BRASÍLIA - Um estudo sobre assassinatos de jovens de 12 a 18 anos - com base em projeções feitas a partir de 2006 - indica que 33.404 jovens nessa faixa etária serão mortos até o fim de 2012 nas 267 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes.
Os homicídios foram responsáveis por 46% das mortes entre adolescentes (12 a 18) registradas em 2006. As armas de fogo são o principal instrumento para matar e os autores do estudo reforçam a necessidade de controle deste tipo de armamento.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Laboratório de Análise da Violência da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), em parceria com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), Observatório de Favelas e Secretaria Especial de Direitos Humanos.
Entre as causas dos homicídios, a subsecretária de Promoção dos Diretos da Criança e dos Adolescentes, Carmen Oliveira, cita os problemas associados ao consumo de drogas, dívidas com traficantes, conflitos envolvendo meninas vítima de exploração sexual e brigas de gangues.
O estudo calcula o chamado índice de homicídios na adolescência, que registra o número de assassinatos para cada grupo de mil jovens de 12 a 18 anos. Com base no índice, o estudo faz uma projeção dos assassinatos contra jovens de 2006 a 2012, somando por base os dados coletados em 2006. Segundo os autores do estudo, o índice deveria ser inferior a um. Na média, dos 267 municípios analisados, o índice ficou em 2,03. Já nas capitais subiu para 4,16.
Três cidades do RJ entre as 5 com maior índice
O município de Foz do Iguaçu (PR) tem o índice mais alto, com taxa de homicídio de 9,7 em 2006, o que representaria o assassinato de 446 jovens na cidade - de 12 aos 18 anos - no período de 2006 a 2012. Governador Valadares (MG) vem logo atrás com índice de 8,5, seguido de Cariacica (ES) com 7,3.
Três municípios fluminenses estão entre as cinco cidades com o mais alto índice de homicídio de adolescentes: Duque de Caxias, Itaboraí e Cabo Frio.
Segundo o estudo, o risco de ser assassinato por arma de fogo é 3, 29 maior do que por outros meios. No Rio de Janeiro, essa taxa é quase o dobro: o risco de assassinato por arma é 6,2 vezes maior.
Negro tem 2,6 vezes mais risco de ser assassinado que branco
O estudo mostra também que o risco de ser assassinado não é o mesmo para toda população jovem. Rapazes têm risco 11,91 vezes maior de serem mostos do que moças. E negros têm risco 2,6 vezes maior do que brancos.
Trechos extraídos do sítio do jornal O Globo. Para ver a matéria completa, clique AQUI
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