Madrugada do dia 06 de Abril de 2010.
- 10 horas de trânsito
- Mais de 200 mortos
- 5° enchente mais fatal do mundo
Foi uma das situações mais impressionantes que já passamos. Nada tão radical, tão estranho e chocante. Tínhamos a idéia de navegar com nosso bote pela cidade, no meio da enchente, para saber na REALIDADE como era estar em primeira pessoa numa enchente dessas.
Mas o que era pra ser uma mera intervenção, se transformou num caos.
Descobrimos que, por flutuarmos com um bote, estávamos em terra de cegos! Logo, muita revolta e aplausos soaram quando estávamos filmando. A população quis se manifestar e recolhemos os depoimentos mais intensos possíveis. Tudo corria num ritmo estranho até chegarmos a Praça da Bandeira(meca do alagamento), de cara sofremos censura de um policial militar que nos chamou de "palhaços", não que não sejamos, mas ele quis, aos berros, nos fazer parar de filmar. Conseguiu nos assustar por pouco tempo, e mais alguns metros a frente encontramos mais de 7 pessoas em situações críticas, principalmente dois idosos em estado lamentável. Foi assim, que largamos a câmera, o show, a intenvenção, o idealismo, para começar a resgatar essas pessoas. Foda-se esse lance de herói. Tem horas que você faz coisas por reflexo e não por que se acha capaz.
Desde já queremos dizer que NEM TUDO que é dito pelas pessoas aqui reflete o pensamento do Rizoma, e talvez nem o pensamento de quem falou. Porque a questão aqui não é refletir pensamentos e sim emoções, de quem estava no meio de uma situação extrema e fatal, para muitos. Vocês vão ver muitos palavrões e ofensas, mas certamente isso não é nada perto de mais de 100 pessoas mortas, se isso representa um manifesto humano. Primeiramente íamos colocar a famosa censura ao palavreado chulo, mas seria hipócrita em uma situação como essa, todo mundo sabe o que se diz, mas quer esconder e esse "documentarismo-radical" não vem pra esconder e sim pra revelar. Tragédia, emoção e limite emocional.
Tínhamos entusiasmo, um bote e uma corda.
Retirado do sítio do Grupo Rizoma
- 10 horas de trânsito
- Mais de 200 mortos
- 5° enchente mais fatal do mundo
Foi uma das situações mais impressionantes que já passamos. Nada tão radical, tão estranho e chocante. Tínhamos a idéia de navegar com nosso bote pela cidade, no meio da enchente, para saber na REALIDADE como era estar em primeira pessoa numa enchente dessas.
Mas o que era pra ser uma mera intervenção, se transformou num caos.
Descobrimos que, por flutuarmos com um bote, estávamos em terra de cegos! Logo, muita revolta e aplausos soaram quando estávamos filmando. A população quis se manifestar e recolhemos os depoimentos mais intensos possíveis. Tudo corria num ritmo estranho até chegarmos a Praça da Bandeira(meca do alagamento), de cara sofremos censura de um policial militar que nos chamou de "palhaços", não que não sejamos, mas ele quis, aos berros, nos fazer parar de filmar. Conseguiu nos assustar por pouco tempo, e mais alguns metros a frente encontramos mais de 7 pessoas em situações críticas, principalmente dois idosos em estado lamentável. Foi assim, que largamos a câmera, o show, a intenvenção, o idealismo, para começar a resgatar essas pessoas. Foda-se esse lance de herói. Tem horas que você faz coisas por reflexo e não por que se acha capaz.
Desde já queremos dizer que NEM TUDO que é dito pelas pessoas aqui reflete o pensamento do Rizoma, e talvez nem o pensamento de quem falou. Porque a questão aqui não é refletir pensamentos e sim emoções, de quem estava no meio de uma situação extrema e fatal, para muitos. Vocês vão ver muitos palavrões e ofensas, mas certamente isso não é nada perto de mais de 100 pessoas mortas, se isso representa um manifesto humano. Primeiramente íamos colocar a famosa censura ao palavreado chulo, mas seria hipócrita em uma situação como essa, todo mundo sabe o que se diz, mas quer esconder e esse "documentarismo-radical" não vem pra esconder e sim pra revelar. Tragédia, emoção e limite emocional.
Tínhamos entusiasmo, um bote e uma corda.
Retirado do sítio do Grupo Rizoma
Nenhum comentário:
Postar um comentário