quarta-feira, 2 de maio de 2012

Repercussão das fotos Cabral/Cavendish na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro


Foi proposta hoje na Alerj uma CPI para averiguar as viagens do governador Sérgio Cabral com Fernando Cavendish.  

Quem assinou o projeto: Luiz Paulo, Dionísio Lins, Marcelo Freixo, Aspásia Camargo, Altineu Côrtes, Clarissa Garotinho, Flávio Bolsonaro, Janira Rocha, Lucinha, Miguel Jeovani, Paulo Ramos, Samuquinha e Wagner Montes.

Quem não assinou o projeto: André Corrêa, Paulo Melo, André Lazaroni, Coronel Jairo, Rafael do Gordo, Rosângela Gomes, João Peixoto, Alexandre Correa, André Ceciliano, Andréia Busatto, Bernardo Rossi, Chiquinho da Mangueira, Claise Maria Zito, Dica, Domingos Brazão, Edson Albertassi, Gilberto Palmares, Graça Matos, Graça Pereira, Hélcio Ângelo, Gustavo Tutuca, Janio Mendes, Márcio Pacheco, Nilton Salomão, Pedro Augusto, Roberto Dinamite, Robson Leite, Roserverg Reis, Sabino, Xandrinho e Zaqueu Teixeira

Justificativas dos deputados

Jânio Mendes (não assinou o projeto):  Dito isso, Sr. Presidente, nobres Deputados, aqui tivemos a oportunidade de ouvir diversos pronunciamentos acerca da matéria divulgada no Jornal Nacional, trazendo fotos do Governador Sérgio Cabral e sua comitiva em evento fora do país. A princípio, as fotos vêm confirmar aquilo que o Governador já havia dito ao povo do Rio de Janeiro e ao povo brasileiro, quando do trágico acidente de helicóptero, com muita sinceridade e verdade: “Sou amigo do Fernando Cavendish”. As fotos e o vídeo confirmam esta amizade. Da amizade às ilações aqui feitas, de favorecimento e corrupção, há uma distância, distância esta que nós devemos acompanhar.

Marcelo Freixo (assinou o projeto):

 Sr. Presidente, tenho muitos questionamentos sobre a crise política que o Rio de Janeiro se encontra neste momento. Antes de tudo, eu estive lendo atentamente o site da Delta Construções - não sei se os poucos Deputados presentes sabem – que fez um comunicado com 11 pontos, mas o que me interessa é o ponto 2 em que diz: “ Infelizmente a Delta Construções foi envolvida nesses lamentáveis episódios por atos de um diretor da empresa, afastado no dia 08 de março de 2012, até então responsável pela diretoria Centro-Oeste. Tais atos, que se tornaram públicos através da imprensa, eram inteiramente desconhecidos da administração dessa empresa por seus acionistas”.

O problema não está na postura pessoal do empresário, aliás, a postura pessoal mais condenável é do homem público, é do Governador e dos seus Secretários, não do empresário. O empresário se quiser botar guardanapo na cabeça, que o coloque onde quiser. O problema é quem o acompanha e quem paga a conta; este é o grande problema que devemos debater. Então, é lamentável a postura da Delta que se equivoca neste momento.

Mas, Presidente, quero dizer que quando falamos da Delta, falamos de uma empresa cujo patrimônio líquido nos últimos dez anos, cresceu oitocentos e quatro por cento. Oitocentos e quatro por cento de crescimento no patrimônio líquido nos últimos dez anos! Estou falando de uma empresa que, de 2007 a 2011, teve mil quatrocentos e dezessete por cento de crescimento nos investimentos no governo federal. É curioso porque sempre se disse: “Olha, como é bom termos o governo estadual bem articulado ao municipal, bem articulado ao federal”. Também acho muito bom, mas não para isso, senhores! Mas não para fazer esse quintal de pouca vergonha e fazer com que a Delta pudesse operar dessa maneira em todos os governos! Talvez o problema não seja a Delta; talvez o problema sejam os governos.

E é com esse mesmo empresário, que tem isenções, que ganha contratos sem licitação, que é doador de campanha, que o Governador viaja. Afinal de contas, essa viagem foi ou não foi oficial? No momento inicial, disse que sim; agora, diz que não. Se a viagem não foi oficial, quem pagou? Quem pagou essa viagem? Se foi o empreiteiro que pagou essa viagem, o Governador cometeu crime e tem que sofrer impeachment. Se não foi o empreiteiro que pagou essa viagem, com que dinheiro o Governador pagou? Só falta dizer que foi com o dinheiro da primeira-dama, que é muito bem remunerada, porque advoga para as empresas concessionárias do Estado, depois que ele assumiu o governo do Estado.

Então, é uma pouca vergonha; é uma pouca vergonha sem limites! Perderam completamente qualquer limite! E a certeza da impunidade levou a essa pasmaceira, a essas cenas patéticas, que têm que ter uma resposta desta Casa.

Quero dizer, Sr. Presidente, que eu, mais uma vez, assim como diversos outros parlamentares, estou entrando com mais um pedido de CPI. Vou pedir para que assinem, porque, se eles não têm o que esconder, então, não têm que ter medo de que investiguem. Já tem pedido de outras CPIs na Casa. Está aqui o Deputado Paulo Ramos, que sei que já tem desde o ano passado um pedido de CPI, mas estou apresentando outro, para analisar todos os contratos da Delta. Vamos ver quem assina e quem não assina. Porque essa é uma questão republicana. Temos que assinar todos os pedidos de CPI para que possamos investigar esse absurdo.

Estou apresentando outro requerimento de informação pedindo cópia dos contratos da Cedae com a Delta, porque também é um mistério, e tem dinheiro que não acaba mais. Tem dinheiro que não acaba mais! Quero saber quais são esses contratos. Esta Casa tem que dar resposta a isso. Esta Casa não pode, neste momento, servir de esconderijo para cretinice de Governador. Esta Casa, neste momento, tem que atender ao interesse da população, e não atender à manobra de Governador, que sabe que a sua ‘breguice’ vai custar caro.

Clarissa Garotinho (assinou o projeto)

Como se não bastasse a cafonice, a falta de bom senso de um comportamento indigno para Chefes de Estado; como se não bastasse tudo isso, a imoralidade: o Sr. Governador Sérgio Cabral sempre disse que nunca misturou o público com o privado. Não é o que vimos naquelas imagens: os casais Cabral e Adriana, Cavendish e a noiva, Sérgio Côrtes e a mulher, entre outras pessoas, jantando juntos, combinando data de casamento, assistindo a show, dançando juntinho, rebolando até o chão, fazendo a festa, cantando ao microfone. As cenas são de pessoas que desfrutam da intimidade dos casais, da intimidade das famílias, não de qualquer família. A do Governador, com um empresário que hoje detém uma das maiores contas do Governo do Estado, Fernando Cavendish, dono da Delta, construtora que cresceu 600% no Governo Cabral e que hoje tem contratos com o Estado no valor de 1,5 bilhão de reais.“

Há perguntas que não querem calar. Por que será que a Delta, cujo empresário, Fernando Cavendish, é amigo do Governador Sérgio Cabral, cresceu 600% no Governo Cabral? Por que será que a Delta alcançou 1,5 bilhão de contratos com o Governo Cabral? Por que será que 20% desses contratos foram dados à Delta com dispensa de licitação? E a pergunta mais importante: quem pagou toda essa farra do Governador com os empresários e os Secretários de Estado na Europa? Quem pagou?

Hoje, estou recolhendo as assinaturas para protocolar o pedido de abertura de uma CPI para investigar as viagens do Governador Sérgio Cabral. Quero contar com o apoio de todos os Deputados da Casa, em nome do interesse público, para que assinem esse requerimento, para que possamos criar essa CPI. Afinal de contas, quem não deve, não teme. Vai ser uma ótima oportunidade para o Governador se explicar.

Eu farei questão de divulgar nome por nome dos Deputados que assinaram e dos que não assinaram o pedido, porque o interesse de cada parlamentar deve ser, em primeiro lugar, o de corresponder às expectativas da população. E, hoje, o que todo o mundo quer saber é quem está bancando as farras do Governador, com seus Secretários, no exterior.

Janira Rocha (assinou o projeto)

Vimos um Governador Sérgio Cabral diferente daquele que aparece na televisão, de semblante fechado, dizendo-se preocupado com o povo do Estado do Rio de janeiro, preocupado com a segurança pública, e que, com ar sisudo, chama de vândalos os bombeiros – aqueles irresponsáveis que estão fazendo mobilização e deixando a população sem segurança. A imagem do Governador Sérgio Cabral dançando rap, samba e não sei mais o quê, lá em Paris, junto com o Cavendish, da Delta, e com suas respectivas mulheres, as Imeldas Marcos – numa alusão a Imelda Marcos, mulher do ex-ditador Ferdinando Marcos, que tinha não sei quantos mil pares de sapatos quando seu marido caiu. Pois bem, a Sra. Adriana Ancelmo também é um tipo de Imelda Marcos, juntamente com a mulher do Cavendish e a de Sérgio Côrtes, que mostravam nos pés sapatos de dez mil reais e contas vultosas. 

Será que nós, parlamentares desta Casa, que ainda têm vergonha na cara; que não querem participar desse conluio; não querem fazer parte dessa tropa, dessa gangue, vão simplesmente deixar as coisas passarem? Será esse o exemplo que nós vamos mostrar lá fora? Porque lá fora, o povo já diz: “político é tudo ladrão; político é tudo desonesto”. Se esta Casa, frente ao que está acontecendo, não tomar uma medida efetiva, acabou. Acabou.

Luiz Paulo (assinou o projeto)

Então, a primeira questão é saber se aquela foi uma viagem oficial ou oficiosa. Segunda, quem pagou todas aquelas contas. Terceira, num ambiente deveras republicano, secretários de Estado e chefes de Estado têm que ter um comportamento equidistante de todas as empresas que prestam serviço público para o Estado, porque a proximidade gera intimidade, e a intimidade pode gerar a prestação de favores inadequados. Aí, quem vai perder é o Erário. Esta é a primeira questão central, porque vida pública é vida pública, vida privada é vida privada, e pelo que sei esses secretários de Estado e o próprio Governador não estavam de férias nem de licença. Se estavam, devem demonstrar que estavam. Se não estavam de férias nem de licença, estavam em missão oficial e, aí, o comportamento teria que ser republicano, de altivez, de independência e de postura pública. O que faz naquele ambiente os Secretários estarem com bandanas nas cabeças seguramente em estado de embriaguez, dançando com dois empresários, o dono da Delta e o Sr. Georges Sadala? Quem deve essa explicação ao Parlamento, ao público, de uma maneira geral, são os Secretários de Estado e o Governador, como também o Secretário do Município, Sr. Sérgio Dias, que eu não sei o que estava fazendo lá. Até podemos imaginar.

13 comentários:

Anônimo disse...

Tudo está ligado a tudo. Um amigo sugeriu votar no Cachoeira para o homem mais imptte do Brasil, ou assemelhado, em concurso do SBT. Motivo: domina o país de cima embaixo e ainda tem 80% do Congresso na mão. Grande brasileiro esse... o meu amigo, não o Cachoeira.

Anônimo disse...

André Correa não falou nada?

Anônimo disse...

Um lamaçal sem fim! E o André Correia.....NADA kkkkkkkkk

Anônimo disse...

E o depotado André Corrêa??? Cara babaca mas esperto. Estará ele fornencendo combustível para essa thurminha??

Anônimo disse...

Combustível não sei, mas que ficaria bem dançando can-can, ah como ficaria. Se tivesse de braço dado com beto roncaferro de um lado e timagro josé do outro, seria uma maravilha = mancebo na frente. só fotografando. Ternura sem fim.

Anônimo disse...

É premente mudar o curso do rio ou aumentar a barragem. Água,com força,enlameia e destrói tudo em sua frente, tal qual na região serrana. Vai limpar ou aparecer as sujeiras.

Anônimo disse...

ANDRÉ CORREA NAO FALOU NADA PQ É LIDER DO GOVERNO NA ALERJ... OU SEJA: TÁ LEVANDO DO GOVERNADOR
ELE VOTOU CONTRA A CPI DO CABRAL

Anônimo disse...

E o pai olhando, babando, embevecido.

Anônimo disse...

E o filho nos ferrando, ferrando, ferrando. E o Milagres se locupletando, locupletando. E o Mancebo nos representando, representando. E o Guimba Guedes e prepostos so rindo só rindo... o irmão já recebeu por conta, a grana que alivia os pecados. E agora só vai abençoando abençoando... E o roncferro so amncebando amancebando...Povo Feliz!

Anônimo disse...

E enquanto isso, Mancebo abriu uma nova lavanderia, ops, digo, loteria na cidade!

Anônimo disse...

O Mão de sebo é feio.O cara esquisito. Anda de cabeça baixa. Se sente à vontade somente entre os seus pares. Mas é feio pra nurro. Parece irmão do Centavos.

Anônimo disse...

O Vincentavos toda vez que tira fotos promocionais põe a mão na barriga. Das duas uma ou tá com medo que lhe roubem a fortuna (rico sempre tem uma vasta barrigada regada a churrascos e cervejas, garotas bonitas...) ou então tá passando ml mesmo: a barringa ronca, ronca feito ferro. Na foto ele se parece sempre com um mancebo seboso.

Anônimo disse...

Escândalo 14.05.2012 14:37 A Veja quer censurar a internet A revista Veja tem medo do jogo da velha. O jogo da velha, no caso, são as hashtags, antecedidas pelo sinal #, para destacar vozes numa multidão de internautas – bobagens em alguns casos, mobilizações, em outros. Para quem diz defender com a própria vida a liberdade de expressão, é preocupante. Nas 16 páginas desperdiçadas na edição do fim-de-semana em que tenta se defender, a semanal da editora Abril deixou claro: para ela, a liberdade de expressão não é um valor absoluto. Tem dono – ela e o reduzido grupo de meios de comunicação que se auto-qualificam de “imprensa livre”. Livre de quem? No caso da Veja, certamente eles não tratavam do bicheiro Carlos Cachoeira, espécie de sócio na elaboração de pautas da publicação. Getúlio Vargas valia-se da expressão “aos amigos tudo, aos inimigos a lei”. A revista, em sua peça de realismo fantástico disfarçada de “reportagem”, a reformula: “aos amigos tudo (inclusive o direito de caluniar, manipular e distorcer), aos inimigos a censura. Ou não é isso, ao desferir um golpe contra as manifestações livres na rede e sugerir uma “governança” na internet, que os editores do semanário propõem? Eles tem urticária só de ouvir falar em um debate sobre a regulação dos meios de comunicação. Mas pimenta nos olhos dos outros… Na própria peça de defesa, Veja distorce. Não foi a revista que derrubou Fernando Collor de Melo. É uma mistificação que só a ignorância permite perpetuar. A famosa entrevista do irmão do ex-presidente não teria resultado em nada. O que derrubou Collor foi o depoimento do motorista Eriberto França, personagem descoberto pela rival IstoÉ, na ocasião dirigida por Mino Carta. Em termos de desonestidade intelectual, Veja se superou. Ao misturar aranhas, robôs e comunistas, a semanal de Roberto Civita produziu um conto de terror B. Nem se vivo fosse o falecido cineasta norte-americano Ed Wood, famoso por suas produções mambembes, toparia filmar um roteiro parecido. Além de tudo, a argumentação cheira a mofo, tem o tom dos anos da Guerra Fria. Quem tem medo de comunistas a esta altura? Nem na China. PS: a lanterna na capa do semanário mostra outra coisa: calou fundo na editora o apelido Skuromatic, a lâmpada que provoca a escuridão ao meio-dia, dado a Roberto Civita por jornalistas da antiga redação de Veja.