sexta-feira, 19 de outubro de 2012

VQ // 45 // Editorial

O lançamento da edição será neste sábado, dia 20 de outubro, no Costelão, a partir das 18:30h. Estão todos convidados


Mais uma eleição, mais indefinição na política valenciana

A disputa pela prefeitura de Valença, diferente da maioria do país, não acaba com as eleições. É preciso ainda esperar o julgamento do TSE para definir o novo prefeito
 
Contar para os amigos de fora de Valença os últimos acontecimentos da nossa cidade chega a parecer piada de tão inacreditável. Em quatro anos, tivemos quatro eleições municipais, duas delas canceladas antes mesmo da votação. Agora, mesmo com a eleição terminada, o candidato com o maior número de votos não foi eleito. Mas Fernandinho Graça, o segundo colocado – considerado eleito pela Justiça Eleitoral – também precisa esperar o resultado do processo contra Álvaro Cabral ser julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ter certeza de que será o novo prefeito. Isso porque tivemos o prefeito atual – Vicente Guedes – cassado e depois de volta ao cargo. Além de parecer piada é confusa a história toda.

Nessas eleições, mais uma vez o que vimos foi a preocupação em atacar os outros candidatos, em detrimento à discussão de  projetos para Valença. Não é à toa que o eleitorado valenciano está desgastado. Foram quase 20% de abstenções, um número significativo. Paulo Roberto Leal, na análise que fez do processo eleitoral em Valença, indica que o problema não é o contraditório. Ao contrário, o debate e as discussões são bem vindos e necessários. O que não é aceitável é o nível de incivilidade, pontua Paulo Roberto. Como ele diz, o que a população valenciana quer é muito pouco, é apenas uma definição da justiça. Os últimos quatro anos de indefinição desgastaram a população.

Dando continuidade à memória de nossa cidade – que começou por aqui na edição 43 (agosto) do VQ –, Marilda Vivas, filha de operários, conta um pouco de sua história e das fábricas de Valença, com enfoque nas creches criadas para os filhos das operárias (Marilda foi uma dessas crianças). Mas mais do que contar sua história, Marilda contextualiza esse momento com a história do nosso país e da nossa cidade. As memórias de sua infância nos fazem refletir sobre as condições trabalhistas. Vale ressaltar que a ilustração do artigo é de João Paulo Maia.

Complementando a edição, trazemos uma pequena entrevista com Igor Almeida, vocalista da banda O Celeiro das Rochas, que fará uma apresentação inovadora no dia 10 de novembro, no Cine Glória. Além do show dentro de um cinema, ele conta um pouco da história da banda. Falando em música, o vocalista da banda The Black Bullets assina um texto em que se mostra apaixonado pelo que faz. João Júnior diz que nada é mais fiel a nossa companhia do que a música que a gente gosta.

Na nossa última página, a seção Navegando traz a dica de um site que mistura futebol, política e cerveja. A tendência é agradar a gregos e troianos. Na seção de poesia, apresentamos o poeta Sérgio Vaz, fundador da Cooperifa, na periferia de São Paulo, e complementamos com os Quadrinhos dos anos 10, de André Dahmer.

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