Cinqüenta novas unidades escolares e vaga para mais 30 mil alunos. A meta ousada é da Secretaria de Estado de Educação e tem data para ser alcançada — o ano letivo de 2010. Com investimento da ordem de R$ 200 milhões e um projeto arquitetônico moderno, que será apresentado ao governador Sérgio Cabral nos próximos dias, as novas escolas devem resolver um problema da rede estadual no Município do Rio, absorvendo os estudantes dos 178 colégios compartilhados e 38 que funcionam em prédios alugados.
Os novos imóveis terão salas climatizadas, auditório com equipamento multimídia e laboratórios de Química, Física, Informática, Artes e Música, além de biblioteca com sala de leitura ao ar livre e pátio central e jardins com teto de policarbonato — um plástico flexível. No refeitório, aparelhos eletrônicos controlarão a movimentação dos alunos e evitarão desperdício de merenda. Nas salas de aula, carteiras moduladas possibilitam diferentes arrumações.
Uma comissão de professores participou da elaboração do projeto. “O desenho das mesas dos alunos foi pensado para trabalharmos a educação colaborativa, fazendo o jovem se sentir parte do processo. A equipe da Adriana Rattes (secretária de Cultura) também colaborou com dicas importantes para a montagem do auditório, que é totalmente adaptável a qualquer tipo de apresentação cultural”, explica a secretária estadual de Educação, Tereza Porto.
As obras começam no trimestre que vem e ficam prontas em nove meses. Os bairros que vão ganhar novas escolas ainda não foram definidos. Mas, apesar de não ter concluído o mapeamento — o que só acontecerá em janeiro, quando a licitação será publicada no Diário Oficial e enviada ao Tribunal de Contas —, a secretária já sabe que a Zona Oeste é a região mais carente.
“Ficamos surpresos ao abrimos o mapa e vermos que não há nenhum colégio estadual no Itanhangá. Já em Campo Grande, temos 9 mil alunos e só atendemos 1.500. Há uma carência de 7,5 mil vagas. São estas discrepâncias que pretendemos resolver”, garante a secretária. A Zona Norte, outra área onde a rede estadual é precária, também ganhará novas unidades.
“Analisamos a matrícula nos últimos cinco anos para sabermos onde é baixo o percentual de alunos que consegue vaga na sua primeira opção. Nos bairros em que ele precisa se deslocar para estudar, porque não obtém vaga perto de casa, é onde vamos construir mais escolas”, promete Tereza.
Escolas em área de risco terão câmeras
De olho no bom resultado alcançado em Volta Redonda, onde na semana passada três adolescentes foram flagrados com arma na porta da escola, a Secretaria de Estado de Educação estuda a instalação de câmeras nas 98 escolas da rede localizadas em áreas de risco.
“Para nós, o custo seria muito reduzido, porque estamos criando uma rede sem fio nas escolas e não precisaremos investir em infra-estrutura. A câmera pode estar em qualquer lugar, porque a transmissão da imagem é fácil. Só gastaríamos com a compra do equipamento”, explica Tereza.
A implantação das câmeras de segurança ainda não tem data definida, mas outras duas conquistas para alunos e professores têm prazo: até julho, promete a secretária, todas as 19.680 salas das 1.600 escolas estaduais ganharão amplificadores de voz e ar-condicionado. O processo de revisão elétrica nas unidades já começou e os Cieps terão as salas de aula, com suas paredes que não chegam ao teto, reformadas.
Quatro novas unidades em 2009
No ano que vem a rede estadual já contará com pelo menos quatro novas unidades em Praça Seca, Jardim América, Tanque e Senador Camará. Os imóveis foram comprados pela secretaria e têm capacidade para receber, juntos, mais de sete mil alunos. Em janeiro começa a reforma, que deve ficar pronta em abril. “Nossa meta é que estejam funcionando no segundo semestre de 2009”, afirma a secretária.
Só para o prédio da Praça Seca serão transferidos 908 estudantes de seis escolas compartilhadas. Em Senador Camará, o edifício que era ocupado pelo Detran agora abrigará 1.200 jovens de três unidades alugadas. Já o prédio do Tanque absorverá os 2.200 alunos de um colégio em Jacarepaguá e deve abrir outras 300 vagas.
“O principal objetivo com as novas unidades, sejam desapropriadas ou construídas, é oferecer turmas do Ensino Médio de manhã e à tarde. Hoje, a maioria das aulas é à noite, porque os edifícios compartilhados são utilizados pelas escolas municipais nos outros turnos”, explica Tereza.
Outras 17 unidades estão em fase de desapropriação, a maioria nas zonas Norte e Oeste do Rio e cinco delas no Interior do estado (Valença, Guapimirim, Vassouras, Macuco e Itaperuna).
Por Carol Medeiros
Fonte: sítio do O Dia Online
Um comentário:
Quem diria, os vicentinos que estavam andando por valença tdos arrogantes, tiveram seu candidato cassado. É isso mesmo, vicente guedes nao vai ser eleito em valença nao
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