Neste artigo você vai saber:
Valença é ultrapassada por Rio das Flores no quesito educação.
Problema atual: os alunos passam de ano, mas não aprendem os conteúdos.
Quantas vezes não ouvimos que a mãe do nosso aluno já perdeu o controle sobre o mesmo?
O que fazer com os alunos bagunceiros?
Proposta: a criação do sistema de bolsas de iniciação científica junior.
O último resultado do Ideb (índice de desenvolvimento da educação básica) demonstrou que o Estado do Rio de Janeiro ocupa a penúltima posição. Em nosso município, a situação não é nada animadora. Fomos ultrapassados por Rio das Flores no Ideb! Tanto o contexto estadual como o municipal trazem a seguinte questão: Por que a qualidade da educação não melhora?
Ora, esta questão é muito fácil! A educação está assim porque os alunos não querem nada.
Nós professores, geralmente, temos uma visão muito negativa dos nossos alunos. Para mudarmos a educação é preciso pensarmos em dois eixos fundamentais: o aluno e o professor
Xiiiiiii, lá vem historinha dos Power rangers: Juntos somos fortes.........
A nossa política educacional hoje não atende os dois tipos básicos de alunos que encontramos: o aluno bagunceiro, muita vezes denominado “flagelo de Deus” e nem aquele aluno que percebemos possuir um certo talento. Hoje a escola e o poderes (municipais, estaduais e o federal) apenas se preocupam com a nota do estudante. Hoje os professores sofrem pressões para “dar nota” para seus alunos. O resultado desta política é desanimador: alunos com boas notas, mas que não assimilam os conteúdos.
Fala mais do aluno bagunceiro! Não sei mais o que fazer com eles!
O aluno bagunceiro, muita vezes, é fruto de uma desestruturação familiar. Quantas vezes não ouvimos que a mãe do nosso aluno já perdeu o controle sobre o mesmo? Ele não traz para a escola os valores como respeito ao próximo, cuidar daquilo que é de todos. A bagunça é potencializada pela situação de vulnerabilidade social. Não existe uma política educacional para integrar os alunos mais pobres ao cotidiano escolar.
É possível mudar? Gostaria de ver meus alunos humildes se formando em Universidades públicas.
Como estamos avaliando a situação do aluno bagunceiro oriundo de uma família pobre e desestruturada, um possível caminho é despertar a curiosidade do discente para algum tipo de saber. Aqui entra a necessidade de uma política educacional que comece a mudar o conceito de aula. Colocar 20 alunos sentados numa sala ouvindo e escrevendo o que professor fala não é nada estimulante. Devemos despertar o aluno para o teatro, a ciência, a poesia, a música. O aluno dever ter uma participação ativa no processo do conhecimento.
Xiiiiii, o cara saiu dos Power rangers e vai cair na Pedagogia. Está tudo muito bonito. Mas, essa história de “despertar” como funciona? Nós professores vamos ter que esperar a luz acender na cabeça deles?
Não é assim. É possível que os professores acelerem a descoberta de aptidões através do sistema de bolsas de iniciação científica júnior.
O que é isso?
A iniciação científica júnior é uma bolsa que visa iniciar os alunos com a pesquisa científica. O professor da rede seria o responsável, mediante concurso interno, pela distribuição de bolsas de iniciação científica para seus alunos. O aluno selecionado desenvolveria, junto ao professor, uma pesquisa relacionada à disciplina do professor. O discente ganharia uma remuneração em dinheiro e participaria de congressos científicos em nosso município, estado e país.
Não entendi. O que a bolsa de iniciação científica me ajudaria com meus alunos?
Existe a possibilidade que a bolsa de iniciação científica crie um círculo virtuoso: os alunos se esforçariam para ter a bolsa e, conseqüentemente, o dinheiro no bolso. A bolsa é o estopim para a descoberta de novos talentos.
E os professores. Eles seriam obrigados a participar do programa?
Os professores fariam concurso interno para as bolsas. Os professores-bolsistas ganhariam adicional ao seu salário e teriam a sua carga horária diminuída.
8 comentários:
Belo artigo..realidade nua e crua.
Passar de ano e não assimilar conteúdo é nossa triste verdade. Aprende-se a ler, porém não se aprende a interpretar, exemplo mais gritante, pois quem não interpreta...na verdade não sabe ler.
Grande incoerência, pois o advento da internet democratizou o ensino (para quem tem estímulo e sabe navegar com propósito e discernimento)
Mundialmente o ensino não é mais verticalizado. O paradigma citado, do professor falando para 20 alunos, além de desistimulante é ultrapassado, pois o conhecimento atual vem de todos os lados, pelas beiradas, de fora para dentro...e não mais em sentido vertical, fortalecendo o vínculo entre aluno e professor.
O aluno bagunceiro (em excesso) na verdade esta pedindo SOCORRO, ATENÇÃO, diante da desestrutura familiar, que infelizmente aumenta a olhos vistos.
Despertar os alunos é a solução. Eles tem o direito de saber que o mundo tem coisas boas, gente que faz, respeito, boa música, bons livros, enfim... PRECISAM SABER QUE PODEM E DEVEM TER SUCESSO NA VIDA...nem tudo esta perdido.
Portanto....PARABÉNS.... levemos adiante a idéia da BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA JÚNIOR. VAMOS DIVULGAR.
ESTÍMULO CULTURAL (NO SENTIDO LATO) E FINANCEIRO (FUNDAMENTAL) !!!!
Uma pergunta que não quer calar! Quem foi o prefeito de Rio das Flores nos últimos 8 anos?
Esse candidato do psol terá quantos votos? 5 mil?
Prefiro o programa do Serra./Duas professoras em sala de aula!
Estou sentindo falta de uma analise politica do Samir Resende sobre a conjuntura politica hoje em valença para a proxima eleição municipal. E dentro desse contexto essa briga de egos que ocorre dentro do psol.
Saudações
essa é a candidatura popular, por uma educação digna para os trabalhadores de Valença. Vamos Chico! Luiz
Caros eleitores valencianos,
Do que adianta meia dúzia de intelectualoides de esquerda querendo romper com essa política arcaica desenvolvida em valença (um bolo de 15 anos X os votos da família) se a grande massa da popupulação clama por este tipo de política? A voz do povo, é a voz de Deus! "Quinhentu réis" para todos!
Excelente texto! Só nos mostra que é possível pensar diferente, agir diferente. Parabéns para o VQ. Por uma outra EDUCAÇÃO!
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