Mais uma vez falarei sobre a Palestina. Sobre o massacre que ocorre por lá. Desta vez, contudo, falarei dos meus sentimentos sobre este acontecimento. Mais especificamente, daquilo que me entristeceu mais nisso tudo (além do massacre em si, claro).
Após ler uma declaração do líder do Hamas ao mundo, tive uma grande tristeza. Fiquei triste porque percebi que tudo que ele dizia era a mais pura verdade. Imagine, para mim que sempre considerei o Hamas um grupo de fanáticos religiosos que estão fechados no seu mundinho de ódio, ter que reconhecer que eles dizem a verdade. Mais ainda, ter que reconhecer que só eles disseram a verdade até agora.
O ocidente todo, representado pelos seus chefes de Estado, não disse ainda nada de verdadeiro. Este ocidente livre, laico, intelectual, prudente e sensato, não disse nada de verdadeiro. Só falsidade - quando não se calou covardemente. É, é muito duro reconhecer que a verdade não veio do ocidente laico e livre, mas do "pior" do oriente, do Hamas. Isso me entristeceu muito.
Mas nada nestes fatos me entristeceu mais do que me pegar desejando que houvesse mais vítimas do lado de Israel. Sim, confesso, cheguei a desejar isso. Num momento pensei que esse massacre só poderia ser parado caso houvesse um grande número de vítimas em Israel e, com isso, estabelecesse por parte da população judia uma pressão por um cessar-fogo (como no Líbano dois anos atrás). Confesso, cheguei a pensar nisso. E me entristeci muito por isso. Pois isso me fez perceber que este massacre me desumanizou. Mas qual massacre não desumaniza, não é?
Bem, que Ala me perdoe por isso.
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