Hoje vai ter uma festa... bolo e guaraná, muito doce pra você! Foi dada a largada pra grande festa da democracia brasileira. Bolo, guaraná, churrasco, cerveja, cesta básica, promessa de emprego, saúde e educação... lá vem a eleição! Quem será o timoneiro que vai tirar a Nau Valenciana de águas tão tormentosas?
Capitaneando as esperanças do nosso povo, uma dúzia de corajosos(as) apresentou-se de imediato. PRB, PSOL, PR, PP, PSDB e PSD são as partes que vão pra disputa do voto em Outubro (se bem que na tenda espírita do Pai Samironga, uma entidade já manifestou a certeza de que até lá, depois de muito xingamento e ofensa mútua, alguns destes desistem e se abraçam no palanque do Jardim de Cima).
A semana das convenções partidárias começou com a expectativa do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do estelionato eleitoral que acometeu Valença nos últimos quatro anos. Nunca na história desta cidade tantas pessoas “de bens” foram arregimentadas e acreditaram no “novo” que vinha do município vizinho. Como só os profetas enxergam o óbvio, não percebemos que o novo vinha mais mofado que pão bolorento (assim como não enxergamos a quem preferencialmente serve a Justiça e seus Tribunais numa sociedade de classes).
Logo nos três primeiros meses da “novidade”, o estelionato deu as caras no caso emblemático da CEDAE, no aniquilamento dos conselhos independentes, como Conselho da Cidade, e o Plano Diretor do Município ser rasgado, com a conivência da indefectível Câmara de Vereadores de Valença. O que sucedeu depois daí foi uma ópera-bufa de atores despreparados e seus atos tragicômicos: a demolição do Parque de Exposições, a tragédia do Teatro(?) Rosinha, o fundo sem fundo (PREVI-Valença), a fábrica que não fabrica (Metalúrgica) o caos na Saúde, a farra dos cargos comissionados, a doação de terras e estruturas, os recursos em Brasília, as placas de propaganda enfeiando a cidade e aquilo que na minha torpe opinião só serviu até agora pra acabar com o bom hábito que o povo dessa terra tinha de respeitar a faixa de pedestre: o semáforo da Rua dos Mineiros.
Graças a Nossa Senhora da Glória que rei morto, rei posto. Temos novamente chance de eleger os caciques que vão tomar conta da nossa aldeia nos próximos quatro anos. Nossa história já foi pior, em épocas que o comando vinha de coronéis (ou de General). A turma da longínqua década de 1970 deu sangue, suor e lágrimas para que o brasileiro esperto pudesse eleger próceres como Fernando Collor, José Sarney, Renan Calheiros, Moreira Franco, Garotinho, Sérgio Cabral... enfim, viva a democracia!
Quem acompanha este escritor esta mais careca do que ele em saber quais são as soluções possíveis para o desenvolvimento humano e social de Valença: democracia participativa, sociedade organizada e autônoma, imprensa livre, investimento na educação e seus profissionais, fim da farra dos cargos comissionados, não andar com Sérgio Cabral, Pezão, Delta Construtora e caterva, reforma urbana, Plano Diretor, patrimônio cultural material e imaterial, lisura, transparência e o mais importante que é não fazer na vida pública (e na urna) o que se faz na privada.
Agora é torcer para que emoções mais positivas surjam nesta tragédia grega que se tornou a vida política em nossa cidade. Aguardemos cenas dos próximos capítulos...
(Coluna "Observatório", publicada no Jornal Local de 12/7/12)
7 comentários:
Acho graça de gente que julga antes mesmo da justiça ter julgado. Sérgio Cabral não foi condenado, nem se quer foi convocado. Está mais do que provado que não tem nada contra ele. Tudo que ele tem feito isso ninguém fala, as pessoas sempre preferem falar mal.
Sasá, vc seria o Dengue ou a dengue?
o engraçado é que o anônimo aí de cima começa o seu comentário questionando o fato de que as pessoas julgam (condenam) antes do julgamento oficial e termina fazendo um julgamento definitivo, sem ao menos ter sido feito qualquer investigação sobre situações, no mínimo, estranhas a um administrador público. Da mesma forma que não se pode condenar sem investigação, jamais pode-se inocentar sem uma investigação. O ponto central é este, por que o governador tem medo de uma investigação?
Quem e o candidato do PR?
Fábio Ramos. O escudo do Felipe Camelô para ver se consegue uma vaga na camara de sucesso. O Fábio coitado, tá vendido nessa.
O "negócio" do Felipe Camelo é falar do Garotinho e levar uma prata. Fábio Ramos vai a reboque, mas a prata maior é do Felipe. Garotinho e Rosinha não tem problemas de distribuição da grana, pois acumularam bastante. Agora, é admirável a cara de pau dos dois ou dos quatro, ou dos cinco se colocarmos a Clarissa Garotinho.
Olho pro Felipe. Ele não é cara do Felipe? O outro?
Postar um comentário