RIO - Em greve há dez dias por melhores salários, professores e outros profissionais da rede estadual de educação fizeram uma manifestação esta manhã na Avenida Rio Branco. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) informou que a juíza Isabela Pessanha Chagas vai receber uma comissão de professores ainda na tarde desta sexta-feira. O grupo quer conversar sobre a possibilidade de o governo cortar o ponto dos grevistas.
Os manifestantes estão concentrados na Rua Erasmo Braga, próximo ao prédio do Tribunal de Justiça. Em frente à lateral do fórum fica a Secretaria Estadual de Planejamento, que teve a entrada principal isolada por policiais militares. Mais cedo, um grupo gritou palavras de ordem na porta da secretaria, mas os coordenadores do sindicato orientaram os manifestantes a evitar atritos, o que poderia prejudicar ainda mais a negociação. Dois carros do choque acompanham o protesto.
Muitos estudantes acompanharam a passeata desta sexta. A maioria dos manifestantes vestia uma camiseta preta com a inscrição "SOS Educação - Negociação já". A Guarda Municipal acompanhou o protesto para tentar orientar o trânsito.
De acordo com Vera Nepomuceno, coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), a categoria não teve reajuste em 2009 e 2010, e, até o momento, o governo não chamou os trabalhadores para negociar. Segundo ela, os professores estão sendo ameaçados com corte de salário.
- Entramos com ação na Justiça para garantir que não haverá corte. Queremos sensibilizar os juízes. Ainda nesta sexta-feira, vamos abraçar o predio do Tribunal de Justiça - disse Vera, acrescentando que falta sensibilidade ao governo:
- Sérgio Cabral gosta de falar que a mãe é professora. Dona Magali, conversa com seu filho para ele respeitar o professor - disse.
Além de professores, alunos de escolas estaduais participaram da manifestação.
- Apoiamos o movimento porque o salário do professor é uma falta de respeito com ele e com os alunos. O governador aluga aparelhos de ar condicionado e computadores. Se comprasse o material, o custo seria menor. Eles não investem bem o dinheiro - disse Sérgio Cardoso, presidente do grêmio estudantil do Ciep 175, de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Os professores reivindicam 26% de aumento, incorporação de uma gratificação por produtividade, plano de carreira para funcionários e eleição para diretores de escolas. Eles também rejeitam o plano de metas proposto pela Secretaria de Educação.
Um comentário:
Obrigado por postar a minha entrevista, e a luta pela educação continua!
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