* Artigo publicado no Jornal Local de 20/5/10
Esta é uma semana decisiva pra Valença. Provavelmente quando a edição do Local chegar às bancas, a gente já vai saber se o prefeito foi cassado, se ficou no cargo, se pediu para sair ou ainda se o vereador-pistoleiro continua na tranca. Casos emblemáticos daquilo que se tornou a nossa outrora Princesinha da Serra, hoje mais pra Tô Ficando Atoladinha da Serra.
Aqui em Valença, assim como em outros lugares, a população infelizmente encarnou aquela perigosa “fé supersticiosa no Estado”, ou seja, acreditamos que basta elevar um iluminado ao poder (Lula), ou então um(a) gerentão tocador(a) de obras (Serra, Dilma, Vicente...), para que nossos problemas se resolvam como num passe de mágica. Ora, a estrada vai além do que se vê! A própria existência do Estado é a prova do estado de falência humana em gerir nossos destinos de maneira plena e autônoma. Em que pese todas as exigências e complexidade da sociedade pós-moderna, com os ditames líquidos de sua constituição, o Estado Governamental baseado “apenas” no sufrágio universal (voto) nunca vai tirar das mãos dos mesmos o monopólio do poder econômico, cultural e político. É necessário um mergulho profundo nos movimentos da sociedade, organizados ou não. É urgente a construção de espaços de democracia direta pela destruição dos modelos atrasados e conservadores de fazer política. Ou então ficaremos a mercê dos “homens de preto”, como vem acontecendo hoje no Brasil (e em Valença). A judicialização da política é um fenômeno perigoso, as cortes são compostas por homens de carne e osso, suscetíveis a erros, assim como os eleitores. E, além disso, não é a toa que a gente escuta por aí aquele famoso dito popular sobre cabeça de juiz.
Para que Valença não acabe se tornando uma cidade tragédia, sem valor e sem identidade, uma espécie de Japerí sem trem (com todo respeito às pessoas que vivem lá), nós temos a obrigação de encontrar soluções positivas pro nosso município. A primeira seria expulsar da vida pública todos os políticos corruptos, pilantras e transgressores da lei, e isto a Câmara de Valença já poderia fazer, abrindo processo por quebra de decoro contra parlamentar que fica dando “tiro a esmo pela cidade”. Outra solução é a reengenharia da administração pública, uma reforma do estado municipal que contemple de fato, e não apenas no discurso eleitoral, a participação cidadã, a democracia direta, a transparência contábil, o desenvolvimento sustentável, a responsabilidade social das grandes fortunas... Parece difícil, e é, por isso, lutemos, mãos às obras!
9 comentários:
Samir e Jornal Local 2010 tudo a ver!!!
Anonimo,
teu comentário significa o que? (crítica/elogio)??
E sobre a reforma do estado municipal, o q vc acha? é possível??
Samir e seus interesses politiqueiros! Ah, e essa coluna será semanal????????? Querendo se tornar mais conhecido meu bem???? Mais fácil com uma a melancia.....
Tsc, tsc tsc,
Tem gente que se preocupa demais comigo. Também, quem mandou eu nascer bonito e simpático?!??
Agora, falar sobre o conteúdo ninguém se atreve, né?
E sobre a reforma do estado municipal, o q vc acha? é possível?? E a cassação do vereador pistoleiro? E a judicialização da política??
É VERDADE SAMYIR, PQ VC NÃO ASSUME QUE TEM INTERESSES POLITICOS? NÃO SERIA FEIO OU IMORAL, MAS SE TEM, ASSUMA-O! E QUANTO AOS TEMAS DE SUA COLUNA, FIQUE TRANQUILO QUE VOU ESCREVER SOBRE OS REFERIDOS PONTOS, MAS AGORA, NESTE MOMENTO, EU ESTOU VENDO O MENGUINHO SER ELIMINADO.
AMANHÃ ESCREVEREI.
CORDIAMNETE, SEGUIDORES DA CRUZ DE MALTA, OU MACHÃO DA GAMA, OU GIGANTE DA COLINA!
Ué, e que horas eu não assumi meus "interesses políticos"??
Aliás, o pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas...
Sempre vale a pena tentar. Não temos tempo a perder (exceto o anônimo que só sabe criticar). E como lutar? E acreditar...
Anônimo 1 disse: Elogios, Samir, Elogios. Gosto de você muito. Não sei se é bonito como se acha, mas é corajoso o suficiente para não ficar escondido atrás de ideologias burras que mais protegem do que produzem transformações.
Caraca: e o naldo? Morreu? faliu? Que fim levô?
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