Foi proposta hoje na Alerj uma CPI para
averiguar as viagens do governador Sérgio Cabral com Fernando Cavendish.
Quem assinou o projeto: Luiz Paulo,
Dionísio Lins, Marcelo Freixo, Aspásia Camargo, Altineu Côrtes, Clarissa
Garotinho, Flávio Bolsonaro, Janira Rocha, Lucinha, Miguel Jeovani, Paulo
Ramos, Samuquinha e Wagner Montes.
Quem não assinou o projeto: André
Corrêa, Paulo Melo, André
Lazaroni, Coronel Jairo, Rafael do Gordo, Rosângela Gomes, João Peixoto,
Alexandre Correa, André Ceciliano, Andréia Busatto, Bernardo Rossi, Chiquinho
da Mangueira, Claise Maria Zito, Dica, Domingos Brazão, Edson Albertassi, Gilberto
Palmares, Graça Matos, Graça Pereira, Hélcio Ângelo, Gustavo Tutuca, Janio
Mendes, Márcio Pacheco, Nilton Salomão, Pedro Augusto, Roberto Dinamite, Robson
Leite, Roserverg Reis, Sabino, Xandrinho e Zaqueu Teixeira
Justificativas dos deputados
Jânio
Mendes (não assinou o projeto): “Dito
isso, Sr. Presidente, nobres Deputados, aqui tivemos a oportunidade de ouvir
diversos pronunciamentos acerca da matéria divulgada no Jornal Nacional,
trazendo fotos do Governador Sérgio Cabral e sua comitiva em evento fora do
país. A princípio, as fotos vêm confirmar aquilo que o Governador já havia dito
ao povo do Rio de Janeiro e ao povo brasileiro, quando do trágico acidente de
helicóptero, com muita sinceridade e verdade: “Sou amigo do Fernando
Cavendish”. As fotos e o vídeo confirmam esta amizade. Da amizade às ilações
aqui feitas, de favorecimento e corrupção, há uma distância, distância esta que
nós devemos acompanhar. “
Marcelo
Freixo (assinou o projeto):
“Sr. Presidente, tenho muitos
questionamentos sobre a crise política que o Rio de Janeiro se encontra neste
momento. Antes de tudo, eu estive lendo atentamente o site da Delta
Construções - não sei se os poucos Deputados presentes sabem – que fez um
comunicado com 11 pontos, mas o que me interessa é o ponto 2 em que diz: “
Infelizmente a Delta Construções foi envolvida nesses lamentáveis episódios por
atos de um diretor da empresa, afastado no dia 08 de março de 2012, até então
responsável pela diretoria Centro-Oeste. Tais atos, que se tornaram públicos
através da imprensa, eram inteiramente desconhecidos da administração dessa
empresa por seus acionistas”.
“O
problema não está na postura pessoal do empresário, aliás, a postura pessoal
mais condenável é do homem público, é do Governador e dos seus Secretários, não
do empresário. O empresário se quiser botar guardanapo na cabeça, que o coloque
onde quiser. O problema é quem o acompanha e quem paga a conta; este é o grande
problema que devemos debater. Então, é lamentável a postura da Delta que se
equivoca neste momento.”
“Mas,
Presidente, quero dizer que quando falamos da Delta, falamos de uma empresa
cujo patrimônio líquido nos últimos dez anos, cresceu oitocentos e quatro por
cento. Oitocentos e quatro por cento de crescimento no patrimônio líquido nos
últimos dez anos! Estou falando de uma empresa que, de 2007 a 2011, teve mil
quatrocentos e dezessete por cento de crescimento nos investimentos no governo
federal. É curioso porque sempre se disse: “Olha, como é bom termos o governo
estadual bem articulado ao municipal, bem articulado ao federal”. Também acho
muito bom, mas não para isso, senhores! Mas não para fazer esse quintal de
pouca vergonha e fazer com que a Delta pudesse operar dessa maneira em todos os
governos! Talvez o problema não seja a Delta; talvez o problema sejam os
governos.”
“E
é com esse mesmo empresário, que tem isenções, que ganha contratos sem
licitação, que é doador de campanha, que o Governador viaja. Afinal de contas,
essa viagem foi ou não foi oficial? No momento inicial, disse que sim; agora,
diz que não. Se a viagem não foi oficial, quem pagou? Quem pagou essa viagem?
Se foi o empreiteiro que pagou essa viagem, o Governador cometeu crime e tem
que sofrer impeachment. Se não foi o empreiteiro que pagou essa viagem,
com que dinheiro o Governador pagou? Só falta dizer que foi com o dinheiro da
primeira-dama, que é muito bem remunerada, porque advoga para as empresas
concessionárias do Estado, depois que ele assumiu o governo do Estado. “
“Então,
é uma pouca vergonha; é uma pouca vergonha sem limites! Perderam completamente
qualquer limite! E a certeza da impunidade levou a essa pasmaceira, a essas
cenas patéticas, que têm que ter uma resposta desta Casa. “
“Quero
dizer, Sr. Presidente, que eu, mais uma vez, assim como diversos outros
parlamentares, estou entrando com mais um pedido de CPI. Vou pedir para que
assinem, porque, se eles não têm o que esconder, então, não têm que ter medo de
que investiguem. Já tem pedido de outras CPIs na Casa. Está aqui o Deputado
Paulo Ramos, que sei que já tem desde o ano passado um pedido de CPI, mas estou
apresentando outro, para analisar todos os contratos da Delta. Vamos ver quem
assina e quem não assina. Porque essa é uma questão republicana. Temos que
assinar todos os pedidos de CPI para que possamos investigar esse absurdo.”
“Estou
apresentando outro requerimento de informação pedindo cópia dos contratos da
Cedae com a Delta, porque também é um mistério, e tem dinheiro que não acaba
mais. Tem dinheiro que não acaba mais! Quero saber quais são esses contratos.
Esta Casa tem que dar resposta a isso. Esta Casa não pode, neste momento,
servir de esconderijo para cretinice de Governador. Esta Casa, neste momento,
tem que atender ao interesse da população, e não atender à manobra de
Governador, que sabe que a sua ‘breguice’ vai custar caro.”
Clarissa
Garotinho (assinou o projeto)
“Como
se não bastasse a cafonice, a falta de bom senso de um comportamento indigno
para Chefes de Estado; como se não bastasse tudo isso, a imoralidade: o Sr.
Governador Sérgio Cabral sempre disse que nunca misturou o público com o
privado. Não é o que vimos naquelas imagens: os casais Cabral e Adriana,
Cavendish e a noiva, Sérgio Côrtes e a mulher, entre outras pessoas, jantando
juntos, combinando data de casamento, assistindo a show, dançando
juntinho, rebolando até o chão, fazendo a festa, cantando ao microfone. As
cenas são de pessoas que desfrutam da intimidade dos casais, da intimidade das
famílias, não de qualquer família. A do Governador, com um empresário que hoje
detém uma das maiores contas do Governo do Estado, Fernando Cavendish, dono da
Delta, construtora que cresceu 600% no Governo Cabral e que hoje tem contratos
com o Estado no valor de 1,5 bilhão de reais.“
“Há
perguntas que não querem calar. Por que será que a Delta, cujo empresário,
Fernando Cavendish, é amigo do Governador Sérgio Cabral, cresceu 600% no
Governo Cabral? Por que será que a Delta alcançou 1,5 bilhão de contratos com o
Governo Cabral? Por que será que 20% desses contratos foram dados à Delta com
dispensa de licitação? E a pergunta mais importante: quem pagou toda essa farra
do Governador com os empresários e os Secretários de Estado na Europa? Quem
pagou?”
“Hoje,
estou recolhendo as assinaturas para protocolar o pedido de abertura de uma CPI
para investigar as viagens do Governador Sérgio Cabral. Quero contar com o
apoio de todos os Deputados da Casa, em nome do interesse público, para que
assinem esse requerimento, para que possamos criar essa CPI. Afinal de contas,
quem não deve, não teme. Vai ser uma ótima oportunidade para o Governador se
explicar. “
“Eu
farei questão de divulgar nome por nome dos Deputados que assinaram e dos que
não assinaram o pedido, porque o interesse de cada parlamentar deve ser, em
primeiro lugar, o de corresponder às expectativas da população. E, hoje, o que
todo o mundo quer saber é quem está bancando as farras do Governador, com seus
Secretários, no exterior.”
Janira
Rocha (assinou o projeto)
Vimos um Governador Sérgio Cabral diferente
daquele que aparece na televisão, de semblante fechado, dizendo-se preocupado
com o povo do Estado do Rio de janeiro, preocupado com a segurança pública, e
que, com ar sisudo, chama de vândalos os bombeiros – aqueles irresponsáveis que
estão fazendo mobilização e deixando a população sem segurança. A imagem do
Governador Sérgio Cabral dançando rap, samba e não sei mais o quê, lá em
Paris, junto com o Cavendish, da Delta, e com suas respectivas mulheres, as
Imeldas Marcos – numa alusão a Imelda Marcos, mulher do ex-ditador Ferdinando
Marcos, que tinha não sei quantos mil pares de sapatos quando seu marido caiu.
Pois bem, a Sra. Adriana Ancelmo também é um tipo de Imelda Marcos, juntamente
com a mulher do Cavendish e a de Sérgio Côrtes, que mostravam nos pés sapatos
de dez mil reais e contas vultosas.
“Será
que nós, parlamentares desta Casa, que ainda têm vergonha na cara; que não
querem participar desse conluio; não querem fazer parte dessa tropa, dessa
gangue, vão simplesmente deixar as coisas passarem? Será esse o exemplo que nós
vamos mostrar lá fora? Porque lá fora, o povo já diz: “político é tudo ladrão;
político é tudo desonesto”. Se esta Casa, frente ao que está acontecendo, não
tomar uma medida efetiva, acabou. Acabou. “
Luiz
Paulo (assinou o projeto)
“Então,
a primeira questão é saber se aquela foi uma viagem oficial ou oficiosa.
Segunda, quem pagou todas aquelas contas. Terceira, num ambiente deveras
republicano, secretários de Estado e chefes de Estado têm que ter um comportamento
equidistante de todas as empresas que prestam serviço público para o Estado,
porque a proximidade gera intimidade, e a intimidade pode gerar a prestação de
favores inadequados. Aí, quem vai perder é o Erário. Esta é a primeira questão
central, porque vida pública é vida pública, vida privada é vida privada, e
pelo que sei esses secretários de Estado e o próprio Governador não estavam de
férias nem de licença. Se estavam, devem demonstrar que estavam. Se não estavam
de férias nem de licença, estavam em missão oficial e, aí, o comportamento
teria que ser republicano, de altivez, de independência e de postura pública. O
que faz naquele ambiente os Secretários estarem com bandanas nas cabeças
seguramente em estado de embriaguez, dançando com dois empresários, o dono da
Delta e o Sr. Georges Sadala? Quem deve essa explicação ao Parlamento, ao
público, de uma maneira geral, são os Secretários de Estado e o Governador,
como também o Secretário do Município, Sr. Sérgio Dias, que eu não sei o que
estava fazendo lá. Até podemos imaginar.”
13 comentários:
Tudo está ligado a tudo. Um amigo sugeriu votar no Cachoeira para o homem mais imptte do Brasil, ou assemelhado, em concurso do SBT. Motivo: domina o país de cima embaixo e ainda tem 80% do Congresso na mão. Grande brasileiro esse... o meu amigo, não o Cachoeira.
André Correa não falou nada?
Um lamaçal sem fim! E o André Correia.....NADA kkkkkkkkk
E o depotado André Corrêa??? Cara babaca mas esperto. Estará ele fornencendo combustível para essa thurminha??
Combustível não sei, mas que ficaria bem dançando can-can, ah como ficaria. Se tivesse de braço dado com beto roncaferro de um lado e timagro josé do outro, seria uma maravilha = mancebo na frente. só fotografando. Ternura sem fim.
É premente mudar o curso do rio ou aumentar a barragem. Água,com força,enlameia e destrói tudo em sua frente, tal qual na região serrana. Vai limpar ou aparecer as sujeiras.
ANDRÉ CORREA NAO FALOU NADA PQ É LIDER DO GOVERNO NA ALERJ... OU SEJA: TÁ LEVANDO DO GOVERNADOR
ELE VOTOU CONTRA A CPI DO CABRAL
E o pai olhando, babando, embevecido.
E o filho nos ferrando, ferrando, ferrando. E o Milagres se locupletando, locupletando. E o Mancebo nos representando, representando. E o Guimba Guedes e prepostos so rindo só rindo... o irmão já recebeu por conta, a grana que alivia os pecados. E agora só vai abençoando abençoando... E o roncferro so amncebando amancebando...Povo Feliz!
E enquanto isso, Mancebo abriu uma nova lavanderia, ops, digo, loteria na cidade!
O Mão de sebo é feio.O cara esquisito. Anda de cabeça baixa. Se sente à vontade somente entre os seus pares. Mas é feio pra nurro. Parece irmão do Centavos.
O Vincentavos toda vez que tira fotos promocionais põe a mão na barriga. Das duas uma ou tá com medo que lhe roubem a fortuna (rico sempre tem uma vasta barrigada regada a churrascos e cervejas, garotas bonitas...) ou então tá passando ml mesmo: a barringa ronca, ronca feito ferro. Na foto ele se parece sempre com um mancebo seboso.
Escândalo 14.05.2012 14:37 A Veja quer censurar a internet A revista Veja tem medo do jogo da velha. O jogo da velha, no caso, são as hashtags, antecedidas pelo sinal #, para destacar vozes numa multidão de internautas – bobagens em alguns casos, mobilizações, em outros. Para quem diz defender com a própria vida a liberdade de expressão, é preocupante. Nas 16 páginas desperdiçadas na edição do fim-de-semana em que tenta se defender, a semanal da editora Abril deixou claro: para ela, a liberdade de expressão não é um valor absoluto. Tem dono – ela e o reduzido grupo de meios de comunicação que se auto-qualificam de “imprensa livre”. Livre de quem? No caso da Veja, certamente eles não tratavam do bicheiro Carlos Cachoeira, espécie de sócio na elaboração de pautas da publicação. Getúlio Vargas valia-se da expressão “aos amigos tudo, aos inimigos a lei”. A revista, em sua peça de realismo fantástico disfarçada de “reportagem”, a reformula: “aos amigos tudo (inclusive o direito de caluniar, manipular e distorcer), aos inimigos a censura. Ou não é isso, ao desferir um golpe contra as manifestações livres na rede e sugerir uma “governança” na internet, que os editores do semanário propõem? Eles tem urticária só de ouvir falar em um debate sobre a regulação dos meios de comunicação. Mas pimenta nos olhos dos outros… Na própria peça de defesa, Veja distorce. Não foi a revista que derrubou Fernando Collor de Melo. É uma mistificação que só a ignorância permite perpetuar. A famosa entrevista do irmão do ex-presidente não teria resultado em nada. O que derrubou Collor foi o depoimento do motorista Eriberto França, personagem descoberto pela rival IstoÉ, na ocasião dirigida por Mino Carta. Em termos de desonestidade intelectual, Veja se superou. Ao misturar aranhas, robôs e comunistas, a semanal de Roberto Civita produziu um conto de terror B. Nem se vivo fosse o falecido cineasta norte-americano Ed Wood, famoso por suas produções mambembes, toparia filmar um roteiro parecido. Além de tudo, a argumentação cheira a mofo, tem o tom dos anos da Guerra Fria. Quem tem medo de comunistas a esta altura? Nem na China. PS: a lanterna na capa do semanário mostra outra coisa: calou fundo na editora o apelido Skuromatic, a lâmpada que provoca a escuridão ao meio-dia, dado a Roberto Civita por jornalistas da antiga redação de Veja.
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