No editorial da última edição do jornal Local (de 27/10/2011), eles fazem referências a críticas que o jornal tem recebido. Por não acompanhar o cotidiano de Valença, não identifico os autores, apenas que são “da oposição”. Mas talvez não por acaso, elas também reverberaram nos comentários aqui no blog. Por aqui acusam o jornal de ser “vendido” para os anunciantes – em especial para a prefeitura, que compra pelo menos uma página por edição para incluir informes publicitários (embora o anúncio não venha explicitado de forma clara, o que seria o ideal) e também para outros políticos, que aparecem com alguma freqüência nas páginas do semanário (estes como fatos de notícias, e não necessariamente como publicidade).
Não é a primeira vez que o Local usa de seu editorial para responder a críticas. Numa dessas ocasiões foi inclusive explícito ao blog do VQ. O Local alega que os críticos esperam deles um posicionamento político partidário – e se os críticos de fato querem isso, me coloco totalmente contra essa posição.
O jornal explica, e não é a primeira vez, que o Local não tem uma superequipe (no sentido de quantidade, não estou entrando em méritos de qualidade) e que por conta disso não tem como atender todas as demandas, e pior, não tem como correr atrás de notícias que estejam num alcance não muito próximo. O ideal seria que tivessem equipe suficiente para isso, que tivessem como ir atrás de fatos, interrogarem os “críticos” sobre o que esperam do Local, etc. Até acredito que o editor idealize isso. Mas falta muita estrutura para o Local ter essa capacidade, e para isso precisaria de muito mais recursos do que provavelmente têm hoje.
Não tenho ideia de quanto o Local fatura, mas fazendo uma conta imaginária, mesmo que vendesse todos os exemplares impressos na banca toda semana – o que provavelmente não acontece – chegaria ao valor de R$ 5 mil (R$ 1250 x 4 semanas). Esse montante talvez pague a impressão (lembrando que muito provavelmente não se vende todos os mil exemplares).
Digo isso para explicar que a publicidade é o que sustenta o jornal hoje, e o fato do Local estar repleto dela na verdade não me preocupa, mas me anima. Isso me faz acreditar que o jornal está caminhando e seu tempo de vida – quase cinco anos – indica que a estratégia está dando certo, apesar das dificuldades financeiras do município. Não vou entrar em detalhes porque a intenção não é essa (algo nesse sentido comentei em outra oportunidade AQUI e o editor Gustavo Abruzzini respondeu AQUI).
No editorial dessa semana o Local fala da organização de determinados grupos em comunicar o que fazem, o que facilita e muito o trabalho do jornal, e em contrapartida, a desorganização dos críticos, que não comunicam nada e esperam que sejam contemplados nas páginas do jornal. Como disse, o ideal seria mesmo que o Local tivesse condições de atender a todas as demandas. Mas não é o que acontece.
Mesmo achando que o Local é parcial, por mais que em seus editoriais eles digam o contrário, mesmo tendo diversas críticas a seu conteúdo, achando que pode (e deve) melhorar muito – como esse blog também precisa melhorar muito –, uma coisa não posso negar: se Valença está como está com o jornal Local, podem ter certeza que pode piorar sem ele.
13 comentários:
è perfeita sua colocação. Apenas penso que o Editor anda se perdendo. Uma ou duas edições anteriores a essa ele foi explicitoem seu editorial ao afirmar que quem quiser "algo mis' que vá vender a algum de seus colaboradores. PEGOU MAL. mESMO PORQUE NÃO ME PARECE QUE ALI SEJA VENDIDO OU ESTEJA Á VENDA. mAS É ISSO. RUIM COM ELE, PIOR SEM ELE.
Valença continua na mesma...
Alguém tem dúvidas que a notícia em nossas sociedades é uma mercadoria? Digo isso sem nenhum tom "moralista" ou de censura. Não se difunde informação sem se encontrar um nicho capaz de absorvê-la. Há sempre uma adequação entre o emissor e o receptor. E todo o processo de fabricação desse produto - como de qualquer outro - tem custos. Desde as diligências aos locais da notícia até a luz que mantém os computadores funcionando. Exatamente do mesmo modo como no processo de produção de outras mercadorias. Há uma boa dose de cabotinismo intelectual cobrar uma "neutralidade" na informação prestada pelos "media". Nenhuma descrição de um fato é neutra, por mais bem intencionada que seja. Mas é natural e importante a crítica às tendências e parcialidades de um jornal, e não deixa de ser um processo de desvelamento das intenções do produto. Todos temos de estar precavidos...
Porém, ao invés de reclamar da parcialidade, posso reclamar aqui de outros aspectos de um produto que me desagrada. Desagrada-me, sobretudo, o modelo "tabloidesco" do Jornal Local. Desagrada-me ver nas páginas policiais as fotografias dos presos estampadas como troféus da boa sociedade - numa condenação simbólica que outros, cujos crimes são muito mais graves, não recebem. Assim como o excesso de bajulação nas colunas sociais (essa sim, outra boa estratégia de vendas). É possível ser popular sem ser popularesco? Acredito que sim.
Por fim, desagrada-me algo muito comum no meio jornalístico, e que não é monopólio de nenhuma publicação. Parece ser quase um ethos da profissão. Trata-se do tom levemente arrogante de quem, por se supor portador de um diploma - e só por isso? - se vê como "aquele que revela a verdade"(talvez uma característica de boa parte dos nossos jornalistas).
MELHOR SEM ELE, PELO MENOS SERIA 100 MIL REAIS A MAIS PARA INVESTIR EM EDUCAÇÃO!
O jornal Local é hoje a assessoria de imprensa pessoal do Vicente Guedes, o pior é que quem o remunera é o cofre público! O Vicente Guedes sendo nosso grande conterrãneo como é, poderia nos fazer um favor imenso, ou seja, ir embora de nossa terra, para aquela cidade distante, Rio das Flores....já ia tarde demais.
QQ dia volto com uma bomba que está acontecendo em Parapeúna, mais precisamente na educação, eis que vou dar nome à "vaca" que é fantasma lá.....simplesmente por favor, eis que falta menos de um ano para a mesma se aposentar, assim, o próprio Vicente a colocou lá, mas ela nunca foi/vai naquele lugar.
Quem sabe volto hj, mas se tadar, amanhã não passarás!
Ops!!!! Essa informação passada pelo anonimo aí de cima eu já sabia, só não sei ainda o nome da megera, mas mesmo que o dito cujo não conte, eu vou descobrir e logo também postarei o nome da referida gasparzinho. Aliás, conto com a ajuda do VQ para denunciar esse ilícito praticado em conluio pelo Vicente Guedes com a dita senhora
KKK, esses bobos da corte tentando plantar notícia fantasiosa em blog psicodédico...Piada pronta é mais que bobagem! Gente, Vamos deixar o "HOMI" trabalhar...! Chega de Alvaro, Luiz Antônio, André, Graciosa, Graça (da desgraça)....Se ele tá trabalhando, trazendo industrias, empregos, casas pra valença, agora só falta a saúde.... coisa que será feito com o grande valenciano, Tiago José, esse também é um empreendedor nato, visionário e super inteligente, além é claro de ser um bofe de respeito.
Chupa invejosos
Chupa invejosos [2]
Esse meu xará anônimo que ta defendendo o Vicentão é assessor, parente ou tá afim do Tiago José? Votei no Vicente para sair desse círculo vicioso que Valença estava, só que o Vicente teve sua chance e nada fez de concreto, só obras eleitoreras agora no final do mandato já visando a reeleição. Teve pontos a favor ao trazer indústrias mas isso não é nada mais que a obrigação dele. Sem contar que trouxe já visando benefício próprio.
Que obras????
É tanta lambança. E aquela que veio de River Flowers emboçou 6 mil prum curso e foi com o lovi pra Maúa?
Sei não,hein?!O título da matéria me fez lembrar de uma frase vulgar que diz o seguinte: " Sexo até ruim é bom"! Ainda bem que eu conheço outras fontes! Risoooooos.
Jornal Local dessa semana( edição do dia 08/12) aumentou as propagandas. Os colunistas estendem seus comentários,erram palavras(ex a nal no lugar de a nau; cede no lugar de sede). Mas é pior ficar sem ele, pos nos traz as notícias da cidade.
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