer:
"Eu tentei, mas essa justiça..."
Parte dessa culpa deve ser creditada ao povo Fluminense, já que não acredito que Cabral seria eleito se houvesse um mínimo de acompanhamento da sua atuação no Senado.
Pesquisem quantos discursos esse homem fez em seu último mandato.
E olha que eu falei em discursos...
Pra "fechar com chave de ouro", ele ainda deixou lá, nos representando, aquela "bênção" do Paulo Duque, aquele mesmo do "Conselho Sem Ética".
Falhamos muito nessa escolha infeliz!!!
SERÁ QUE REPETIREMOS O ERRO?
É REVOLTANTE A MANEIRA COMO A EDUCAÇÃO É TRATADA NESSE PAÍS...QUE DIRÁ NO ESTADO DO RJ.É DE CHORAR VER COMO OS GOVERNANTES CAGAM E ANDAM PARA OS PROFESSORES E PRINCIPALMENTE PARA OS ALUNOS,POIS SE VC NÃO TRATA DIREITO O PROFISSIONAL É PORQUE NÃO ESTÁ NEM AÍ PARA A SUA CLIENTELA...SOU PROFESSORA DESDE 1991; E FICO ESTARRECIDA COMO A EDUCAÇÃO É DESVALORIZADA E DEPOIS VEM O SR. SARNEY DIZER QUE NÃO TEM CULPA DE NADA...CULPA TENHO EU DE QUERER TRABALHAR DIREITO COM DEDICAÇÃO E SER TRATADA DESSE JEITO...KKKK. MAS QUEM MANDOU EU NÃO SEGUIR CARREIRA POLÍTICA!!!
Não é de se estranhar que os políticos tenham sempre falsas promessas, mas o então Sr. Governador do Estado Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi além. Vendo nos professores uma classe esquecida, aproveitou-se disso e no início de sua campanha eleitoral mandou cartas a todos prometendo que seria incorporado o valor integral do Nova Escola (R$ 435,00) aos salários de todos os profissionais da educação (professores) ativos e inativos em seu governo. Porém para a surpresa da categoria o Sr. Governador Sérgio Cabral de forma arbitrária vem a público dizer que não mais o fará da forma prometida, mas sim em seis anos quando seu governo não mais estiver em prática, deixando para um próximo Governador o seu compromisso de campanha. Isso é de tamanha desonestidade e de falta de responsabilidade para com todos, inclusive para com o próximo Governador que não assumiu nada com os profissionais da educação. Como se não bastasse irá mexer no plano de carreira e diminuir a diferença entre os níveis de 12% para 7,5% , alegando a coisa mais irrisória do mundo. Que na época em que foi estabelecida essa diferença entre níveis, a inflação estava em alta e que hoje não mais está.
Já que é este o raciocínio do então Sr. Governador Sérgio Cabral , por que não alterar todos os salários, pois todos tiveram reajustes em cima de índices de inflação. Por que não alterar os índices de aumento de salários do TJRJ, da ALERJ, dos Comandos da PM que sempre estão bem acima da inflação.
Essa desculpa não pode ser aceita.
Como um professor pode desenvolver um bom trabalho, ter uma boa qualidade de vida ganhando R$ 540,00 e tendo que pagar pelo transporte e pela alimentação, uma vez que não temos nenhum adicional para isso. Não é à-toa que só no mês de agosto houve um total de 600 pedidos de exoneração, fazendo com que haja uma ciranda de professores. Um dia o aluno tem aula com o professor X , depois de dois meses (esse é o tempo para substituir um professor, isso quando se toma providências, pois em muitos casos os alunos ficam sem aula) quando entra em sala tem aula com o professor Y. Não há processo educacional que suporte esse ritmo. Daí as piores notas do Estado do Rio de Janeiro no ENEM. E quando pensamos num professor com família? Aí a coisa fica pior ainda, pois o salário-família não chega a R$ 2,00.
O mais absurdo de tudo isso é falar em adicional para que tem mestrado ou doutorado, hoje há vários processos na SEEDUC abertos para a incorporação de adicional por pós-graduação que não chega ao valor de R$ 50,00 (processos esses abertos há mais de 5 anos). E além do mais é um assunto delicado falar em mestrado e doutorado, quando o salário mal dá para comer e chegar até ao trabalho.
De onde sairão os valores para compras de livros e material para se dedicar a um curso de extensão?
Queremos salários melhores para que possamos nos aperfeiçoar e oferecer o melhor ao nosso alunado. Não queremos ser vistos pelos nossos alunos atuando numa profissão miserável (infelizmente é assim que muitos alunos nos vêem e até acham graça e até nos questionam do porquê sermos professores, já que eles são testemunhas de todas as nossa dificuldades – carga horária extensa, indisciplina e falta de condições de trabalho), mas sim como formadores de pessoas, de cidadãos e de uma sociedade mais justa. Pois afinal todos passam um dia pelas mãos de um professor, que são exemplos de conduta e caráter.
Penso que o Sr. Governador Sérgio Cabral nunca passou por um banco escolar, que nunca teve um professor, pulou essa etapa, quem sabe cursou toda sua vida acadêmica em Marte, fora do nosso universo humano e social, pois não reconhece o nosso valor: SOMOS PROFESSORES!!!
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