Bom resultado na última eleição faz campanhas desenvolverem estratégias específicas para redes
Bruno Góes
Os candidatos à prefeitura do
Rio sabem que a campanha nas redes sociais é importante para um bom
resultado nas urnas. Se no pleito anterior as ferramentas ajudaram a
catapultar candidaturas, como a de Marina Silva (PV), este ano a
expectativa é ainda maior. Muitos cariocas começam a transformar o
Facebook em uma arena de debate político, com discussões e debates sobre
o futuro da cidade.
A candidatura do prefeito
Eduardo Paes (PMDB) à reeleição, que pretende gastar até R$ 25 milhões,
não quis dar detalhes da estrutura que está montando para esta área.
Entretanto, representantes de outras campanhas, que possuem menos
recursos, falaram sobre o tema.
O deputado estadual Marcelo
Freixo (PSOL), candidato com maior penetração nas redes sociais até
agora, conta com a ajuda do produtor e empresário do Teatro Mágico,
Gustavo Anitelli, de 29 anos. Ele tem a experiência de ter montado a
estratégia de sucesso do grupo musical na web, e se prontificou a
contribuir nestas eleições.
- Vamos trabalhar em três eixos:
monitoramento, articulação e produção de conteúdo. Mas o que nós temos
que trabalhar mais é na articulação, para que a campanha tenha sucesso -
diz ele. Uma das ações mais recentes de simpatizantes da candidatura
foi acrescentar "Freixo" ao sobrenome dos seus perfis no Facebook.
A candidatura de Rodrigo Maia
(DEM) conta com o movimento #rioestamosdeolho, ação de fiscalização dos
problemas da cidade por meio das redes sociais. Antes de começar a
campanha, no entanto, um tropeço: para divulgar a iniciativa na TV, o
DEM forjou perfis no Facebook. Fotos de pessoas retiradas de sites
estrangeiros foram atribuídas a cariocas que criticavam o trabalho da
prefeitura. Rodrigo Maia disse não saber se as fotos eram de outras
pessoas, pois tratava-se de "uma questão técnica", e justificou a
construção dos perfis como uma possibilidade de proteger a identidade de
servidores.
O coordenador da campanha de
Aspásia, Paulo Senra, tem por enquanto apenas três pessoas na equipe
para cuidar das redes sociais, mas pretende usar a força dos militantes
do PV na rede e o aprendizado adquirido na campanha de Fernando Gabeira
em 2008 para surpreender.
Já a candidatura de Otávio Leite
(PSDB) terá uma equipe de até 15 pessoas trabalhando nas redes sociais.
A equipe está focada na divulgação do dia a dia do candidato e de sua
biografia nas redes sociais. Segundo o coordenador de mídias sociais
Júlio Uchôa, a página do tucano no Facebook ganha a adesão de mais de
300 pessoas por dia.
-Vamos tentar aumentar
espontaneamente o número de pessoas no Facebook para poder espalhar a
candidatura, dar visibilidade ao Otávio - disse Júlio Uchôa.
FONTE: O GLOBO
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