Por um VQ colaborativo
O Valença em Questão chega a sua 40ª edição na busca por mais um
desafio: ampliar a sua rede de colaboradores. Para isso, estamos realizando encontros,
sempre no dia do lançamento da edição. Além de bate papo, debate sobre o
conteúdo e propostas de pautas para as próximas edições, temos apresentações
culturais. Uma das parcerias é com o coletivo de poetas que realiza o Sarau Solidões
Coletivas. Os microfones também estão abertos a músicos e quem mais quiser passar
o seu recado. Este próximo encontro será no Espaço Open Bar, no Benfica, em
frente à Delegacia Legal, a partir das 17 horas, e estão todos convidados.
Mais do que discutir o conteúdo do VQ, temos a expectativa de que
desses encontros possam surgir novas ideias e parcerias para a construção da
cidade que queremos. Um exemplo promissor de que encontros dessa natureza podem
gerar bons frutos é a própria entrevista desta edição. Para além do diálogo que
está sintetizado em nossas páginas, não foram poucas as ideias de atividades possíveis
em parceria com o Centro de Educação Musical Cata Vento. Tudo ainda no campo
das ideias, mas com força para sair do papel.
Além da entrevista com Rafael Motta, idealizador do Cata Vento, esta
edição dispensa uma página à reflexão sobre a importância das cotas raciais em
universidades brasileiras. Recentemente consideradas constitucionais pelo STF, a
jornalista Letícia Serafim discorre sobre a necessidade de reparação do déficit
histórico com a população negra no sistema de ensino brasileiro.
Outro ponto que dedicamos espaço é a questão do estacionamento rotativo
em Valença, mais especificamente sobre a transparência de sua instalação, que gerou
uma pequena polêmica no Facebook. Tentamos por mais de 20 dias respostas da Prefeitura de Valença,
mas ainda não foi dessa vez que tivemos nossas dúvidas dirimidas (as respostas
enviadas pela PMV em nada esclareceram os questionamentos). Continuamos a
esperar respostas consistentes, pois é preciso uma maior transparência e
agilidade da prefeitura em atender os cidadãos e na divulgação de informações de
interesse público.
Valença parece seguir na contramão da história. Enquanto na última
semana entrou em vigor a lei que regulamenta o direito de todo cidadão ter
acesso a informações públicas no Brasil, Valença ainda não se mostra preparada
para esse tipo de atitude. Com essa nova lei, um cidadão comum poderá solicitar
informações sobre despesas com obras, compras, salários e contratos, dentre
outras coisas.
Como desde a última quarta-feira (16/05) é lei, Valença será obrigada a
se enquadrar. Pelo menos assim esperamos. Um exemplo do que a falta de
transparência é capaz está na resenha desta edição, de “A Privataria Tucana”.
Segundo Eduardo Monteiro, autor da resenha, a obra nos obriga a questionar a
passividade do cidadão em relação ao sistema político. Essa nova lei e uma
participação mais consistente da sociedade podem ser capazes de grandes
transformações? Nosso papel é continuar tentando.
Fechando a edição, nossa última página traz na seção Navegando a
indicação de um blog que disponibiliza filmes, a poesia de Juliana Guida Maia e
uma tirinha dos “Quadrinhos dos anos
10”, de André Dahmer. E a capa da edição é ilustrada pelo companheiro de
lutas Carlos Latuff.
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