sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Alunos 'nota 10' ganham laptop do estado

Em matéria do jornal O Dia, escrita pelo repórter Francisco Edson Alves, sobre a premiação de "Alunos nota 10" que ganharam computadores portáteis, dois valencianos "nota 10" foram entrevistados, durante a cerimônia de entrega dos computadores no Rio. Os entrevistados foram Amanda Araújo de Oliveira (14 anos, aluna do 8º ano no Benjamin Guimarães) e Alexandre Oliveira Júnior (15 anos - a reportagem não indica a séria nem a escola)

O trecho da matéria em que os alunos foram entrevistados:

Boa parte dos premiados veio do Interior. Os alunos não esconderam a alegria de ganhar o notebook. A maioria trouxe parentes, como Amanda Araújo de Oliveira, 14, do 8º ano do Colégio Coronel Benjamin Guimarães, de Valença. “Estou muito feliz, pois vou poder fazer trabalhos escolares sem sair de casa”, ressaltou Amanda, ao lado da mãe e dos tios. Alexandre Oliveira Jr., 15, também saiu de Valença para buscar seu laptop. “A emoção é grande”, resumiu o estudante.

Veja a matéria na íntegra AQUI

O concidade e a máscara governista (3)

Por Ana Maria Reis de Faria*


A mídia livre e de opinião, pelo jeito, ainda não pode ser compreendida em sua
natureza e objetivos, que são de enfrentamento ao que a maior parte da sociedade considera como ideal de jornalismo, como se existisse uma única forma de se tratar a informação. Somado ao provincianismo de alguns, dificulta o debate no blogue do Valença em Questão a aderência indiscriminada ao “mito da imparcialidade”, que, nada mais é que um embuste discursivo, lacunar e dispersivo. O chamado jornalismo imparcial - esquecem ou se fazem de esquecidos muitos dos opositores - é tão direcionado quanto o assumidamente opinativo. Porém, naquele, o tratamento direcionado da matéria-prima, a informação, se faz de maneira dissimulada e acordada aos interesses dos investidores que mantém rádios, TV´s e jornais impressos em circulação periódica.

A não compreensão da prática jornalística opinativa tem nos espaços abertos aos comentários do blogue do VQ um termômetro considerável. Toda vez que algo realmente grave e de interesse do município é postado no VQ, ou uma leva de gente da cidade se arrepia considerando os colaboradores do blogue incendiários irresponsáveis, articulistas “raivosos” que não respeitam o trabalho daqueles supostamente afrontados (observem os comentários a partir da postagem do texto-descompostura “O Concidade e a máscara governista”), ou, então, se calam, certamente temendo represálias ou, pior, por terem ligação com os setores sob suspeita (recorte e cola do conteúdo veiculado em outros suportes, como por exemplo, a investigação recente sobre um até então ilibado e quase santo “Zé” Graciosa). É uma reação “imperial”, que remonta às nossas origens, temerosa e obediente à tradição contra a qual não se pode insurgir nem ao menos criticar. Mas também moldura da apatia ideológica, naturalização das práticas do roubo, corrupção e postura legalista como herança mais recente, dos tempos da censura prévia e oficializada.

Aqueles que acham bobagem, infantilidade ou transtorno psicótico tratar como censura o processo movido contra o jornal Valença em Questão pela candidatura Vicente Guedes, são desse tipo, conformistas e legalistas. São do tipo que acredita que não existe censura ou cerceamento de conduta, só porque é coisa considerada inconstitucional, desde o final da década de 80. Esquecem ou fazem de bobo ao recusarem que exista hoje formas muito mais covardes de fazer calar a população, de acometer, de dissimular uma falsa “democracia participativa” e fazer com que a maior parte dos indivíduos acredite que há, pelas leis e seus aprimoramentos, uma evolução jurídica nesse país. A falência da “democracia representativa” – a falência da democracia como um todo – não deve servir de justificativa para que aceitemos passivamente e sem contestar, sem cutucar, a postura reformista e recuada dos nossos representantes nos fóruns de perfil “popular” e “democrático” como o Concidade.

Os integrantes do VQ formam uma rede de apoio às militâncias com as quais mantém identidade. Mas como somos não mais que uma dezena de colaboradores, com trabalho e estudo boa parte fora da cidade, no final do ano passado, o grupo decidiu por priorizar ações de mídia, e, de maneira mais incisiva, ser e atuar como imprensa de contra-informação e divulgação das demandas dos setores populares da sociedade.

Por isso, travamos diálogo com a sociedade como editores e redatores; como colaboradores assíduos ou esporádicos; articulista e críticos da realidade; gente enfim que tem opinião e deseja expressá-la assinando sempre os seus textos e comentários, não por detrás de heterônimos engraçadinhos e bem menos soltando informações jocosas ou juízos de valor na calada da noite.

Mas não somente como articulista, mas fundamentalmente como indivíduo político aposto na legitimidade do texto que escrevemos sobre a máscara governista do Concidade. Não tomamos pra nós, nem eu nem Danilo Vieira Serafim, nem os outros do VQ, a pecha de “vanguarda” ou de representantes da sociedade. Por isso não nos devem ser cobradas atribuições de militância ou de representação. Bem menos soluções fantásticas à composição a desejar dos conselhos e fóruns dessa cidade. Mas no tocante aos movimentos sociais ou de grupos que se organizam sob este mesmo rótulo, em especial quando integrados aos conselhos ou fóruns “populares” e “democráticos”, o VQ permanecerá tecendo considerações, emitindo sua opinião sempre.

Não existe nem nunca existiu intenção em demolir ou fazer implodir o Concidade. O prazo de validade desse tipo de instrumento está carimbado em sua embalagem; seus debates não me parecem renovar as idéias já calcificadas pelos setores tradicionais da população e a vozes de fato dissonantes, machucam os tímpanos sensíveis dos que ali ainda resistem. Como não há renovação, como são poucos os que não enxergam nesses espaços uma forma de ascensão social e política, aos poucos o conselho municipal se dissipará na vitalidade forjada pela Governo Federal.

Os conselhos “populares” e “democráticos” antes mais localizados nos bairros, com bem menos visibilidade na imprensa e menos ainda prestígio junto à administração local, sempre funcionaram. De maneira precária, que o seja, devido às vaidades internas e politiqueiros de plantão. O Concidade, ao refinar o discurso enraizado dos conselhos de antigamente, se apodera de outros valores, como a credibilidade governamental (e governista), não restando opção àqueles que não se identificam com as propostas, prioridades, discurso, postura e objetivos da casa.

É mais prudente quando o comprometimento ideológico aponta noutra direção, ficar de fora. Ou então, de fora como o VQ, “com um olho no peixe e outro no gato”, porque são recursos públicos empregados na conformação social engendrada de cima pra baixo, a fim de sustentar o modelo de governabilidade que faz dos conselheiros representantes tecnicamente preparados para conduzir ações e debate – de maneira participativa – que atendam os auspícios da “democracia representativa” constituída. Ou falida, como já escrito.

De fato não acredito no seu aprimoramento: o Concidade não tem abertura para renovação e não consegue caminhar sozinho fora do modelo já traçado pelo Ministério das Cidades. Entretanto, espera-se – não eu, mas a comunidade em geral - que o contrário seja provado por entre a ação dos conselhinhos e também, que os “novos” legisladores no Concidade 2009 possam virar a mesa e não se limitarem às posturas recuadas (PT) e direitosas (PSC) dos partidos que representam. Particularmente considero improvável que isso aconteça, mas não me custa cruzar os dedos, em especial, àqueles que ainda por incapacidade ou mutilação política, parecem perdidos num labirinto sem saída.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Moradores de Valença sofrem com falta d'água

A falta d'água vem se tornando um problema cada vez maior em Valença. Segundo o Conselho das Associações de Moradores, o abastecimento está longe de ser normalizado
Fonte: TV Rio Sul

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O hacker do bem contra a apatia política

Em matéria publicada do jornal O Globo de 14 de setembro de 2008, o empresário Leandro Carvalho foi entrevistado sobre sua busca por fiscalizar os demandos dos políticos. A partir de um curso sobre fiscalização dos gastos públicos, resolveu criar um site para tentar combater a apatia polícia dos cidadãos. Veja o site de Leandro AQUI - ou na barra de blogs à direita (Fiscaliza Brasil)
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Em meio à pasmaceira eleitoral, à morte da militância e à descrença na política, a história do homem que dedica a vida a fiscalizar os desmandos dos políticos e, pasmem, teve seu título eleitoral cassado.

A luz do pequeno abajur azul está acessa e ilumina o monitor de LCD de 19 polegadas. É a única lâmpada do quarto onde Patrícia Carvalho tenta dormir. Da janela do cômodo é possível ver as duas lagoas da Barra da Tijuca iluminadas pela lua e, ao fundo, as montanhas da Grota Funda. A tela do monitor bem em baixo da janela onde a paisagem de cartão postal se desvela reproduz o site da Controladoria Geral da União (CGU). É ali que Leandro Carvalho vai passar boa parte da noite fazendo o curso on-line “Controle Social - Como fiscalizar Gastos Públicos”.

Tem sido assim nos últimos três anos. Gerente de uma multinacional aos 44 anos, e morando num bom apartamento, Leandro faz expediente extra e enfrenta um périplo de dar cansaço a qualquer maratonista. Não importa. Ele encontrou sua forma de combater a apatia e falta de crédito que toma conta do eleitorado. Em sua trincheira cibernética, Leandro decidiu que vai até as últimas conseqüências para fazer com que o dinheiro dos impostos pagos na cidade de Paulo de Frontin, onde nasceu e passa os fins de semana, seja bem gasto por quem for eleito no próximo 5 de outubro.

Horas antes de sentar-se à frente com computador, o administrador, a mulher e sua filha Júlia de nove anos, retornaram de mais um fim de semana na cidade do Vale do Paraíba. Leandro, que assiste há quase duas décadas Paulo de Frontin ser comandada pelo mesmo clã, a Família Paixão, se angustia com o destino dos seus 12.544 conterrâneos.

Os amigos, em geral, estão desempregados.

Três fábricas onde chegou a trabalhar na adolescência foram fechadas e pouco ou quase nada surgiu no lugar.

Diante do caos se instalando, Leandro não percebia qualquer mudança na atitude dos governantes.

Os R$ 77,7 milhões que entraram nos cofres do município entre 2001 e 2007 pouco ajudaram a induzir o desenvolvimento local.

- Como tanto dinheiro pode ter sido gasto? - intrigava-se Leandro.

Da população maior que dez anos em 2000, 36% estava sem rendimentos. Apenas 1.388 pessoas estavam ocupadas na cidade em 2005 em trabalhos fora do serviço público. Nos domingos de noite, os pedidos de emprego dos amigos ficavam martelando na cabeça do técnico em informática.

- Mas o que você sabe fazer? - perguntou a um amigo.

- Qualquer coisa! - Para fazer qualquer coisa não tem emprego…

O que prospera na cidade são os gastos da prefeitura. O dinheiro dos contribuintes passa a ser a salvação para parte considerável de quem vive ali através de empregos públicos temporários.
O Diário Oficial de 30 de abril de 2008, que está numa pasta verde de Leandro estufada de tantos papéis, mostra a nomeação de 144 trabalhadores sem concurso público.

Escritos numa linguagem em código, é praticamente impossível para um cidadão acompanhar para onde foi o suado dinheiro nos diários oficiais. Leandro então encontrou um caminho diferente: a internet. Nas primeiras buscas, o navegante se concentrou sobre o básico de qualquer administração pública, as contas anuais prestadas ao Tribunal de Contas. Os técnicos dos tribunais analisam itens básicos dos governantes. Se gastaram mais que arrecadaram, se cumpriram percentuais mínimos para gastos de educação e saúde, entre outros. Nem está em jogo na análise das contas se o dinheiro foi roubado, por exemplo.

Logo em sua primeira caça, no ano de 2005, Leandro descobriu que tanto o ex-prefeito coronel Jurandir Paixão, que governou entre 1989 e 1992 e entre 1997 e 2004, como o atual prefeito, o sobrinho dele Eduardo Paixão, que começou em 2005 e tenta ser reeleito, tiveram suas contas rejeitadas pelos técnicos do Tribunal.

Os dois Paixão não cumpriram, para os técnicos, o básico da administração pública nos anos de 2001, 2002, 2003, 2004, 2005 e 2006. Mas, a decisão dos técnicos é referendada ou não pelos sete conselheiros do TCE. Escolhidos por indicação política, em todos os seis anos eles reverteram a decisão dos estudiosos e recomendaram a aprovação das contas.
Era preciso tomar uma providência.

Afinal, quem poderia frear a falta de compromisso com o dinheiro da cidade? Leandro admitiu que precisava conhecer mais sobre o que estava fazendo. Metódico, comprou livros, fez buscas e encontrou, afinal, o que precisava para continuar sua saga: o site da Amarribo.

Nos anos 90, pessoas como Leandro - mas distantes dele 715 quilômetros - começaram o mesmo trabalho de fiscalizar os gastos públicos. Conseguiram levar o prefeito de Ribeirão Bonito, cidade do interior de São Paulo, ao impeachment e hoje são um case de fiscalização pública. No site deles, é possível obter uma cartilha que resultou no livro “Combate à Corrupção”.

Leandro descobriu que era possível reclamar ao fiscal da lei, o Ministério Público, o cumprimento de uma norma simples: que os vereadores digam, afinal, se as contas dos governantes são ou não regulares. Através da ouvidoria do MP ele fez a denúncia.

Em julho de 2008, como em todos os anos anteriores, Leandro pediu para saber o andamento da denúncia 7382. A mesma informação dos três anos anteriores: o inquérito civil público está em andamento.

Leandro não desiste. Em suas buscas, deparara-se com o Site da Transparência do governo federal.

Ali é possível descobrir quanto cada cidade do país recebeu de verbas públicas da União, inclusive de convênios. A Lagoa Azul, em Paulo de Frontin, deveria ser uma atração turística. Para isso, recebeu verbas para a implantação de Infra-estrutura turística do Ministério do Turismo.

Até o ano passado, nada tinha sido feito, mesmo com a liberação de R$ 400 mil no ano de 2006 pelo ministério. Leandro resolveu então cobrar. Ligou para Brasília e pediu para falar com o responsável na pasta. O diretor de infra-estrutura, o atendeu.

- Vocês liberaram R$ 400 mil para uma obra e nada foi feito! - contou Leandro.

- Aqui nós liberamos. Não fiscalizamos - respondeu-lhe o funcionário público.
Este ano, uma obra finalmente começou na Lagoa Azul que, segundo a promessa, ficará pronta até outubro. Não sem antes, claro, o Ministério do Turismo liberar mais R$ 570 mil para o projeto.

A procura de Leandro é incansável.

No site da Controladoria Geral da União (CGU) encontrou uma pista para a razão da falta de preparo de seus amigos na busca de emprego. Técnicos do órgão foram a Paulo de Frontin para saber como tinham sido usados R$ 2,4 milhões mandados para a educação da cidade no ano anterior.

O relatório mostra dezenas de irregularidades, inclusive em compras superfaturadas. Numa escola, por exemplo, os fiscais descobriram que, das 25 réguas compradas, só dez chegaram.
Mas, o que fazer com tanta informação sobre descalabros com o dinheiro público? Leandro procurou jornais, emissoras de rádio e TV e pouco conseguiu. No país onde quase diariamente a Polícia Federal anuncia a descoberta de um poço de corrupção tão grande quanto os de petróleo do présal, quem vai se importar com a pequena Paulo de Frontin? Pediu ajuda então ao programa “Olho Vivo”, do governo Federal, que promete ajuda aos cidadãos para fiscalizar os gastos.

- Como eu posso conseguir mostrar o que descobri para toda a população? - perguntou por telefone.

- Nós vamos te mandar um material para ajudá-lo.

Alguns dias depois, Leandro recebe em sua casa um pacote fechado.

A esperança é que, enfim, vá atingir o objetivo de mostrar aos seus conterrâneos e a todo o resto da população como se administra o dinheiro da cidade onde nada prospera.

Leandro abre a caixa com cuidado.

Suas esperanças se renovam.

Afinal, será possível tirar a cidade, quem sabe o país, da letargia em relação à política e levar o tema de volta à vida pública. Mas, dentro da caixa encontra umas poucas cartilhas e uma camiseta com as inscrições: “O que você tem a ver com a corrupção?”.

São necessárias novas forças para combater a revolta. Leandro vai para o quarto olha seu computador.

Surge a idéia: montar seu próprio site onde vai mostrar as informações que obteve e como é possível consegui-las. A militância on-line é o melhor que pode fazer porque este ano não poderá votar: seu título foi cancelado pela Justiça Eleitoral sob a alegação de que ele não vive em Paulo de Frontin.

Fonte: O Globo

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Esclarecimentos

É muito triste perceber que muitos anônimos estão postando com o objetivo de ver o "circo pegar fogo". Deveríamos estar discutindo o problema da água, da luz, da falta de salários... No entanto escolhemos o espaço dos comentários para fazer uma disputa entre os partidários do Valença em Questão e os que são contra o Valença em Questão.

Na minha condição de participante do Jornal eu pergunto: “Como é possível demonstrar tamanha ojeriza perante um jornal que quase não se sustenta financeiramente?” Acredito que haja um interesse material em tentar desacreditar o Jornal frente à opinião pública valenciana. É interessante notar que a chuva de comentários surgiu depois que divulgamos a reportagem do Jornal “O Globo” intitulada: “PF indicia José Nader e José Graciosa conselheiros do TCE-RJ”. E a outra notícia: “Sócio do Picciani no mercado de gado domina venda de produtos de informática ao estado”.

Parto do pressuposto de que tanto o nome “Graciosa” como o nome “Picciani” tem uma relação bastante “orgânica” em nossa cidade. Engraçado observar que nossos anônimos não fizeram nenhum comentário sobre os assuntos. Estranho como tanta gente bem intencionada tenha deixado de colocar a sua opinião numa notícia deveras interessante.

Contudo, existe um tema onde os anônimos fazem jus ao título de “cães de guarda”: quando atacam os colaboradores do Valença em Questão. Os ataques são os mais diversos: temos as postagens de xingamento, de difamação, de ódio de classe, racismo. Dessa forma, estabelecermos que tais postagens deveriam ser moderadas pois não criamos um blog para propagarmos o preconceito de outros e nem os nossos.

De um tempo pra cá estamos recebendo postagens sobre os feitos de nossos familiares (pai/mãe/irmão/avô/ bisavô) no sentido de nos “impressionar” em relação às nossas postagens. O objetivo é simples: vamos bater no lugar que machuca. O debate saiu do campo das idéias e entrou na vida privada de cada um. Como sabem que não existe nenhum ser perfeito no Valença em Questão, os cães de guarda tentam “demonstrar isso ao resto da população valenciana”.

Observar a vida privada de cada um, no jargão, fazer fofoca é uma das características de nossa sociedade. Nem preciso dizer como o Big Brother Brasil faz sucesso. No entanto, num debate de idéias, tal característica é facilmente neutralizada por dois argumentos: o primeiro é que como somos todos seres humanos, todos somos passíveis de erro. Desacreditar uma pessoa por um erro que tenha cometido em sua vida privada é tão sem sentido que não consigo acreditar que pessoas continuem utilizando tal estratégia. Atire a primeira pedra quem acreditar que não tem erros; o segundo ponto se relaciona com o vício de identificar uma pessoa através das ações de um familiar seu. Exemplo: eu sou responsável pelas atitudes e pensamentos do meu Pai. É claro que não. Eu possuo opiniões, perspectivas diferentes das do meu pai ou de qualquer outro familiar. O que os cães de guarda estão propondo é uma volta à Idade Média onde o indivíduo era determinado pela sua família. Os cães de guarda são anacrônicos.

Penso que fiz os devidos esclarecimentos aos nossos leitores sobre o fato da moderação dos comentários.
Abraços

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Caminhada na Serra da Concórdia dia 8

A Federação Internacional de Esportes Populares realiza "Caminhada na Natureza de Valença" no domingo 8 de março. No circuito, o Santuário de Vida Silvestre da Serra da Concórdia, trilhas na Mata Atlântica, plantações de Sistemas Agroflorestais, banho de bica e na volta, passagem pelo Restaurante Fogão de Lenha com Pesque e Pague.

O percurso é de 12 km, segundo os organizadores, de baixa dificuldade, com estradas de terra, leves subidas e trilhas na floresta. O local de saída é o Restaurante Fogão de Lenha, perto do Bairro São Francisco, na Estrada Barra do Pirai - Valença, entre 8 e 9 horas da manhã. As inscrições são gratuitas e realizadas no local de partida. Para participar é preciso preencher uma ficha com dados pessoais e assinar um Termo de Responsabilidade.

Durante o percurso, monitores ambientais vão auxiliar, junto com um equipe de saúde. Também será distribuído água e frutas durante o percurso. A sugestão dos organizadores é que os interessados vistam roupas leves mas manga comprida, chapéu e protetor solar, e calcem tênis.

Mais informações sobre o local da partida (24) 24538210 - Restaurante Fogão de Lenha

Mais informações sobre a Caminhada (24) 2452 4864, (24) 99073106 e pelo email santuariodaconcordia@uol.com.br.

O Concidade e a máscara governista (2)

Leia comentário de Marilda Vivas, colaboradora do Conselho da Cidade, escrito em relação ao texto O Concidade e a máscada governista

Oi Ana. Aqui é Marilda Vivas, aquela que está "subentendida" em seu artigo. Li com visível interesse a matéria “O ConCidade” e a máscara governista publicada neste blog. É visível que estou presente nas entrelinhas deste texto. Como não podia deixar de ser, imprimi o texto, fiz observações nas suas margens e, desde então, tenho mastigado tudo com o rigoroso cuidado que o texto está a exigir – tanto pelo teor do conteúdo quanto por ser da lavra de quem o escreve.

Já conversamos pessoalmente a esse respeito e penso ser interessante que questões dessa natureza continuem restritas ao campo das idéias. É saudável e ajuda a sociedade a avançar e a consolidar, cada vez mais, uma democracia participativa. Parto do princípio de que não há nada mais desejável do que a participação de todos os cidadãos nas decisões do governo. Não há, rigorosamente, nada que nos impeça, "enquanto cidadãos" (rsrs)de contribuir para a construção do poder - e, nem todos os que assim pensam e, de alguma forma agem nesse sentido, se locupletam desse poder. Ao meu ver a democracia representativa já nasceu falida e, hoje, mais ainda, pois deixa passar ao largo "a vontade autônoma do cidadão". Se nos conselhos municipais, nas associações de bairros e congêneres a gente acaba por reproduzir algumas excrescências presentes na democracia representativa é porque ainda estamos arraigados ao pensamento de que o voto popular é o limite, quando na verdade não é. A soberania popular vai um pouco (ou muito) além.

Vejo, ainda, que Vocês atiram para todos os lados e fazem, sem dó ou piedade (rsrs), um grande e implacável juízo de valor, inclusive sobre pessoas com as quais, me parece, mantêm pouco ou nenhum contato. Não deveriam. Ler a história de formação do ConCidade ou mesmo do Ministério das Cidades não me parece ser aval suficiente para alguns de seus disparos. Na realidade desrespeita-se a história pessoal de muitos de nós, colaboradores ou não.

No meu caso específico, como colaboradora de plantão, busco, sobretudo, o exercício direto e pessoal nos atos do governo, como meio de manifestar legitamente minha cidadania. Como disse pessoalmente, tudo está ai para ser melhorado, aprimorado, construído. Se o ConCidade, na sua concepção, ou melhor dito, na forma como está "construído" deixa a desejar, por que não aprimorá-lo?? O que falta, afinal, para que ele seja um canal onde o cidadão possa efetivamente reivindicar e avançar nas suas conquistas?? Trazer isso para o campo das discussões penso ser interessante. O que Você acha? Tem alguma sugestão. Mesmo que seja para implodir tudo por considerar que o que ali está é uma m____, penso ser legítimo. Apenas ue se pensa em alguma para colocar no lugar, pois entendo que esses fóruns são importantes para a consolidadação da democracia participativa. Fico por aqui, Ana, jornalista que respeito e pessoa de quem muito gosto.

Marilda Vivas

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Em Valença, eu ainda me lembro...

Lembro dos jornais que diziam que o carnaval de cada ano seria o melhor já visto pela cidade. Que todo o governo que chega é colocado como “salvador da pátria” e todo o governo que saí é colocado no esquecimento. Recordo que a lista dos novos secretários era escrita sempre com um adjetivo logo após o nome escolhido: “jovem”, “experiente”. Era uma pura coincidência que todos os nomes escolhidos fossem escritos junto com um adjetivo.

Lembra da rádio? Eu lembro da rádio de um amigo de todos. Havia um “programa” de debates que nos permitia conhecer melhor nossos representantes. Mas não é que aquilo virava um horário eleitoral? Logo no começo, quando nosso amigo dizia a “pauta”, esta se resumia na expressão “importantes assuntos”. Realmente dava pra fazer um programa coerente com tal pauta....

Penso que as últimas críticas dirigidas ao VALENÇA EM QUESTÃO podem ser objeto de estudo daqueles interessados em compreender como nós valencianos enxergamos a democracia. Tanto um jornal, como uma rádio são instrumentos pelos quais a sociedade interage com outros atores políticos (Prefeitura, Empresas, sindicatos). Como estamos falando de sociedade devemos pensar que ela possui múltiplas visões sobre um determinando assunto.

O problema de Valença é que os políticos possuem “relações carnais” tanto com os jornais, como nas rádios. Nesse sentido, o jornal e a rádio expressam a interpretação dos políticos sobre um determinado assunto. Assim é possível, como exemplo, Valença querer ter o melhor carnaval do Sul do Estado enquanto a sua própria juventude migra para o Carnaval de Rio Preto.

Contudo, o VALENÇA EM QUESTÃO está criticando tal forma de desenvolvimento em nossa cidade. Não dá mais para lermos um jornal ou escutarmos um programa nos falando que nossa cidade está bem quando nos deparamos com problemas básicos como falta de luz, péssima qualidade de água, falta de pagamento de salários. Estamos sendo atacados por causa disso.

Mas então, quem nos ataca? Penso que são as pessoas que mantém as “relações carnais” com os políticos. Já os denominei, numa outra situação, como cabos eleitorais. Passadas as eleições, vamos chamá-los de cães de guarda. A função do cão de guarda é fazer com que todas as pessoas partilhem de seu interesse. Como sou corrupto, como me beneficio da ignorância alheia, todos também são. Para quem deve a felicidade de assistir o “Senhor dos Anéis” tente perceber o cão de guarda como sendo a passagem de temperamento entre o hobbit Sméagol para Gollum ao encontrar o Um Anel. Como não estão pra brincadeiras, eles utilizam de uma série de estratégias para deslegitimar seus adversários: vamos analisar a mais freqüente.

O Valença em Questão é corrupto. Foi a critica que apareceu. Notamos que essa é a mais perigosa, já que se utiliza da descrença atual de nossa população em relação às transformações sociais. Como vivemos numa época onde a esperança fora jogada no lixo, acreditar que uma pessoa seja corrupta não é das coisas mais difíceis. Nosso desafio é encontrar formas que não permitam que a sociedade valenciana deixe de acreditar que uma “outra cidade é possível”. Em relação aos cães, só resta o ditado: “os cães ladram e a caravana passa”

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Jornalistas e jornalistas

Texto do amigo Marcelo Salles*, que tem relação com nossa cidade - e não é mera coincidência - infelizmente.

"O jornalista deve ser um combatente, não um expectador"
José Carlos Mariátegui

Glória, RJ, sede da rádio CBN, segundo semestre de 2008. A emissora das Organizações Globo convida todas as assessorias dos candidatos à Prefeitura do Rio para discutir as regras e a ordem das entrevistas e a cobertura. Oswaldo Maneschy, representando o PDT, questiona a opção da CBN de utilizar as pesquisas de opinião como critério para definir a ordem das entrevistas. Ele sabe que essas pesquisas já foram utilizadas para fraudar eleições, como ficou claro no escândalo do Pró-Consult.

Marisa Tavares, diretora de jornalismo, acaba aceitando sortear a ordem. Mas sobre o tempo de cobertura, ela sentencia: “Não vou perder tempo cobrindo partido pequeno”. Ao que Maneschy responde: “Nos últimos 20 anos elegemos três governadores no Rio de Janeiro. Isso é partido pequeno, Marisa?”. Ela não respondeu, mas quando o representante do PDT saiu da sala, Marisa comentou: “Maneschy abraçou uma causa... Ele parou nos anos 80”.

Conto essa história porque sinto uma onda reacionária de jornalistas que atualmente vendem sua força de trabalho às corporações de mídia contra aqueles profissionais que escolheram um caminho diferente. Isto fica bastante visível no menosprezo da diretora da CBN em relação ao Oswaldo Maneschy. Para se posicionarem desta forma, esses jornalistas acreditam piamente no mito da imparcialidade. Acham que basta ouvir os dois lados, mas aparentemente não percebem que a vida não é feita em preto e branco. Ou, mais além, parecem não saber que as empresas onde trabalham estão a serviço de um determinado projeto político.

Nesse sentido, pode-se dizer sem medo de errar que todo jornalista abraça uma causa, tanto os que escolhem militar num partido político, ONG ou movimento social, quanto aqueles que suam a blusinha para ingressar numa das poucas corporações de mídia. A diferença é o que cada um defende.

Num país capitalista, autoritário, machista, racista e brutalmente desigual como o Brasil, as corporações de mídia cumprem um papel fundamental para a manutenção do sistema. Enquanto equipamento de controle social, seu objetivo é reduzir a resistência diante de todas essas formas de opressão. Resistência que geralmente se manifesta através dos movimentos sociais, criminalizados pela mídia corporativa e defendidos pela outra imprensa.

Muitas vezes os jornalistas que abraçam a mídia grande não se dão conta deste processo. Como cada vez mais a pauta chega pronta – desde quem pode ser ouvido até o que o ouvido deve dizer, passando pelo fato não desprezível da criteriosa escolha de quem é o “outro lado” autorizado a ser ouvido – esses jornalistas se transformam em autômatos. Toda a formação acadêmica, sobretudo nas áreas de sociologia, filosofia e semiologia vai por água abaixo. Daí William Bonner ter dito que forma uma jornalista em seis meses (melhor teria sido falar em “adestramento”).

Diante desta alienação, voluntária ou não, o resultado é que passam a vida como meros expectadores, incapazes de refletir sobre sua própria profissão e sua missão social. O máximo que conseguem é levantar a voz contra os jornalistas que escolheram caminhos diferentes.

*Marcelo Salles, jornalista, foi correspondente da revista Caros Amigos no Rio de Janeiro entre 2004 e 2008. Atualmente é correspondente da Caros Amigos em La Paz (Bolívia), editor do jornal Fazendo Media (www.fazendomedia.com) e membro do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.

Sede de justiça

Apesar de estar otimista escrevo esse texto com muita indignação. Diante dos recentes fatos pertinentes as questões que envolvem imbróglios dos nebulosos acordos com empresas fornecedoras de água somos obrigados mais uma vez a ver o nosso suor do dia-a-dia sendo desprezado por uma pequena parte de canalhocratas que nos dão as costas e descumprem acordos firmados em antigas promessas. Esses que algumas vezes nos tomam a frente dizendo ser nossos representantes e assumem pra si uma consciência de explorado, quando na verdade só querem se auto favorecer. É nítida a falta de compromisso com os que sustentam essa cidade numa batalha sem fim.
Nos lembremos do final do ano retrasado quando a atual Secretária de Assistência Social assumindo uma postura classista recorreu ao judiciário, após se esgotarem as manifestações populares, em busca de uma solução democrática por parte do antigo prefeito em relação ao processo de licitação para concessão da gestão do sistema de água e esgoto de Valença. Exigindo um modelo no qual haveria de se ter uma orientação ao debate com a sociedade, hoje a secretária se omite diante daquilo que combateu.
A instalação da empresa mista Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE) pelo atual prefeito representa a total falta de compromisso com aqueles que acreditaram em suas promessas de campanha. Questionado sobre a revisão do contrato quando ainda era candidato ele foi enfático: “Eu vou rever tudo. E cumprir o que está lá no plano diretor. Essa parte de saneamento, de respeito ao plano diretor participativo do município. Aí eu te pergunto, a população foi consultada sobre o plano diretor de saneamento do município?”. Hoje nós que te perguntamos, senhor prefeito! Não é novidade alguma que a CEDAE é uma empresa extremamente elitista. Sobrevive das altas taxas cobradas – arrecadamento em torno de R$ 1 bilhão por ano – e não investe quase nada em obras ou saneamento. É o terror dos ambientalistas já que joga a maioria do esgoto em rede fluvial. No municio do Rio Janeiro privilegia a zona sul em detrimento dos subúrbios cariocas. Será mais uma alta taxa para os sofridos trabalhadores valencianos, que são os verdadeiros heróis de toda essa história.
Donas de casa que utilizam a água para lavar a roupa das madames e preparar o café cedo para o seu esposo ir à labuta. Pequenos agricultores que utilizam a água para a sua humilde plantação. Professoras que após uma longa aula saciam sua sede. Água de nós povo oprimido, sofrido e explorado que sabemos o valor da natureza e de tudo que nos circunda.
Conforme disse no início do texto estou otimista, pois sei que as constantes manifestações do povo valenciano são frutos de uma posição valente e admirável, pois somente nós das engrenagens dessa poética cidade sabemos lhe dar as devidas homenagens e não há nada mais bonito do que o povo valenciano exigir que os seus direitos sejam executados.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Cláudio, um grande professor – e amigo

Ontem morreu o querido professor Cládio Teixeira. A relação, sempre amistosa com os alunos, foi demonstrada hoje (16/02), com um número grande pessoas acompanhando seu enterro. Quem tinha aulas com ele, além de professor, considerava-o um amigo. Tive uma passagem rápida por uma turma dele, e comprovei a amizade que criava com seus alunos.

Lembro dele, uma vez que, saindo de um churrasco, o carro de um amigo acaba a gasolina, próximo à casa do professor. No carro, todos tinham sido alunos dele. Um passo para estarmos na casa dele e ele sugando gasolina de sua moto para que pudéssemos chegar no posto mais próximo. Domingão, nos recebeu com seu alto-astral costumeiro.

Fica aqui a lembrança de um grande professor e amigo, uma sincera homenagem do Valença em Questão.

Gran triunfo del pueblo venezolano: El SI: 54,36 %


"Hoy ha ganado la verdad contra la mentira, ganó la constancia de un pueblo. Hemos hoy abierto de par en par las puertas del futuro", sostuvo este domingo el presidente de la República Bolivariana de Venezuela, Hugo Chávez.


Caracas, 15 feb. Tribuna Popular TP.- Un nuevo triunfo popular, del pueblo revolucionario de Venezuela a tomado la decisión para tener la facultad de elegir al candidato que quiera, sin ninguna restricción legal. “El pueblo es el que ha ganado, la Revolución Latinoamericana sigue su avance”, señaló el Partido Comunista de Venezuela PCV.


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sábado, 14 de fevereiro de 2009

O Espetáculo do Crescimento do Pregão

Carnaval
Abram alas pra um desfile de alegria
Que afinal
Amanheceu a redenção do novo dia

Muita gente sobrevive às tragédias naturais
Mas a crise do mercado mata mais
O paraíso dos crentes já foi pro buraco
Eu me acabo no inferninho do Suvaco

Se o banco quebrar
Se o dólar subir
E a bolsa despencar
Eu não tô nem aí
Do chão eu não passo
Se vier eu traço
Me dá uma amasso
Que o meu pregão vai subir

A tua cotação
Tá em alta no mercado futuro
Sem especulação
Você é meu investimento seguro

Porque a bolsa caiu
O balão do padre caiu
Até a Madonna também caiu
Do português, além da acentuação,
Caiu a cruz de malta pra segunda divisão

Suvaqueei, Suvaqueou
Apliquei no teu fundo você não deu valor
Mas o bom investidor não tem medo de mudança
Eu vou socar meu capital noutra poupança

CLIQUE PARA OUVIR e entenda a crise através do bloco Suvaco de Cristo, do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Deputada quer abrir CPI do TCE

A deputada Cidinha Campos (PDT) acusou ontem [12/02/09] o conselheiro do TCE José Gomes Graciosa de ter bens incompatíveis com sua renda no órgão. Ela cobrou da Alerj abertura de CPI já aprovada para investigar denúncia de que conselheiros teriam recebido dinheiro de empresa de Minas para aprovar as contas de prefeitos do interior.

Segundo ela, denúncias que seu gabinete recebeu dão conta de transações suspeitas de Graciosa com servidores do gabinete dele. A deputada acusou o conselheiro de ter “palácio” em condomínio de Teresópolis. “Eu já estou ficando aflita, porque a obrigação dos deputados é contar o que ele sabe”, disse Cidinha. Graciosa não foi localizado para comentar as acusações.

Fonte: sítio do jornal O Dia AQUI

PF indicia José Nader e José Graciosa, conselheiros do TCE-RJ

Trechos de reportagem do jornal O Globo de hoje (13/02):

(...) Nader é acusado de peculato (corrupção cometida por servidor público), advocacia administrativa e formação de quadrilha. Nader e Graciosa são dois dos três conselheiros do tribunal que estão sendo investigados pela Operação Pasárgada, por susposto envolvimento com fraudes cometidas por prefeitos.

(...) A polícia passou a investigar Nader, pai e filho, e os conselheiros Graciosa e Jonas Lopes depois de apreender documentos na sede da SIM, empresa de consultoria acusada de intermediar fraudes de prefeitos e integrantes dos Tribunais de Contas do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

Veja a matéria completa AQUI

Sócio de Picciani no mercado de gado domina venda de produtos de informática ao estado

Matéria veiculada hoje no jornal O Globo de hoje (13/02) revela que uma empresa - Investiplan Computadores e Sistemas - concentra quase a totalidade da venda de produtos de informática para o estado do Rio. Além da concentração, a empresa é comandada por Paulo Trindade, sócio de Picciani na compra e venda de gado e na realização de leilões.

A empresa, que em 2003 vendia pro estado 808 mil reais, em 2008 vendeu 66,9 milhões.

Veja mais detalhes no Globo On Line AQUI

Ou a reportagem na íntegra no Globo Digital AQUI (apenas para assinantes - páginas 14 e 15)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Futuro das águas: saídas para a crise são debatidas no Sesc

Seminário explora viés econômico, político e cultural da gestão dos recursos hídricos no Brasil e busca solução para a crise mundial da água
A água é o começo da vida e pode ser o fim dela. O Brasil possui a maior reserva do planeta, no entanto, várias regiões do país já enfrentam crises de abastecimento. A água em todas as suas dimensões - econômica, política e cultural - é o tema do seminário Futuro das Águas, promovido pelo O Instituto e o SESC- Rio, que acontecerá nos próximos dias 23 e 24 de março, no Arte SESC, Flamengo, Rio de Janeiro. Para debater o assunto, entre outros, nomes como os ecologistas Fernando Gabeira e Guido Gelli, o economista Sergio Besserman Vianna, os pesquisadores Paulo Canedo e Henrique Lins de Barros e, na área cultural, o poeta Ferreira Gullar e a editora Heloisa Buarque de Hollanda.

Um dos principais focos do seminário é debater, de forma integrada, as perspectivas no mundo e no Brasil, sobretudo nos centros urbanos, onde já vive metade da população mundial e quase 80% da brasileira. Para o economista Sergio Besserman: "o aquecimento global, que aumenta a evaporação e modifica o regime e a distribuição das chuvas, será, provavelmente, a principal causa de desabastecimento de água em grandes cidades do mundo". Besserman alerta que 70% das emissões de gases de efeito estufa ocorrem em função da produção ou consumo das cidades.

O modelo de vida adotado nas cidades também é destacado por Henrique Lins de Barros, pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, como a principal causa da crise da água. "A produção de produtos descartáveis, uma das características da modernidade, consome enormes quantidades de água que poderia ser utilizada para o consumo das pessoas e, por outro lado, joga no ambiente uma quantidade crescente de lixo que, por sua vez, polui a água." Um exemplo citado por Henrique: para se produzir uma conexão USB se gasta mais de mil litros de água! "O que temos de diferente em relação a muitos países é a nossa enorme quantidade de água. O que nos falta é, sem dúvida, uma política de estado para evitar a poluição das reservas e a redução do uso da água pela indústria", conclui Henrique.

Ainda sobre o consumo nas cidades, de acordo com o pesquisador Paulo Canedo, um entre cada sete brasileiros que moram nas cidades não é servido pela rede de abastecimento de água. "É uma situação absolutamente inaceitável, mesmo para um país em desenvolvimento. A universalização do serviço urbano de distribuição de água tratada deve ser vista como emergência".

O enfrentamento da crise passa sobretudo por aspectos econômicos, acreditam os especialistas. "Para isso mudar, infelizmente, o aspecto econômico é preponderante. Infelizmente, a água só será mais valorizada quando passar a ser cobrada. Enquanto não pesar no bolso isso não muda. Tem muito chão pela frente para tomarmos consciência de que o planeta é um só", acredita Guido Gelli, diretor do Jardim Botânico. Mas Sergio Besserman chama atenção para outros fatores: "alcançar a sustentabilidade na gestão dos recursos hídricos é uma questão econômica, mas também política e cultural".

A reflexão se completa com uma conversa sobre as relações entre natureza, política e cultura que envolvem a água, tão recorrente nas histórias, lendas e tipos que compõem a cultura brasileira. Além de discutir assuntos como saneamento, preservação, sustentabilidade, o evento enfocará também as dimensões culturais da água e seu espaço no imaginário coletivo brasileiro. "Estamos pensando a água como elemento da vida num sentido mais abrangente e simbólico. Este é um problema da ciência, mas não se restringe a ela", diz Ilana Strozenberg, antropóloga e uma das diretoras d'O Instituto. Heloisa Buarque chama atenção para a água como elemento fundamental em diversos rituais e mitos de origem. "A produção artística também lida muito com esse universo, tornando a água talvez tão grande e expressiva quanto o meio físico, terrestre", lembra a editora. Como destaca Besserman: "Deus disse a Adão para dar nomes às coisas...e decidimos chamar esse mundo coberto de águas de planeta Terra".

Seminário 'Futuro das Águas'
Dias 23 e 24 de março
Local: Auditório do Arte SESC
Rua Marquês de Abrantes, 99, Flamengo
Inscrições pelo site: oinstituto.org.br
Programação:
Abertura - 23/03 às 17h

Mesa 1 - Futuro das águas: impasses e perspectivas - 23/03 às 18h
Moderador: Luiz Claudio Costa (Universidade de Viçosa)
Palestrantes convidados:
Marilene Ramos (Secretária de Estado do Ambiente)
Deputado Fernando Gabeira
Guido Gelli (Diretor do Jardim Botânico)
Paulo Canedo (COPPE/ UFRJ)

Mesa 2 - As águas e o futuro da cidade - 24/03 às 17h
Moderador: Manoel Ribeiro (urbanista)
Palestrantes convidados:
Sergio Besserman Vianna (Presidente da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável e Governança Metropolitana - Rio de Janeiro)
Dieter Muehe (UFRJ)
Márcia Panno (Projeto Caminho das Águas /FRM)

Mesa 3 - Imaginário das águas - 24/03 às 19h
Moderador: Heloisa Buarque de Hollanda (escritora e editora)
Palestrantes convidados:
Henrique Lins de Barros (CBPF)
Luiz Fernando Duarte (Museu Nacional / UFRJ)
Paulo Herkenhoff (Curador e crítico de arte)
Ferreira Gullar (escritor, poeta e crítico literário)

OBS: Serão distribuídas senhas meia hora antes do início das mesas.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O Concidade e a máscara governista

Por Ana Reis e Danilinho Serafim*

Ontem, no Concidade, despencou a máscara governista daqueles que, muito pretensamente, se consideram representantes da população junto às ações e aos desmandos dos nossos administradores e legisladores. Após a plenária, a conclusão mais plausível retirada daquela sessão foi a de que não se deve esperar coerência e determinação de um instrumento “democrático” e “popular” que não se sustente numa forte base político-ideológica. Na reunião de ontem, esteve muito claro o quanto é frágil o papel de um conselho municipal quando o posicionamento político e o comprometimento ideológico encontram-se submetidos à fé cega na governabilidade meramente tecnicista. Mais, quando de maneira apática se aceita que exista uma classe incorruptível e incontestável nesse país composta por consultores em engenharia e gestão pública, os quais, através dos propalados projetos terceirizados e licitações amparadas por nosso ineficiente direito administrativo, que defende os interesses de grandes empresas e das máfias institucionais do capital internacional, mantém cargos, funções e empregos de acordo com o modelo de “progresso econômico” esquadrinhado pelo Ministério das Cidades, que, nada mais é que uma ferramenta de conformação social.

O papo ontem no Concidade, como não poderia deixar de ser, foi a “contratação anunciada” da CEDAE para o gerenciamento da água e saneamento da cidade, uma empresa de capital misto dominada por gangsters da política fluminense. Ideologicamente imunizados, politicamente comprometidos com as elites e os setores eleitoreiros, os vereadores Felipe Farias (PT) e Lui“Zan”tônio (PSC) permaneceram durante a plenária reiterando o discurso de que as informações sobre a contratação da CEDAE são oficiosas, não passando de boato na Rua dos Mineiros e fuxico de corredor. A quem eles queriam enganar? Até em canal de TV e durante a capacitação por que passam os professores municipais, nessas duas últimas semanas, o Sr. Prefeito já anunciou a vinda pra cá da CEDAE, sem que ao menos as determinações do plano diretor participativo fossem respeitadas, entre as quais, a consulta popular no tocante à forma de gerenciamento da água. Em suma, se nem o Concidade altamente governista Vicente Guedes pretende ouvir, imaginem o que serão esses 4 ou 8 anos de governo quando os temas não somente da água e do saneamento, mas da habitação e soberania popular estiverem em pauta e em consonância com os ideais defendidos pelos movimentos sociais?

Mas, como tudo em Valença, além de muito grave, a última reunião do Concidade foi também risível. Só pra começar bem a noite, foi distribuída uma carta-renúncia assinada pela até então presidenta da entidade. Maria Lucia, que tanto perseguiu o ex-prefeito em ações que estavam em desacordo com o plano diretor, foi também das mais aguerridas militantes na campanha Valença de Cara Nova. Militou “enquanto” cidadã, gozando do pleno direito de se expressar publicamente e apoiar aquele que considerava a melhor opção política para a cidade – argumentos esses que sustentaram seu mea culpa durante a reunião do Concidade nos 14 de outubro último. Naquela mesma noite, no entanto, “enquanto” presidenta, anunciou o convite que ela mesma fizera ao prefeitável, caso fosse eleito, de ser recepcionado no Rotary Clube pelo Concidade. Convite aceito, deu-se o beija mão de Vicente Guedes, duas semanas depois, selando com empáfia o perfil governista, elitista e aburguesado do conselho municipal. Função eleitoreira cumprida, Maria Lucia não teve honestidade de se pronunciar à frente do conselho e explicar os “motivos justos” que alega ter para se desligar da presidência. Resta agora saber, “enquanto” ex-presidenta, conselheira estrategicamente afastada do Concidade por 90 dias e possivelmente “enquanto” funcionária pública comissionada, como levará adiante Maria Lúcia o debate sobre a contratação ilícita e autoritária da CEDAE.

Na onda do “enquanto”, Ana Vaz, “enquanto” presidenta interina do Concidade, perguntou ao vereador Felipe, que se intimidou a tomar posição “enquanto” legislador frente à obviedade da contratação da CEDAE, sua opinião sobre qual modelo de gestão da água e saneamento ele considerava ideal não “enquanto” homem público, mas “enquanto” cidadão. Como parece ser de seu costume, o vereador do PT não soube se posicionar, demonstrando que assimilou com vontade a postura recuada, reformista e cooptada do partido que representa. Mas, sejamos justos, esse tipo de pergunta não procede e, portanto, não merece resposta. Assim como não merecíamos ouvir a incoerência do vereador Zan que, “enquanto” cidadão, considera a gestão da água pelo Estado a ideal – o que é óbvio, já que privatizar os serviços públicos essenciais é transformá-los em negócio de interesses espúrios do capital -, mas, que, “enquanto” político, durante um debate na Câmara, caso um técnico o garantisse que o melhor ou ideal modo de gerenciar um bem tão essencial quanto a água fosse outro, através de licitação a empresas privadas ou de capital misto, ele, “enquanto” representante da população no legislativo, abriria mão de suas convicções. Ora, ou os nossos vereadores “enquanto” cidadãos são perfeitos idiotas ou “enquanto” homens públicos, manipuláveis ou altamente corruptíveis.

É bom ficar atento a esse disparate, a essa falta de coerência que vem caracterizando as assembléias do conselho municipal. Essa história de “enquanto” isso, “enquanto” aquilo, é argumento de quem não sustenta ações e discurso através de histórico político coerente e formação ideológica firme ou de quem tem formulação ideológica deslocada das necessidades dos setores populares, voltada exclusivamente para se manter “enquanto” classe dominante e para atender os interesses próprios dessa elite tecnocrata e burguesa valenciana representada pelos seus conselheiros assentados nas cadeiras do Concidade. Além de eleger déspotas, a postura do “enquanto” é aquela que mais atende à política do Estado que impõe modelos de governabilidade que atendam aos interesses da burocracia e do capital. O geoprocessamento referenciado é um pequeno exemplo de que o emergencial para o Estado de classe é a ação técnica e não as demandas da classe trabalhadora que tem a vida posta em risco diariamente principalmente nessa época de temporais. Nas entrelinhas dos projetos governistas, existem muitas outras fórmulas e estratégias de reter e prover recursos mediante controle e alienação social e criminalização dos setores populares. Mas para esse tipo de leitura, é preciso uma análise ulterior à técnica, isto é, ancorada na visão ideológica do tamanho do Estado e sua atuação.

Ontem no Concidade, como não interpretar como ato falho da atual presidenta a proposta de votação apressada entre os gatos pingados que compunham a plenária, o modelo de gestão municipal da água e do saneamento, uma vez que existe um plano diretor que prevê consulta popular? O que houve, além de flagrante despreparo foi um rompante inconsciente contra o próprio discurso que os planos diretores empenham porque não são mais que a reprodução dos modelos criados pelos órgãos governamentais que alimentam a falsa democracia social e a alienação política de nossos representantes, seja nos conselhos, na Câmara Municipal ou no Administrativo.

Na reunião que aconteceu no auditório da Santa Casa, apenas para ilustrar, quando o pau começou a pegar, quando um ambientalista começou a cobrar hombridade e tal do prefeito com relação à contratação da CEDAE, muito rapidamente um jovem, mudo e inexpressivo Secretário Municipal de Saúde atendeu o celular, levantou-se sem despedir e saiu assim, à francesa, sem dar qualquer opinião fosse “enquanto” governo, “enquanto” profissional da saúde ou “enquanto” cidadão. Falta de educação ou mais um caso de alienação política entre os atuais comissionados?... fica aqui a dúvida, até porque o assunto em questão, água e saneamento não têm nada a ver com os de sua responsabilidade, não é mesmo?

LIGHT PATROCINA FESTIVAIS DE VERÃO DO INTERIOR DO RIO DE JANEIRO

Concessionária de energia apóia eventos que promove cultura das cidades de Engenheiro Paulo de Frontin, Miguel Pereira, Valença e Queimados

A Light contribui para o desenvolvimento da cultura no interior do Estado do Rio de Janeiro e patrocina quatro grandes eventos na região: o II Festival de Verão de Engenheiro Paulo de Frontin e as primeiras edições dos Festivais de Miguel Pereira, Valença e Queimados.

As festas ocorrerão simultaneamente, nos dias 13, 14, 19 e 20 de fevereiro, sempre com entrada franca.Além de apresentar shows de artistas nacionais consagrados como Pepeu Gomes, Moraes Moreira e Martnalia, os festivais também objetivam divulgar os aspectos e costumes, atrair o turismo e incrementar a cultura e a economia de Eng. Paulo de Frontin, Miguel Pereira, Valença e Queimados.

Para se ter uma idéia da importância dos eventos, a primeira edição do Festival de Verão de Paulo de Frontin, realizada em 2008, atraiu aproximadamente 10 mil pessoas. Neste ano, o evento ocorrerá no Espaço Ferrini, novo espaço cultural da cidade. Em Miguel Pereira e Valença, as festas acontecerão nas praças principais e, em Queimados, no Espaço Cultural Professor Joaquim de Castro.

Confira a programação dos shows em Valença

Rua Padre Gomes Leal, s/nº - Centro
Classificação Etária
Horário de Inicio dos Shows 24h

13 de Fevereiro
Via Show

14 de Fevereiro
Moraes Moreira

19 de Fevereiro
Banda Local

20 de Fevereiro
Martnalia

Com informação DAQUI

Aprovado 1º Festival de Verão de Valença

Foi publicado hoje no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro a aprovação do 1º Festival de Verão de Valença, no valor de mais de 200 mil reais. A expectativa é das maiores, se com 15 mil fizemos um baita festival em 2006...

Abaixo o Edital:

EDITAL
Em cumprimento ao art. 7º do Decreto nº 28.444, de 29.05.2001 e ao art. 3º da Resolução SEC nº 040, de 21.06.2001, a Senhora Secretária de Estado de Cultura, concede a fruição do benefício fiscal emfavor dos postulantes abaixo:
(...)
05 Processo nº E-04/001.040/2009
Projeto: 1º Festival de Verão de Valença
Proponente: TCPA Empreendimentos Culturais Ltda
Patrocinador: Light Serviços de Eletricidade S.A.V.
Incentivado: R$ 202.168,2406