SÃO PAULO - Dados do IBGE mostram que a proporção de católicos no
Brasil continuou caindo entre 2000 e 2010 e que, pela primeira vez,
verificou-se também uma redução em seu número absoluto. Isso tudo era
mais ou menos esperado. A questão que intriga os especialistas é saber
se há ou não um fundo do poço, um piso abaixo do qual os católicos não
despencam.
E uma análise dos números de 2010 sugere que não. No ainda inédito artigo acadêmico "A dinâmica das filiações religiosas no Brasil entre 2000 e 2010", os demógrafos José Eustáquio Diniz Alves, Luiz Felipe
Walter Barros e Suzana Cavenaghi mostram que a população evangélica tem proporcionalmente mais mulheres e jovens, e menos idosos. Isso significa que apenas pelo efeito da inércia demográfica, ou seja, mesmo que não houvesse novas conversões, o rebanho evangélico já cresceria mais do que o católico.
Mais interessante ainda, o texto mostra que o colar da região metropolitana do Rio de Janeiro, excluída a capital, funciona como uma espécie de "eu sou você amanhã" para o Brasil. O que ocorre nessa área em termos de religião acaba se repetindo no país 20 ou 30 anos depois.
E, olhado para esse conurbado, verificamos que os católicos são só 39%, enquanto os evangélicos já chegam a 34%. Mantidas as tendências atuais, no Brasil, até 2030, os católicos serão menos de 50% e, até 2040, deverá haver empate entre as filiações de católicos e evangélicos. Detalhe importante: os católicos caem com mais rapidez onde é maior a pluralidade de denominações. Ou seja, diversidade gera diversidade.
Ao que tudo indica, o Brasil caminha para um feito relativamente raro na história das nações, que é o de mudar sua religião hegemônica. E deve fazê-lo sem derramamento de sangue ou autos de fé. Só não será uma revolução silenciosa, brincam os autores, porque evangélicos não costumam respeitar a lei do silêncio.
E uma análise dos números de 2010 sugere que não. No ainda inédito artigo acadêmico "A dinâmica das filiações religiosas no Brasil entre 2000 e 2010", os demógrafos José Eustáquio Diniz Alves, Luiz Felipe
Walter Barros e Suzana Cavenaghi mostram que a população evangélica tem proporcionalmente mais mulheres e jovens, e menos idosos. Isso significa que apenas pelo efeito da inércia demográfica, ou seja, mesmo que não houvesse novas conversões, o rebanho evangélico já cresceria mais do que o católico.
Mais interessante ainda, o texto mostra que o colar da região metropolitana do Rio de Janeiro, excluída a capital, funciona como uma espécie de "eu sou você amanhã" para o Brasil. O que ocorre nessa área em termos de religião acaba se repetindo no país 20 ou 30 anos depois.
E, olhado para esse conurbado, verificamos que os católicos são só 39%, enquanto os evangélicos já chegam a 34%. Mantidas as tendências atuais, no Brasil, até 2030, os católicos serão menos de 50% e, até 2040, deverá haver empate entre as filiações de católicos e evangélicos. Detalhe importante: os católicos caem com mais rapidez onde é maior a pluralidade de denominações. Ou seja, diversidade gera diversidade.
Ao que tudo indica, o Brasil caminha para um feito relativamente raro na história das nações, que é o de mudar sua religião hegemônica. E deve fazê-lo sem derramamento de sangue ou autos de fé. Só não será uma revolução silenciosa, brincam os autores, porque evangélicos não costumam respeitar a lei do silêncio.
Um comentário:
Interessante a postagem. Conheço um menino de poucos anos, a quem vez por outra dou uma força nos estudos. Certo dia a avó me procurou preocupada: o menino mudou de religião. Antes católico, ele agora frequentava uma religião do ramo protestante (pode-se dizer assim?). - ".. vê se pode? Fulano agora é evangélico. Você acha que isso está certo?". Bom, fui conversar com o garoto. Dentre outras coisas ele entende que o Padre não gosta dele. Só porque o trata de pestinha, capetinha rsrs Mas pior é que o guri é mesmo da pá virada. "Tudo bem, eu disse. Mas porque exatamente essa Igreja?", perguntei. E ai a resposta lógica: lá eles fazem passeios. Naquele fim de semana mesmo eles iriam acampar na Torre. "Desbravadores!" das Serras valencianas. Brincadeiras, passeios, formação de hábitos; ensinamentos morais... De outra feita, há muitos anos, a comunidade aqui do bairro conseguiu, na Jutiça, "enquadrar" uma dessas novas denominações evangélicas que, para fazer o seu culto, lançava mão de uma barulhada tremenda. Enloquecia a todos. Os vizinhos e os mais distantes. Pude estar presente na reunião de conciliação. A comunidade venceu. E, uma vez que o culto já não podia mais ser tão exageradamente barulhento, ela foi cantar em outro lugar. A tantas, terminada a audiência, o Juiz que a presidiu fez alguns comentários do tipo: porque será que essas novas denominações estão surgindo assim com tanta força? Esquecendo de onde estava, levantei o braço pedindo a palavra e lasquei essa: " - Querido, acho que posso responder!". Mesmo o digitador levantou os olhos. Dei furo, saquei logo. Pedi desculpas mas insisti em apresentar a minha versão, no que fui consentida. E ai viajei: disse que um diferencial importante nessas novas denominações é a disponibilidade para tornar missionário qualquer um de seus membros, sem que isso implique maiores estudos canônicos. É bater em alguns trechos específicos da Biblia e tá dentro. Ademais, não há segregação de membros. Todos tem uma função. Oram e são acolhidos em suas "necessidades". Bom, àquela altura do discurso todos já haviam saído do recinto, praticamente. Só ficou o pessoal da comunidade. Hoje, olho pro passado e vejo que já me meti em cada rolo. Rio de mim mesmo e vejo que já me meti foi em rolo. Disse ao menino que ele prosseguisse na Igreja de sua escolha. Eu a conheço. Conheço alguns de seus membros. Sei que possuem obras sociais com responsabilidade. Apenas que tomasse cuidado e evitasse de acreditar em coisas tipo céu e inferno; pecado; castigo... Não vejo a hora de um dia a Educação despertar e começar a ensinar verdadeiramente Filosofia para as crianças. Filosofia e Religião são coisas que não se dão bem. Digo isso porque a lavagem cerebral por vezes é muito violenta em algumas dessas novas denominações. Quando o Dr. foi prefeito, logo no começo do mandato, alguma coisa houve com a água que estava sendo consumida e, aumentou consideravelmente os casos de hepatite na cidade. Sabotagem, foi a principal suspeita. Comentando o caso numa roda da vizinhança, uma pessoa evangélica de uma dessas inúmeras novas denominações disparou que isso era castigo divino - "era o mijo do diabo esparramado pelo mundo". Penso que é isso. Às novas denominações que estão surgindo não interessa filofar. Essa é uma responsabilidade a ser colocada nas costas dos educadores. E a ICAP vai se extinguir aos poucos, pelo menos enquanto rpoibir padres de se casarem. De serem minimamante homens normais.
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