Professores da rede estadual e bombeiros protestam na Alerj
Nesta quarta-feira, professores decidiram manter greve.
Nesta quarta, faz 2 meses da invasão dos bombeiros a quartel central.
Professores e bombeiros protestam na Alerj (Foto: Carolina Lauriano/G1)
Os profissionais da rede estadual de educação que dicidiram manter a greve nesta quarta-feira (3) fizeram uma passeata e se concentram em frente à Assembleia Legislativa do Rio, na tarde desta quarta-feira (3), onde já se encontra um grupo de bombeiros que também protesta por reajuste salarial. Nesta quarta-feira, faz dois meses da invasão ao quartel central em protesto por melhores salários.
saiba mais
Os professores estão vestidos de preto e com faixas e bandeiras. Alguns estão vestidos simbolizando a morte e encenaram um campo de morte. Uma grande faixa foi estendida na escadaria da Alerj, onde estava escrito SOS Educação.
Professores encenam um campo de morte em protesto no Centro do Rio (Foto: Carolina Lauriano/G1)
Eles saíram da Fundição Progresso, após a assembleia nesta quarta que decidiu pela continuação da greve, que já dura dois meses. A Avenida Primeiro de Março, está interditada. Dois carros da Polícia Militar estão no local.
Os profissionais das escolas estaduais do Rio de Janeiro, parados há 58 dias, decidiram manter a greve da categoria após assembleia realizada nesta quarta-feira (3) na Fundição Progresso, no Centro do Rio. Eles rejeitaram a proposta do governo estadual de reajuste de 3,5% para os professores.
Faixa SOS Educação instalada na escadaria da Alerj
(Foto: Carolina Lauriano/G1)
(Foto: Carolina Lauriano/G1)
Na segunda-feira (1º) o secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, havia informado o reajuste de 3,5% a partir de setembro - valor distante dos 26% que a classe reivindicava. Ele informou também que a partir de segunda-feira quem permanecer em greve será descontado no salário.
Bombeiros
De acordo com Vera Nepamuceno, diretora do Sepe, o protesto foi combinado entre professores e bombeiros. Os militares cantaram hinos e gritos como "o bombeiro voltou". "Eles foram criminalizados pelo movimento deles, isso é um absurdo", disse ela.
Bombeiros
De acordo com Vera Nepamuceno, diretora do Sepe, o protesto foi combinado entre professores e bombeiros. Os militares cantaram hinos e gritos como "o bombeiro voltou". "Eles foram criminalizados pelo movimento deles, isso é um absurdo", disse ela.
Dois meses apos a invasão do quartel, bombeiros afirmam que o governo ainda não os recebeu.
Bombeiros em protesto junto com professores
(Foto: Carolina Lauriano/G1)
Segundo a diretora do Sepe, 50% dos professores do estado estão em greve. "Estamos em greve ainda, o governador ofereceu uma proposta vergonhosa de 3,5%. Não vamos aceitar 3,5%. Queremos parar a greve, mas não vamos recuar".
Ela criticou a afirmação do governo de que apenas 1% dos profissionais de educação estão em greve. "Ele disse que vai chamar quatro mil para substituir os grevistas. Como que é 1%?".
O Sepe afirmou que chama todo o funcionalismo público para o protesto. Bombeiros, policias militares, profissionais da Educação e também da Saúde estão no local.
Nova Escola
Também faz parte do projeto de lei apresentado na tarde de segunda-feira pelo secretário à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a antecipação em um ano da gratificação do Nova Escola para os professores da rede; o anúncio de um novo concurso para docentes, com 1.500 vagas em 2011 e 500 vagas em 2012; e também o descongelamento da carreia (aumento da variação entre os níveis de salários dos profissionais) para os servidores técnico-administrativos.
Também faz parte do projeto de lei apresentado na tarde de segunda-feira pelo secretário à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a antecipação em um ano da gratificação do Nova Escola para os professores da rede; o anúncio de um novo concurso para docentes, com 1.500 vagas em 2011 e 500 vagas em 2012; e também o descongelamento da carreia (aumento da variação entre os níveis de salários dos profissionais) para os servidores técnico-administrativos.
Wilson Risolia explicou que somando a antecipação do Nova Escola com o novo reajuste (que será feito em cima do salário já com a gratificação incorporada) o aumento real será de 13,02%. Os inativos estão incluídos nas novas medidas.
O reajuste anunciado significa um aumento de R$ 99,70 no salário base do profissional com 16 horas semanais, que passará de R$ 765,66 para R$ 865,36.
Além disso, o secretário disse que, dentro de 15 dias, 4.441 novos professores chegarão à rede estadual para suprir as atuais carências nas escolas.
Grevistas classificaram o aumento como "deboche"
(Foto: Carolina Lauriano / G1)
(Foto: Carolina Lauriano / G1)
'É um deboche', dizem professores
Mais de 20 barracas seguiam montadas na Rua da Ajuda na segunda-feira (1º). O grupo classificou como "deboche" o reajuste apresentado pelo governo.
Mais de 20 barracas seguiam montadas na Rua da Ajuda na segunda-feira (1º). O grupo classificou como "deboche" o reajuste apresentado pelo governo.
"Acho muito legal ele (secretário) ter se mexido e dado um passo, mas isso é um deboche", definiu Roberto Simões, professor de educação física do Colégio estadual João Alfredo, em Vila Isabel, na Zona Norte da cidade. Com 27 anos na escola, o salário atual dele é de R$ 1.204,78. Alunos também protestam no local.
Segundo a categoria, a greve vai continuar apesar do anúncio do corte do ponto. "A gente não pode andar para trás, vamos continuar a greve", disse a professora de matemática Fabiana Gonzaga, acrescentando que a escola João Alfredo está sem água.
Ao saber do reajuste de 3,5%, a diretora do Sepe-RJ, Maria Oliveira da Penha, professora aposentada, fez duras críticas ao secretário. "Ele não cumpriu uma promessa feita. Com esse reajuste, vai continuar o acampamento até 2014, pode ter certeza".
Greve há quase 2 meses
A categoria paralisou as atividades em sala de aula no dia 7 de junho. O ápice da greve foi no dia 12 de julho, quando um grupo invadiu o prédio da Secretaria de Educação, no Centro da cidade. O tumulto foi contido pelo Batalhão de Choque, que chegou a jogar gás de pimenta para dispersar a multidão.
A categoria paralisou as atividades em sala de aula no dia 7 de junho. O ápice da greve foi no dia 12 de julho, quando um grupo invadiu o prédio da Secretaria de Educação, no Centro da cidade. O tumulto foi contido pelo Batalhão de Choque, que chegou a jogar gás de pimenta para dispersar a multidão.
Do lado de fora do prédio, um grupo decidiu, em protesto, ficar acampado até ser recebido pelo secretário de Educação.
Um comentário:
Greve nos $afado$$!!!!!
Postar um comentário