terça-feira, 9 de novembro de 2010

Justiça Federal do Ceará suspende divulgação do gabarito do Enem 2010

Retirado do site do Jornal O Globo

Autores da matéria: Leonardo Gazes e Rodrigo Gomes.

RIO - A divulgação do gabarito do Enem 2010 foi suspensa, nesta terça-feira (9), por determinação da Justiça Federal do Ceará, por meio da juíza da 7º Vara Federal, Karla de Almeida Miranda Maia. Segundo a juíza, a liminar que suspendeu o exame em todo país, nesta segunda-feira (8) também proibia a divulgação do gabarito da prova. De acordo com cronograma que havia sido divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), as respostas da avaliação seriam divulgadas nesta tarde. A Advocacia-Geral da União informou que irá recorrer contra a suspensão do Enem até a próxima segunda-feira

De acordo com a decisão da juíza, também estão suspensos os pedidos de correção invertida, que teria início via internet a partir desta quarta, para alunos prejudicados pelo cabeçalho invertido do cartão de respostas da prova de sábado. A correção e as análises dos cartões de respostas de candidatos de todo o país também estão sob embargo.

(Leia mais: Tema da redação teria vazado antes da prova)

A determinação da Justiça pela suspensão do exame partiu da ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal no Ceará, quando o procurador da República Oscar Costa Filho questionou a segurança do Enem.

Erros no Enem

O Enem 2010 foi aplicado neste fim de semana, em todo o país. No sábado (6), estudantes reclamaram de erros na impressão da folha de respostas e da prova amarela. O MEC já admitiu as falhas.

O ministério informou que vai abrir uma página na internet, na quarta-feira (10), para receber reclamações de estudantes prejudicados com o problema da folha de respostas. No gabarito, houve uma troca nos nomes das áreas de conhecimento e alguns alunos alegam que seguiram os enunciados e preencheram as respostas de forma errada. De acordo com o MEC, os inscritos poderão pedir a correção invertida da prova.

Em relação à prova amarela, a estimativa é que cerca de 2 mil estudantes fizeram a prova que apresentava questões repetidas, sequência numérica errada e até algumas questões de um outro modelo aplicado, a prova branca. O ministério havia informado que avaliava a possibilidade de realizar um novo exame para esse grupo de alunos. (Veja também: Haddad nega que Inep tenha falhado no Enem)

A juíza Karla de Almeida Miranda Maia, entretanto, entendeu que a nova prova pode beneficiar alguns estudantes. "A disponibilização de requerimento àqueles estudantes prejudicados pela prova correspondente ao caderno amarelo, e a intenção de realizar provas apenas para os que reclamarem administrativamente não resolve o problema. Novas provas poriam em desigualdade todos os candidatos remanescentes. Do mesmo modo, novas provas não solucionaram o problema da segurança na aplicação do exame", diz trecho da liminar.

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